Lidar com pessoas pode ser complicado e até se tornar um pouco
menos nublado quando nos damos conta de que também somos pessoas e que, da
mesma forma, ou não, também temos reações bem similares a das outras pessoas.
Certa vez eu falei sobre atitudes e gestos que podem ser
interpretados de várias formas, existem uma infinidade delas para traduzir cada
um dos gestos expressados, tanto para o bem quanto para o mal e é aí que mora o
perigo, pois muitas das vezes é levado para o lado ruim aquilo que, no fundo,
bem no fundo, era uma coisa boa.
Falei também que são coisas onde não se tem muito o controle exceto
se pensar bem no que vai dizer, mas, mesmo assim, ainda acabará atingindo o
alvo porque o que se falou pode – ou não – ser verdade e quando entra nos
ouvidos atinge diretamente aquele ponto frágil e soa como uma pedrada acredite é
algo que parece dilacerar... Pra quem fala não causa nenhuma espécie de mal
estar, pelo contrário a sensação é de consciência tranquila.
Posso dizer que ainda não consigo entender como as coisas
funcionam comigo e isso é, muitas vezes, extremamente perturbador. Uma vez
escrevi aqui que precisamos nos compreender primeiro para depois chegarmos ao ‘’Mérito?’’ de entender as pessoas, o que não parece ser uma tarefa
das mais fáceis. Impressiona-me a gravidade das coisas com que ficamos
chateados e perturba o fato de ser tão imperceptível. Às vezes a pessoa acha
que são grandes atitudes que te enchem os olhos – assim como o inverso (que te
machucam) – mas, muitas vezes, os pequenos gestos ferem e sequer são
percebidos.
Perturba também a palavrinha compreensão porque ela nem
sempre é representada do lado oposto para com você. Quem comete algumas
atitudes e não percebe leva na tranquilidade como se estivesse tudo numa boa, você,
bem, você leva na tolerância e na compreensão, mas quando o jogo vira não
existe essa palavrinha do outro lado...
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