terça-feira, 2 de abril de 2013

Abril.


Mudo muito de discurso quando me proponho a falar no termo "mudar" é complicado se prender a uma só definição, pois na verdade a vida por si só é uma eterna contradição. Hoje você está feliz, mas amanhã pode amanhecer aborrecido ou pode estar aborrecido e ficar feliz, dizemos então que é impossível fazer uma previsão.
Fico feliz quando recebo uma notícia boa daquelas pessoas a quem considero e me entristece quando a notícia é ruim, fico desconfiado com mudanças repentinas, como dizia Humberto Gessinger: fé cega e pé atrás, eu deixo os dois porque um precisa do outro para ter o apoio necessário.
Não sou capaz de dizer que terei um dia completamente feliz e de sorrisos porque tenho estouros bobos, eu tenho a tendência infeliz de não concordar com todo mundo, de achar feio o que a maioria acha lindo e de achar babaca o que os do momento praticam como exemplo não sou diferente, mas odeio a ideia de ser igual principalmente se me incomoda.
Certa vez li que quem se define se limita e, sei lá, em se tratando de minha pessoa acho que não poderia me dar a esse luxo². Minha vida não tem roteiro, acho que de ninguém tem. Enchemos o peito de ar e falamos a plenos pulmões: na minha vida mando eu, mas na prática não é assim.

Não, apesar de parecer não estou em conflito com o meu eu, estou apenas colocando em frases os pensamentos que explodem minha cabeça neste momento, eclodindo a partir de tudo aquilo que me rodeia.

Nunca apreciei com bons olhos a necessidade de mostrar mudança... Assim como acho de cunho duvidoso a necessidade de um homem mostrar, provar que gosta de mulher. Precisa?

Esforços inúteis, até porque nos dois casos a pessoa acaba pisando na bola e, quando a coisa é forçada demais sem aptidão, Deus e o Diabo desconfiam quem dirá eu.

² NOTA - Não me dou ao luxo de me definir e de não me definir. Não me limito e procuro não me elevar também... Sabendo dosar, acho que dá para viver.
Abril.

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