Às vezes não sei definir se a vontade que tenho está ligada
à necessidade de escrever, pois muitas vezes preciso escrever, tenho o que e
como escrever, mas não aparece inspiração. Tudo a minha volta precisa estar
completamente ligado, como numa só sincronia tudo deve fazer parte da mesma paz,
de repente da mesma perturbação.
Traduzir o que se sente em palavras não é fácil, se a
parada é verdadeira, mesmo sendo por meios indiretos, é complicado ir colocando
tudo e é por isso que eu procuro mascarar os meus textos. Sei que num fundo sou
um tolo, imbecil, que acha ou supõe-achar estar dificultando o entendimento dos
que leem a bagacinha aqui. Não tô e, tenho consciência plena disso!
No fim é mais do que sabido a pessoa certa, no momento em
que lê, vai saber o que é e do que se trata não importa as palavras que eu uso,
o quão seja absurdo os exemplos tampouco a ordem de cada palavra. Me pego, para
escrever, com recursos simples e ao mesmo tempo avulsos, livres de quaisquer
sentidos imediatos o que faz dos meus textos uma parada meio viajante. Cara sempre
ouço que quem lê viaja, mas eu descobri uma forma diferente de viajar.
Este fundo branco harmonizando com a cinza que utilizo como
cor de fonte dá asas à minha imaginação. Acredito que muitas vezes prefiro
estar com a cara nessa tela do que por aí, fazendo o que não preciso fazer,
correndo os riscos que não preciso correr e ouvindo aquilo que não preciso
ouvir. Sempre tive afeição por estimular as pessoas, mas o reflexo disso está
diretamente ligado ao fato de que minha evolução também requer estímulos e não
é uma tarefa muito fácil. Vai estimular um coração que se recusa a voltar a bater...
(:~
Até a próxima. ^~
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