Junho chegou sem pedir licença, sem tomar chegada ele simplesmente
comprova a sua irreverência ao expressar o famoso: sei da frente que eu estou
passando. Dizem ser este mês o que faz o coração pulsar, bater mais rápido, aflorar
a linguagem corporal e todos os sinais primários que ela emite quando estamos
repletos de sentimentos, muitas vezes, confundíveis como amores e paixões.
Ah, junho! Tu envolves tanta expectativa em torno de tuas datas, ou
da tua data, que tonifica charme a tua prepotência. Talvez por mera inocência,
o senhor do tempo conspira a proporcionar situações que corroboram com sinais
citados outrora. Não vês? Tornas parnasiânico quem, de longe, não tem a mínima
vocação. Ora, pois, tu és um mês como qualquer outro amanheces e anoiteces de
forma natural.
Acontece, oh mês casamenteiro, que muitos investem, e tu de fato mereces,
grande esforço e atenção ao teu significado, ou ao significado de um único dia
dos 30 (trinta) teus, que tal quais os demais, vive meras 24 horas. Precisas,
se é do teu agrado, avisar-lhes que a vida não se finda no cantar do galo,
quando o sino soa o seu último badalar. Precisas, apesar da tua dominância,
lembrar-lhes que além dos teus 18 (dezoito) dias próximos haverá outros dias e
novos outros ciclos se farão...
Abraço.
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