Essa estrada que não tem mais fim e essa curva que mostra a
cara, mas por mais que eu acelere, corra e persiga-a nunca chega. Esse quê de nada acontecer e a certeza de que
o tempo passa talvez seja a grande resultante da angústia. De repente o tempo
fecha de tal forma, abrindo espaço para um desânimo sem motivos, sem por que.
Sabe aqueles sonhos em que você se vê caindo e tenta
segurar em algo a fim de sobreviver, mas suas mãos não conseguem alcançar?
Então, é mais ou menos assim as imagens se fundem às sombras tudo fica
distorcido e você não sabe qual destino tomar a tendência, então, é cair. Queda
livre, sem obstáculos, sem forças e sem lutas.
Tudo muito carregado e as energias positivas se rendem à
escuridão, como naqueles filmes do apocalipse em que os solos ficam inférteis,
o sol para de brilhar e toda a vegetação se rende em tons cadavéricos naquele
lugar também aparentemente sem vida. Daí aparece ou tende a aparecer sempre aquela
fresta de luz como se quisesse indicar um caminho.
Deve não ser, não sei. O destino em seu jogo de dados lança
tantas pegadinhas, fica difícil saber o que é real. E o barco continua à
deriva, na paz e no mais repleto caos.
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