Cá estamos novamente para um recomeço de algo que nunca chaga a um
fim, para o reinício de uma coisa que sempre está voltando, sempre tem algo
amarrado com o que foi falado há alguns invernos atrás. Costumo usar a
expressão de linha reta, mas cheguei à conclusão de que estou equivocado. A via,
de fato, é mão única, mas é cheia de contornos, cheia de curvas, subidas e consequentes
descidas.
Numa dessas acontece de te encontrar, por que não? Às vezes
encontramos e nos perdemos. Já imaginou o que estaria escondido atrás de uma
árvore cujo caule tem mais de 50 cm de diâmetro? Eu não aconselharia a ir lá
atrás para ver, exceto se o grupo de excursionistas for bem numeroso e alguém
esteja acompanhando!
Eu venci uma etapa importante contra os meus fantasmas ou o meu
fantasma, mas acho sensato pluralizar porque é bem mais do que um. Consegui
respirar maio sem problemas, nem frio fez... anh, tudo bem, fez um ventinho bom
e só. Tive várias razões para poder estar relatando o (sucesso?) desse mês de maio.
Aproximações de pessoas que, de certa forma, têm determinada importância e só
pelo fato da companhia se torna bem crescente, ocupar a mente com filmes,
séries, sobrinhas ao meu lado, irmão por perto tudo isso contribui e faz com
que, mesmo querendo cair na nostalgia do momento eu não retroceda.
Mas isso é quase que impossível de acontecer e eu acabei
retrocedendo, mesmo que por poucos minutos e ainda que por efeito de uma música,
eu tive, mais uma vez, aquela antiga sensação. Ainda bem que a coisa parece ter
mudado de rumo, acho que a gente fica um pouco mais casca grossa para suportar
novos impactos e relutar contra os antigos.
Não sei dizer se sou completamente imune, mas aquele estado quase
eterno de quarentena parece ter sido desfeito.
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