Minha vida foi acumulando
vários braços, como um Polvo do mar ela foi adquirindo vários tentáculos que acabaram
por se transformar em subvidas cada uma com sua importância. Ocorre que nesse intervalo
começam a aparecer algumas peças que a vida ou mesmo o destino nos prega e
acabam por tomar um grau de importância de grandes proporções.
Às vezes as
circunstâncias da vida nos obrigam a tocar o que sobra à própria sorte. Não
temos o privilégio da escolha, pelo menos nem sempre, e tudo segue seu curso
como ele, o próprio destino, deseja ou tem traçado. É que tem horas que duvido
da nossa capacidade de traçarmos nosso próprio destino, pois somos sempre
surpreendidos.
Engraçado né como tem
sempre uma peça atrás da outra é como aquela obstrução indesejada na estrada, você
se depara com aquilo e tem certeza de que ela, horas atrás, não se encontrava
ali e havia uma passagem completamente livre a se seguir. Como pegar praia em
dia de chuva ou tentar empinar pipas em um dia sem vento...
Volta e meia eu dou
um jeito de por o pé no passado e resgato alguns desses tentáculos. Como falei
acima minha vida foi amontoando e, quase que ao mesmo tempo, a própria vida
tratou de ir eliminando uns, me separando de outros tudo isso sem consulta, sem
comunicado, como o patrão que joga o anúncio da vaga única de emprego que era
sua até aquela até então...
Pus o pé no passado,
toquei a ferida e encontrei algo, que me rebobinou a vida em 5 anos, de volta à
2011, um passarinho verde com olhos de igual cor e eu fiquei ali, a
contemplá-lo, e só depois que recobrei a consciência e lembrei que ele há muito
já houvera batido asas...
Desculpem pelas
analogias, eu acho que “perdi a mão” pra isso. Apesar de não reler nenhum texto,
considerava bem mais interessante o que conseguia fazer com as palavras antes.
No more ideas, it's over!
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