Palavras... Sempre gostei de palavras mesmo não sabendo como
usá-las; usando-as, à minha maneira, razoavelmente bem. Elas
proporcionam coisas fantásticas! Fantásticas e destrutíveis, também. Destrutivamente
fantástico é como chamo o poder das palavras, a força que elas têm e a
impressão/aparência que elas são capazes de nos passar. A falsa imagem!
É como um chute na direção do gol que engana o goleiro e entra. Uma
dose de efeito e o leitor, ludibriado, já forma uma ideia sublime ao seu
respeito, como se a sapiência fosse resumida apenas a palavras cultas em uma
oração. Triste isso, não? Imaginem vocês que elas podem leva-los do céu ao
inferno em questões de segundos, para isso basta não usar as consoantes e
vogais certas¹...
Há uma diferença quando falamos de palavras, pois elas podem ser
escritas e faladas. O barato de escrever e usar as palavras, é que temos todo o
tempo do mundo para pensá-las, e organizá-las para montar um monólogo rico em
cultura e fineza, algo digno de um alguém sábio e puro. Mas o que eu admiro
mesmo nas palavras é a mensagem que elas nos passam, embora isso quase nunca reproduza
verdade a respeito daquele que as usam.
Seria muito bom se traduzíssemos nossos sermões diretamente às
nossas atitudes. Já imaginou que brilhante, de repente esquecer o alheio e
voltar somente ao seu mundo, seu reduto, seu quadrado? Já imaginou que
magnífico esquecer todas as mágoas, todas as desavenças e cultivar o amor no
coração, esquecendo a vida dos outros também para passar a viver a própria
vida?
É as palavras são mesmo esplendorosamente destrutíveis! E não
adianta nada travesti-las de boa conduta se isso não torna real às atitudes, em
nenhum dos sentidos citados (independente da ocasião mencionada). Eu nunca fui
muito bom com as palavras, mas procuro sempre fazer com que elas sejam um espelho que reflete o que sou naquilo que escrevo porque meu blog é baseado nisso. Minha vida, que não tem nada de
interessante, é baseada no que eu vivo e no que eu sou...
Deus me livre apontar o dedo na cara de alguém repreendendo ou pontuando
sobre atitudes das quais eu fiz a vida inteira e ainda faço, aconteça o que
acontecer, não é mesmo?
As palavras escritas nos transformam, mas nossas atitudes nos
destroem (ou não, vai depender do seu eu verdadeiro). São elas, fantásticas e
destrutivas!
— ¹: Forma como se constrói palavras.
— ¹: Forma como se constrói palavras.
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