Não sei o que se passa na cabeça das pessoas e o que as levam a pensar
que se doar demais é uma atitude louvável. De repente não passa nada,
simplesmente o fazem por instinto, por essência. De repente sem querer nada em
troca, só pelo simples fato de ser assim, de ter vindo ao mundo assim.
Tenho procurado agir dentro de uma coerência, uma conformidade comigo
mesmo. Procurei seguir uma linha que não venha ferir a lei do “recebo e devolvo” ou que fere, mas tentando ser positivo e natural, evidenciando bem a
neutralidade.
Acho que se tu fazes esperando algo em troca é melhor nem fazer, mas
compreendo, por partes, uma chateação que isto pode geral. Mas é aquela quem
tem algo que considera bom para si pretende continuar aproveitando. Ninguém é
besta (ou é) de se desfazer do que lhe faz bem. Acho que há apenas um besta
nesta história e nem faço questão de direcionar setas.
Procuro evitar colisões por saber dos meus limites e não ter
conhecimento pleno sobre meus extremos, afinal de contas eu só sei daquilo que
presenciei a mim mesmo fazendo até hoje, então é difícil dizer que isto é simplesmente
tudo. Tudo é nada, nada é apenas uma palavra esperando tradução* o nada de
alguém pode ser o tudo de outros alguéns... o sentido faz parte do íntimo de
cada um, as pessoas não sentem igual...
Tenho tentado ser prudente chega de negligenciar-me, não é verdade? Acho
que está na hora de me doar um pouco a mim mesmo, pois vejo os outros com
tantos por si que cheguei a conclusão de que um a mais um a menos não faria
diferença alguma. Talvez com o conhecimento da perda, ou melhor, depois de “deixar de ter” passe a expressar alguma significância.
*Engenheiros do Hawaii - Piano Bar.