Dias que se impõe com tons expressamente cadavéricos se não pelo
cantar dos pássaros, já que os ventos assim como um tímido raio de sol
resolveram, por si mesmo, não dar o ar da graça. Olhando da minha janela parece
até mentira, mas após digitar as três primeiras linhas vejo algumas folhas
moverem-se despretensiosamente pelo vento que arriscou contrariar minha
primeira afirmação. No entanto não passa disso! Dias assim iniciam-se,
desenvolvem-se e terminam na mesma sintonia, da mesma forma em que começaram.
Uma parada bacana que tem acontecido é que algumas coisas vêm sendo
jogadas no ar sem a necessidade acintosa de um questionamento. O maior barato é
quando você se vê confrontado sem chances de defesa, sem ter como disfarçar,
numa tremenda saia justa. Não gosto desse tipo de situação, pode parecer
confuso quando eu digo que é o maior barato e, em seguida, digo não gostar...
mas o fato é que acabo deixando escapar por entre os dedos mais do que deveria
e menos do que é preciso saber.
Um misto do contraditório e eu gosto muito disso nas minhas linhas,
parágrafos e textos. Há uma constante guerra fria entre o calor dos sentimentos
e a frieza das ocasiões; existe um muro maciço entre aquilo que sinto o que
quero e o que pareço acreditar. Não sei definir o momento certo de agir, mas
sei com maestria que todos os momentos são propícios ao silêncio e à análise das
circunstâncias. Há poucos dias me disseram que não demonstro muito o que sinto.
Hahaha.
Às vezes penso assim de forma bem coerente que se eu não fosse tão
covarde haveria mais afirmações nos meus post’s do que interrogações. Penso,
também, que se fosse um artista plástico todas as minhas obras seriam
abstratas. Tem coisa mais legal do que tu expor um sentimento e saber que,
muitas vezes, ele ficou ali, protegidinho naquela pintura ou naquele parágrafo
(que é o meu caso). Ah, a arte de escrever utilizando frases sem sentido e
exemplos completamente mudos.
Estilo que muitos veem, poucos leem e muito poucos entendem...
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