Não sei sobre o quê ou sobre quem falarei nesse texto, sei que
falarei sobre o que não poderia falar. Não sou Snow, mas, para falar a verdade,
eu não sei de nada! Mas e daí? Quem liga? Eu não! Vou então falar sobre
memórias. Ah, memórias! Elas me matam! Definitivamente me destroem com tanta
ferocidade, que quando me dou conta estou juntando os caquinhos que tratei de
colar alguns anos atrás.
Acordei com aquele mal que nos faz pegar pensando em algo que se
passou há muito tempo atrás. Um mal que nos passa a falsa (talvez verdadeira)
sensação de que existe um turbilhão de emoções que dilacera o peito por dentro.
Me vejo incapaz de encontrar, dentro de uma nomenclatura, uma denominação para
esse mal, mas lembro-me de ouvir um dia os antigos falarem parecido com “saudade”...
Não gosto de falar sobre saudade. Não gosto de mencionar esta
palavra, porque quase sempre não sei do que ou de quem sinto saudades; saudades
de tudo o que eu ainda não vi (e não verei mais). É como quando assistimos aqueles
filmes bem feras, tiramos cochilinhos e sonhamos dentro do filme como se fosse
a coisa mais real. Você desperta, olha de lado e é bombardeado pela reprise dos
flash’s...
Ora, imagine você colocar a mão no monitor de seu pc como se fosse
um movimento de unir com a palma da mão de alguém que está lá do outro lado.
Loucura, né? É, eu sei... Eu fui louco um dia e, desses dias, hoje (ontem)
amanheci com saudades Hahaha
Talvez seja igual como li em algum lugar... Está no coração, então
é como as estações do ano, porém não com a mesma regularidade e força, mas
sempre está e estará desde aquele dia até meu último dia...