Desafiar a morte deve ter sido uma das práticas menos
perigosas do meu passado recente. Encarar a vida e todos os seus obstáculos
talvez seja o objetivo mais perigoso do meu presente futuro. Embora naturais,
são duas coisas totalmente distintas porque não existem expectativas para o
pós-morte – apesar de já ter feito algo em relação a isso – viver não, viver
impõe perspectivas e sempre buscamos as boas, mesmo sabendo que devemos
considerar sempre o meio-a-meio.
Às vezes acho que não vale muito a pena fazer planos em
curto prazo porque as coisas quase nunca tendem a acontecer como queremos. Na
fórmula 1, por exemplo, nem sempre o polly position será aquele que vencerá a
prova assim como o último de repente pode não ser último a prova toda, ele
pode, por exemplo, vir a vencer. No futebol todos entram para vencer, mas não é
todo dia que o craque entra e arrebenta, o goleiro fecha a meta e que o
conjunto está em sincronia.
Seria bom, talvez fácil, se as coisas dependessem do nosso
querer e como seria... Eu, por exemplo, talvez não estivesse aqui onde estou.
Estaria escrevendo sim, não penso em parar, mas em se tratando de localização estaria
longe, mas é coisa que passa como um dor de cabeça que chega atormentando e
depois vai embora cedendo lugar à paz. Hoje tenho outras vontades que amanhã serão
textos iguais a este exprimindo a diferença do querer, poder e chegar a ser.
Poderão ser diferentes também... O que fica de mensagem é
que nem sempre o “Eu quero, eu posso e vou” funciona. Otimismo, força de
vontade e mãos a obra, podem ser ferramentas importantes, mas não são, nem de
longe determinantes e/ou servem de garantia.
É bonito quando se diz “no fim, não consegui, mas tentei”.
Sempre vejo isso nas frases de autoajuda. Fica-me a impressão de que, não sei por
que, mas poucas pessoas – incluindo os autores – seguem a mesma linha...
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