quarta-feira, 22 de maio de 2024

I remember you ♫

Ser autocrítico às vezes nos leva sermos duros consigo mesmo. A busca incessante pela perfeição, a necessidade exacerbada por apresentar resultados, bons resultados, faz com que nos penitenciamos, e mais, faz com que passemos a questiona qual o nosso papel nisso tudo. Qual é, vai dizer que em um momento de desespero você nunca se perguntou: qual a razão de tudo isso? O que eu vim fazer aqui? Qual minha missão nessa terra? Eu nasci por quê?
Ah, eu surfo e navego na marola dessas perguntas há anos. E, não, eu não tenho respostas. E, não, eu não sanei minhas dúvidas sobre qual o sentido de eu estar aqui. Não faço a mínima ideia do porquê de ter vindo ao mundo, não sei com que intuito nasci nessa família e nem o que acrescentei nela. Pra falar a verdade, cada círculo que completo com as minhas caminhadas me deixa com uma enorme interrogação na cabeça. E não vai adiantar virar a camiseta do avesso, não se trata do transe da jiboia.
A verdade é que nos últimos tempos tenho me afastado de tudo, até de mim mesmo... seria um spoiler de que eu estaria voltando pra casa? Mas, cara, que casa? Eu não pertenço a lugar nenhum, pelo menos essa é a clara impressão que tenho. E não me vem com esse papo de se encaixar, isso me cansa, me suga energia. Eu sou pequeno, mas não forço caber em lugar algum. Eu tenho consciência de que conquisto espaço, eu sei que consigo ficar. Seja pelo amor ou pelo ódio, mas consigo ficar, marcar.
E por falar em marcar, hoje me lembrei de você (que já foi pra casa tão cedo), saiu não disse nem um “té logo, meu amigo querido”... fiquei chateado, muito embora o nosso afastamento tenha se dado, também, pela minha falta de iniciativa de ir encher teu saco. Mas é que não se vai embora assim, do nada, sem se despedir. Considerei de muito mau gosto a brincadeira! É tão estranho tudo isso, você fica naquela expectativa vã de ver um online que nunca mais vai rolar.

Bem, Thatha... você cumpriu a sua missão e finalizou a sua jornada, seja lá qual que tenha sido ela. E eu, bem... eu vou andando em círculo aqui até compreender como que funciona essa parada chamada vida. Até saber, de fato, para onde ela vai me levar... até a hora de também ir pra casa...

Abraços de saudade!

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