Escrevo para fugir, ou, quem sabe, sair um pouco da realidade
seja qual ela for, sem perder a minha sobriedade.
Escrevo para conversar comigo ou mesmo conversar com vocês
independente do que seja o assunto, se a minha vida, seja a minha forma de ser,
seja os meus quase sempre – toda vida – tortos pontos de vista.
Escrevo porque preciso ou talvez não deva precisar, mas acho que
sim e, por isso, escrevo.
Escrevo porque no contraste da leitura a qual não tenho muito
apreço aprendi a gostar de escrever. Ou seria redigir? (Não tenho a mesma
paixão pelo manuscrito – muito embora se utilize das mãos para as duas
práticas.).
Escrevo muitas vezes para desabafar. É que eu acabei começando a
confiar no blog para fazer isso. Justamente o trato como uma pessoa e, na
realidade fria dos fatos, vocês – leitores – é quem o transformam assim.
Penso, reflito, ouço uma música, vou ao relento e retorno ao meu
quarto, já é tarde... Paro e volto a pensar. Descubro que, mais uma vez, passei
exageradamente do horário e no dia seguinte acordo cedo. Acordo cedo e acordo
pensando, pois fui dormir pensando, refletindo e, conscientemente, escrevendo
em minha mente esse festival de repetições “escrevo”. Quer saber? Dane-se! Não é
nenhum artigo científico ou coisa do gênero.
E o elementar frio ainda mexe com a
essência de uma pessoa, ou de algumas várias pessoas. Comigo mexe, e com vocês?
E, por isso, escrevo.
Escrevo para arejar a mente saindo um pouco de tudo que
aconteceu no meu dia ou nos meus dias, e espantar os fantasmas que me azucrinam
a moringa.