domingo, 30 de março de 2014

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Às vezes se faz necessário aquele pé no passado um momento no qual tu olhas para lugar algum no horizonte e simplesmente faz aquela viagem em pensamento deixando ali somente corpo, pois mente e espírito abrem passagem junto com o elementar do momento, geralmente vento ou chuva... São situações que te fazem esquecer um pouco o que é atual, que transcendem o presente e que te arrastam sem pedir permissão, sem perguntar se pode simplesmente te leva...
Acho que fica mais fácil quando tudo se esclarece e o entendimento vem, creio que quando tu não tens o que fazer e vê aquilo que quer descendo rio abaixo sem poder contar a força da correnteza por causa da distância que te separa o mais sensato a fazer é se jogar, mas em dadas situações a renúncia é a mais real e leal prova de alguma coisa. Às vezes insistir é egoísmo e quando tu deixas partir, só depois, muito depois que talvez que alguém vá entender...

Hoje os ventos sopram com uma força pouco além do comum, me levaram com eles sem perguntar se eu podia, deveria ou queria... Hoje os ventos te trouxeram aqui também, eu sei... I'm watching you watch over me and I've got the greatest view from here.
Abraço.

sábado, 29 de março de 2014

A título de informação.

Não sei o que se passa na cabeça das pessoas e o que as levam a pensar que se doar demais é uma atitude louvável. De repente não passa nada, simplesmente o fazem por instinto, por essência. De repente sem querer nada em troca, só pelo simples fato de ser assim, de ter vindo ao mundo assim.
Tenho procurado agir dentro de uma coerência, uma conformidade comigo mesmo. Procurei seguir uma linha que não venha ferir a lei do recebo e devolvo ou que fere, mas tentando ser positivo e natural, evidenciando bem a neutralidade.
Acho que se tu fazes esperando algo em troca é melhor nem fazer, mas compreendo, por partes, uma chateação que isto pode geral. Mas é aquela quem tem algo que considera bom para si pretende continuar aproveitando. Ninguém é besta (ou é) de se desfazer do que lhe faz bem. Acho que há apenas um besta nesta história e nem faço questão de direcionar setas.
Procuro evitar colisões por saber dos meus limites e não ter conhecimento pleno sobre meus extremos, afinal de contas eu só sei daquilo que presenciei a mim mesmo fazendo até hoje, então é difícil dizer que isto é simplesmente tudo. Tudo é nada, nada é apenas uma palavra esperando tradução* o nada de alguém pode ser o tudo de outros alguéns... o sentido faz parte do íntimo de cada um, as pessoas não sentem igual...

Tenho tentado ser prudente chega de negligenciar-me, não é verdade? Acho que está na hora de me doar um pouco a mim mesmo, pois vejo os outros com tantos por si que cheguei a conclusão de que um a mais um a menos não faria diferença alguma. Talvez com o conhecimento da perda, ou melhor, depois de deixar de ter passe a expressar alguma significância.

*Engenheiros do Hawaii - Piano Bar.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Entre nós.

Em certos momentos quando o mundo cai e tudo muda de cor é que nos damos conta da verdadeira dimensão que temos. Sempre gigantes e de repente tão pequenos quanto uma partícula de areia que se dissipa. Às vezes não tenho pretensão em entender o porquê de escrever certas coisas simplesmente entendo que tenho necessidade, sinto e deixo os dedos tomando o controle das ações e as frases vão se agrupando em forma de parágrafos. Tenho a ligeira impressão de que havia algo muito importante do qual devia lembrar, acho que tinha algo do qual deveria esquecer também, mas não me lembro de ambos.
Queria poder acelerar algumas coisas, pular e adiantar outras, não precisar de algumas e não ser dependente de tantas. Queria poder voar como os anos têm voado. De repente eu só queria me sentir nesse tempo e conseguir me livrar das vendas que possam estar tapando os meus olhos e impedindo de perceber que os meus costumes são completamente coerentes à época, talvez assim eu não me sentisse de outro tempo. Quem sabe ser mais tolerante pudesse ajustar um pouco as coisas, é que lidar com diferenças a esta altura do campeonato tem sido mais difícil do que estatística experimental... E aí, rejeita H0?
Dizem que ser paciente e manter a calma é uma virtude. Hahaha. Creio que nasci desprovido dela. Eu tinha bastante afinidade com observações, mas de uma hora para outra tenho perdido esta habilidade e algumas coisas bem importantes tem escapado das minhas mãos sem grandes resistências. A verdade é que se o mar está em fúria só veleja quem tem coragem para desafiá-lo e eu já percebi que sou um ser de pouca. Mas é isso aí, tudo está caindo e não há alternativa senão saltar.