quarta-feira, 21 de maio de 2014

Um pouco de silêncio e um copo de água pura ♫ No meio de tudo você...

Há muito tempo não falava especificamente sobre isso. Não sei dizer se por preguiça ou somente estratégia para esquecer, mas é estranha a atração que tenho para tudo aquilo que se encontra longe dos olhos, longe do raio de alcance das mãos. Assusta-me também a facilidade que o outro lado tem de diminuir essa distância passando aquela agradável, porém falsa sensação de estar próxima. Talvez o barato da questão seja realmente esse, o de “estamos muito longe, nunca vai rolar” o que deveria, em tese, desestimular e não te empurrar precipício abaixo.
Tenho a impressão que mesmo com o passar dos anos algumas coisas continuarão vindo à tona, sabe cara é algo sem controle, algo que transcende tudo que possa estar completamente estabilizado no momento real. Os cientistas dizem que a mente humana é o terreno aonde eles ainda precisam pisar – considerando real a possibilidade de já terem estado na lua –, mas eu digo que o coração também continua sendo um serial killer frio e calculista, talvez um verdadeiro kamikaze...
 No jogo da sobrevivência ele adquire a habilidade do fígado, se autodestrói e logo depois se recompõe. Como uma camada de foto no photoshop, ele fica ileso enquanto a outra, a parte que nos compete sentir, sofre modificações e fica tal qual Hiroshima e Nagazaki, completamente arrasada. Não sei o que ele ganha com isso, deve ser uma sensação esplendorosa, talvez uma doce tolice, por que não? Somos mais inteligentes que os nossos corações, depois de bastante levar bordoada na análise fria dos fatos acabamos chegando a esta conclusão.
Mas ele é imprevisível dentro de sua previsibilidade, e constatamos que não temos controle algum sobre ele quando nos encontramos no arco central do alvo, quando a mira já nos aponta como direção... Quando todas as pancadas levadas outrora retornam em uma espécie de vale a pena ver de novo...

Abraço.

2 comentários:

  1. Oi, Junior, ótimo texto!!! Adorei essa frase no final: "quando todas as pancadas levadas outrora retornam em uma espécie de vale a pena de ver de novo" me identifiquei completamente...
    Tá na cara que você é um gessingeriano só pelas coias que você escreve já dá para perceber isso...
    Abraços.

    ResponderExcluir
  2. Não quero mais pancadas antigas,

    Quero me perder no novo,


    Abraço

    ResponderExcluir