quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Pai Herói.

Sábado eu tive uma experiência que ficará marcada para o resto da minha vida. Sábado a vontade de não perder alguém que tenho a minha volta foi muito maior do que qualquer vontade que eu tenha tido, em algum momento da minha vida, de desfrutar da companhia de outros alguéns. Sábado eu temi pela morte do meu pai, sábado eu pedi e clamei pela vida dele. Sábado eu corri o risco de perder o meu herói.
E eu que falava sobre a vida e sua fragilidade no post passado, fiz analogias em cima de exemplos análogos, 40 linhas para focar na importância de apenas 1 parágrafo de 6. O que eu queria com isso afinal? Será que fui usado para que se falasse através de mim sobre o quanto é difícil mantermo-nos vivos? Terá sido uma premonição um pouco fora de contexto? Será que eu senti? Eu não sei responder, na totalidade, a nenhuma dessas perguntas.
Uma imprudente conversão de rota quase levou uma das coisas que tenho de mais valiosa e preciosa, meu pai. Atalhado por dois indivíduos, fechados por eles e arremessado, com violência, contra uma grade de ferro, meu pai teve fratura exposta na perna e quebrou o pé, esmagou os ossos da mão, pôs ferro, pôs pinos, cirurgiou e ainda irá cirurgiar graças a Deus, e dou graças a ele porque poderia ter sido pior.
É a primeira justificativa triste de ausência que faço. Triste pelo fato, feliz por ainda poder partilhar da presença do meu porto seguro. Tenho passado à noite no hospital com ele, cerca de 18/19 horas sem dormir e então quando trocamos o acompanhante eu venho em casa descansar, logo não sobra tempo e/ou disposição para vir ao blog. Aos que simpatizam com minhas postagens, peço somente orações e energias positivas.


É isso... Abraço!