segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

E nessas horas, ajuda conversar ou tentar cicatrizar calado resolve com mais eficiêcia?

O que houve? – Nada!
Mas está triste. – Não, não estou. Apenas quero ficar quieto, é possível? 
Tudo bem, desculpa!
Mas, e aí, o que aconteceu? Brigou de novo? – Me deixa!
Se for por causa dela... Lamento sua dor, só acho que se fechar não é a melhor solução. – Obrigado, posso ficar em paz agora?
Sim! Pode! Mas ainda acho que deveria se abrir, por para fora o que te machuca, retirar esse peso para que pudesse relaxar. – Eu agradeço a sua preocupação, agradeço os seus conselhos, mas não vai adiantar muita coisa conversar. Não vai resolver.
Vai aliviar sua dor. – Minha dor somente uma pessoa poderia aliviar, entretanto, se transformou na minha dor.

Ok vou te deixar sossegado! Vou te deixar em paz na certeza de que, se quisesse conversar ou invés de acumular toda essa dor no peito, poderia descansar e acordaria bem melhor. – Certo.


----------------------- A porta se fecha ---------------------

Há momentos onde queremos apenas um pouco de paz. Momentos que, quanto mais somos indagados sobre certos assuntos, mais nossa dor aumenta e mais mal-humorados ficamos, mais grossas serão as respostas.
Ninguém é culpado, todos são culpados e, na verdade, somente você é culpado.
Quem já esteve dos dois lados consegue entender perfeitamente o que se passa. O silêncio, a calmaria, o isolamento, nesses casos é uma forma de tentar encontrar a famosa “paz” consigo mesmo... Por outro lado, conversar e expor toda a problemática, sair, respirar, interagir, sorrir, ajuda, pois distrai e abstrai os pensamentos.
Mas quem sente a dor da perda ou a dor do “deixar de ter”, não pensa necessariamente naquele momento, em conversar. A primeira iniciativa que temos e a primeira tendência é o isolamento... Mas todos têm capacidade de superar e se recompor, apenas leva algum tempo.
Na verdade a vida é um grande telão que tem funções próprias e estão, há todos os instantes, jogando flash, cenas e entre - cenas de vários capítulos dos quais já passamos, ou similares a eles... Não julgo a vida como vilã, acho que nossa memória, bem como o nosso coração, é mais responsável por diversas situações...


Abraço.

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