quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Outworn

Tenho estado muito cansado... Cansado de nadar e nadar e nadar como se estivesse no meio do oceano e não ver nada além de horizonte e ondas, nem um bote salva-vidas sequer um verdadeiro sobrevivente náufrago. E assim eu vou seguindo sem (com) noção e espaço, sabendo que preciso chegar, mas desconhecendo endereço de lugar algum sem saber a direção de lugar nenhum, à deriva.
É difícil controlar a ansiedade quando a realidade não te deixa brecha para criar perspectivas. Tenho a impressão que os anos têm passado rápido demais ao meu lado e eu tenho ficado num mesmo ano. O corpo sofre os efeitos causados por esta passagem, mas a sensação é de que o tempo individual parou mesmo sabendo que não, que o relógio está contando de forma desgovernada.
A curva tem ficado cada vez mais fechada cara e, pior, não tenho visão a minha frente... A montanha cada vez mais íngreme e o fator ambiente começam a influenciar juntamente ao cansaço, mas não pode parar né? É preciso seguir viagem sempre mesmo que os pés já não aguentem mais, mesmo que o sol castigue e que o corpo esteja clamando por fim à jornada, ela não termina antes de acabar.

Quando o cansaço invade e aprisiona, com sua chegada, o pouco que me resta de bom, creio... Sou autocrítico, então estou cansado de deixar de fazer o que preciso fazer, de fazer as coisas de forma certa do jeito errado de... evitar a renúncia ao hesitar... No fim os atributos de culpas cabem somente a mim...

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