Andar em linha reta ou curva não faz
muita diferença quando se tem a certeza do norte. Andar em círculos ou zigue-zague
já é sinal de incerteza, que algo está errado, que o norte não se encontra tão
fácil quanto na primeira situação. É comum do ser humano encontrar e se perder!
É encontrar e se perder, pois há uma espécie de fragilidade poderosa que nos
torna vulnerável e completamente aptos a perdemos a direção, sairmos dos
trilhos e cair na contra-mão.
Mas a vida é mesmo um clichezão onde você
no fundo tem ideia do que esperar e, muitas vezes, até pode evitar, mas levar bordoada
remete a dor e o ser humano está proporcionalmente vinculado a este sentimento.
É como se um fizesse parte do outro, sabe como é? Ambos se completam.
Ainda falando nos passos e caminhos,
acho que sou o tipo de presa mais previsível que existe telegrafo cada
movimento, facilitando a vida do predador e sinalizando sempre o próximo rumo a
tomar. O curioso é que eu sinto a presença, mas me encontro tão desorientado
nesse momento, tão embaraçado, que não tenho a menor ideia de qual direção
seguir.
Novos tempos, velhos problemas.
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