quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Um olá para o meu Eu.

Dia desses me olhei no espelho, nas raras vezes em que realmente olho para ver, para sentir o tempo e suas marcas, e cheguei a ligeira conclusão de que tenho mais cabelos brancos do que talvez devesse e isso me remete a refletir sobre uma série de situações e circunstâncias. Ora minhas, ora de tantos outros adultos igualmente grisalhos.
Já observaram quantas vezes jogamos para debaixo do tapete dos nossos grisalhos a arrogância e a prepotência da nossa idade? Utilizamos subterfúgio a idade, e os charmosos grisalhos que naturalmente virão com ela, para justificar razões muitas vezes inexistentes e ações que nem mesmo a quantidade de horas vividas neste plano são capazes de salvar.
O tempo é implacável e nos força a sentir e aceitar as transformações que fatalmente nos submetemos à medida em que ele passa. Apesar da resistência, as mudanças são incontestáveis e estão estampadas porque somos fadados a isso. No fim, os meus e os seus grisalhos são meros detalhes naturais...
... e apesar de usarmos como indicativo de algo, só estão ali porque funciona assim... e que, na verdade, independem do tempo em si.
Abraço!