sábado, 1 de outubro de 2011

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Assim como as plantas que desde a semente, germinam, nascem, crescem e geram seus frutos teoricamente são os humanos. Mas existe um agravante que traça uma linha tênue entre esses dois extremos e, especialmente, entre a vida e a morte. Notem que uma árvore vive cerca de 150 anos – um dia existiu dessas coisas, hoje em dia, cerca de 50 anos, apenas – os humanos, em sua naturalidade, chegam aos 80. “Ah, mas meu avô completou seus 98 faz pouco tempo” Sim, eu sei. Minha Bisavó, última vez que a vi, tinha 97 anos. Ela é uma anomalia por conseguir chegar a essa idade? Não! Mas eu me referi a números, me referi às estatísticas traçadas, é evidente que existem casos fora deste padrão, até porque não é nenhuma regra e mesmo que fosse todas elas deixam brechas para exceções.

Mas, voltando às linhas iniciais deste post... Essa regra teórica sofre algumas e, eu diria drásticas, alterações... Porque, mesmo as plantas que chegam a viver cerca de 150 anos, quando acometidas por: pragas, patógenos, condições desfavoráveis ou intervenções antrópicas, acabam por deixar de existir – não a espécie em sua totalidade, mas aquele exemplar específico – antes do seu tempo. Mas, aqui para nós, qual a diferença exorbitantes que vocês vêem? Não, eu não quero “menosprezar” os humanos, a ironia que faço é referente à vida como um todo.

Nós não somos eternos, nós não somos nada e, como disseram num filme, nós nunca mais estaremos aqui. A vida se vai tão rápido quanto uma corrente de ar que passa, eu digo que a nossa vida, o nosso espírito é uma corrente de ar que circula em nosso corpo, mas que posse sair a qualquer momento. Diante da fragilidade tão claramente destacada, por que insistimos em achar que somos algo que NÃO somos? É difícil ter consciência e viver no igual? “Se roubar tenho que roubar também?” Não, ser igual no sentido de não menosprezar ninguém... Isso serve mesmo para mim. O ser humano é tão escroto que, mesmo num momento de precisão, é capaz de pedir e escrotear as pessoas, mesmo precisando.

Enfim... Se foi uma plantinha, uma planta ainda jovem, que ainda tinha muita coisa para fazer em nosso plano. Mas eu espero que ela continue a sua missão, agora em um lugar muito melhor do que esse em que vivemos, porque se existe inferno nós pisamos e respiramos nele.

Tenho deixado bem claro em alguns post, algumas atitudes que não costumava a ter... Às vezes as pessoas são hipócritas quando não sabem o significado da palavra, nesse momento eu acho que não cabe hipocrisia... Eu desejo que você esteja em um bom lugar, Tia. Mais do que eu que não a conheci, que não tive nenhum contato com a sua pessoa, sentem os familiares diretos e os irmãos. Se eu pudesse daria o meu abraço em cada um. Embora não fosse trazê-la de volta, mas vale o apoio – depende do ponto de vista de cada um.

Ficam na memória as poucas: duas ou três vezes que tive a oportunidade de conversar com ela por MSN... Fica a certeza de que o sofrimento dela acabou, de que as dores dela foram embora e, de que, com certeza, ela está em um bom lugar...

Vá em paz, Tia Teresa.
 

2 comentários:

  1. Jú,

    Que texto sincero... Que maneira tocante de dizer um até logo, ou um adeus...

    Somos nada... mas podemos fazer a vida de alguém melhor...


    E melhor ainda, tem aqueles que fazem a nossa vida melhor,


    Que estejas bem,


    Um beijo

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  2. "Podemos ficar zangados com as situações, podemos reclamar ou amaldiçoar o destino. Mas quando chega o fim, temos que aceitar."

    Júnior <3 ;****

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