domingo, 7 de agosto de 2011

Né?

O que fazer quando se está prestes a cair numa armadilha que já é conhecida por demais? Eu penso, eu repenso, eu paro, ando em círculos e findo voltando para um ponto inicial onde não há solução alguma. Um ponto que, além de não apresentar solução, apresenta uma constante e maciça ausência de direção, de quem sabe, perspectiva.
Porque é uma coisa tão repetitiva, que você acaba ficando calejado demais. É como assistir um filme cem vezes e, na vez cento e um, você sabe todas as falas, todos os fundos musicais, todos os erros, todos os gestos dos personagens, impressionante, mas você sabe inclusive tudo o que eles estão pesando, essa é a tal da sensação.
Pode parecer contraditório vir aqui e dizer que dei novo murro em ponta de faca que sabia o que iria acontecer, mas segui em frente; é normal e posso chegar a ler/ouvir: “Mas se já é tão calejado como diz ser, se já viu tantas e tantas vezes o filme, por que ainda deixa acontecer?” E eu respondo com uma pergunta: Você foi capaz de evitar as tantas coisas que já te aconteceram, mesmo você sabendo qual seria o final? Você foi capaz – mesmo quando tinha e perdeu – de recuperar o controle e sair ileso, sem nenhuma marca? Ou, comparando com algo totalmente nada a ver... Mas tanto Robben (Holanda), quanto Garrincha (Seleção Brasileira) ambos só existia uma jogada e o adversário já sabia para onde a bola iria, por que deixar passar? Pois é, aconteceu exatamente da mesma forma. Os meios são diferentes, mas as causas são as mesmas. Bom defender questionando, não é? Desde que se usem os questionamentos corretos, os questionamentos pertinentes à ocasião... A partir daí você pode ter ou não uma resposta equilibrada com a pergunta em questão.
Vale ressaltar que essas marcas não têm previsão imediata, elas podem ocorrer a curto ou longo prazo, é como uma doença viral em estado de latência em nosso corpo, quando menos se espera e a imunidade baixa, ela ganha força, prolifera e abração... Cada célula tocada pelos vírus são novos vírus que se formarão – Transcriptase reverse, Biologia Geral, lembram? É uma enzima que os seres sem reino possuem. Muito inteligente, por sinal, elas copiam a fita de DNA, passando as informações virais, modificam o genoma da célula hospedeira e dali forma um novo parente. É mais ou menos assim que se dá... A doença que eu relato nesse post, mas que não falarei o nome parece ter essa enzima, e os anticorpos da minha mente não consegue combater, talvez seja por isso que, mesmo depois de tantas vezes, ainda continuo caindo...



Um dia a gente levanta, uai. \o/


Abração.

Um comentário:

  1. Ai Jú,

    As vezes a gente só aprende caindo...

    E só sabe levantar, depois de provar o chão


    Bjs

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