sábado, 23 de julho de 2022

3 em 5 razões = 0

É, talvez eu realmente tenha me tornado uma pessoa mais fria. E o porquê disso, porque sim. Pra quase tudo nessa vida há uma razão, mas nem tudo nesta mesma vida requer a revelação das razões, porque isso não mudaria nada. O fogo apaga porque jogaram água; porque o carvão está apertado demais e não tem circulação de oxigênio; porque a chama era menor do que o ar, soprado incessantemente, sobre ele. O copo quebrou porque caiu; caiu porque algo ou alguém o derrubou. Pequenos exemplos, claras razões de porquês. Ah, porque sim e ponto! Acabou!
São 3.5, cara. Muita coisa! Ouvida, vista, muitas vezes nem ouvida e nem vista, mas apontado diretamente como fator cabal. Dizer que depois dos 25 eu começaria a ver anivelório com outros olhos, que à medida que o tempo passasse o conta-gotas seria negativo (-1), faz de mim uma pessoa pessimista (falando besteiras – como diz minha mãe). Mas dizer que cheguei ao vértice da parábola, de longe, me parece uma previsão otimista de que temos aí mais 35 anos para voltar pra casa... a meu ver uma previsão presunçosa, não sei se tenho tal merecimento.
Mas vamos aproveitando enquanto o dono de tudo isso aqui, inclusive de nossas vidas, permitir usufruir de todas as belezas que ele fez para que apreciemos e zelemos com amor. Amor... como nos tratamos de seres imperfeitos, infelizmente não sabemos cuidar muito bem de tudo o que temos ao nosso dispor, nem de suas sublimes criações, nem entre nós mesmo como criaturas moldadas a sua imagem e semelhança. 3.5 pra conta e é isso aí, é o que tem pra hoje.

terça-feira, 29 de março de 2022

Inocência, pura, só a das crianças... e olhe lá.

Eu estava pensando dias desses em como a inocência e pureza de uma criança é impressionante, vejam só: você apresenta uma mão com 10 moedas de 10 centavos e outra mão com 3 moedas de 1 real. Embora o tamanho das moedas seja desigual, o que poderia intuir uma diferença de valores, a inocência sempre despertará a atenção para a quantidade e a mão com mais moedas é a que certamente será escolhida. Claro, dependendo da criança, ela não tem dimensão e não faz juízo de valor. Afinal de contas, eu estou falando de inocência e pureza!
Paralelo a isso eu observei algumas coisas, alguns movimentos e refleti bastante nessa situação das moedas e da escolha. Os adultos já ultrapassados em suas purezas e, claro, uma vez já maculada sua inocência, sempre que agem é com objetivos claros. Tem sempre bem definido o impacto que deseja causar com determinadas ações, determinados comportamentos ou mudanças do mesmo. Mas aí existe um probleminha bem primário que costuma nos perturbar a paz: as coisas acontecendo da forma que não queríamos que acontecessem. Sim, porque é um baque quando as coisas reagem de forma diferente do que esperávamos.
Você vai ao barbeiro e dá aquele talento na peruca, barba na régua, sai e aquela moça a qual você esperava chamar a atenção sequer toma ciência da sua presença, se pá sequer pensou na sua existência naquele ambiente. PAM! Um exemplo simples, claro e corriqueiro de objetivo frustrado, mediante ao não acontecimento das coisas conforme o esperado. E dependendo aí do grau de interesse isso acaba funcionando como um cruzado na autoestima. Isso serve para todos os tipos de relação, não somente para uma paquera e/ou conquista. Trabalho, amizade, no joguinho de tabuleiro...
Outro exemplo: nós costumamos ficar estranhos, frios e nos afastamos das pessoas e tudo isso, tem, sim, um objetivo velado; e todo esse movimento foi pensado e é esperado uma reação em torno desse acontecimento planejado. Uma ação que para desencadear uma reação esperada! O problema é quando isso foge do roteiro que pré-criamos, e foge por estarmos contando com o outro e as atitudes e reações do outro estão fora do nosso alcance, estão fora do nosso controle. Podemos até supor-achar conhecer como que o outro reage, mas jamais contar com isso como certeza porque, cara, a decepção vem. Haha
Às vezes apostamos alto, nos vislumbramos, dobramos o valor da aposta e vemos o cavalo dobrando as pernas e nos fazendo beijar o chão, e é por isso que também chamamos de jogos de azar. A nossa concepção é uma parcela quase nula de tão pouco significante em torno do que sente o outro. Há muito tempo eu sentia um incômodo, uma perturbação de paz (lembra? Falei lá no início), me sentia mal, afetava literalmente o meu humor lidar com ausências, friezas, afastamentos, e, claro, eu buscava resolver tudo aquilo, procurar porquês era uma verdadeira loucura dentro da minha cabeça. Mas isso passou!
Hoje eu respeito mais as pessoas dentro de seus direitos, pois parei um momento, olhei para tudo aquilo e saquei que rolava, da minha parte, um desrespeito a mim mesmo, eu caía exatamente no tracejo bolado por aquelas circunstâncias e acredito que ninguém precisa. Hoje eu vou olhar, vou, obviamente, avaliar a minha responsabilidade perante a questão e não havendo o que reparar irei apenas respeitar o movimento. E, cara, acredite o seguinte: isto será visto como falta de consideração! Mas é apenas, na prática, o que eu teorizei no, qual, primeiro parágrafo? As coisas acontecendo fora do roteiro bolado pela ação.
Apenas para que março não passe em branco.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Oi, fevereiro. (?)

Quem é vivo sempre aparece, mas por incrível que possa parecer quem é morto de vez em quando dá as caras também. Falando em vivos e mortos, vamos dar um suspiro neste quase moribundo espaço. Ok, eu sei que tô devendo pra cacete aqui, criei maior expectativa de bons ventos das novidades e passei janeiro em branco. Mas isso acontece e tudo o que eu peço é desculpas mesmo. Se servir de consolo, não tenho dado tanta atenção ao canal também.
Mas é 28 de fevereiro e eu não estava muito a fim de violar ainda mais as minhas próprias leis enquanto pessoa a frente deste espaço. Na verdade, há uns dias tenho pretendido, no decorrer dos mesmos, colar aqui, soprar a poeira para longe e fazer como nos velhos tempos. Sentar aqui e me expressar como nos meus melhores dias de uso desse cantinho, mas a verdade é que talvez eu tenha me acovardado um pouco, talvez eu tenha achado bem maneira a zona de conforto que a observância nos traz.
É algo que até me faz parecer mais esquisito do que eu sou pessoalmente, e agora que eu descobri – tarde até –, que podemos fazer isso virtualmente, acredito ter me acomodado uma vez que não precisamos perguntar ou dizer nada, apenas observar. Eu não trabalho com fatos fabricados e odeio esse clima de jogo psicológico, mas também me reservo o direito de ficar na minha. Em determinadas situações o que podemos fazer é observar as movimentações, ligar os pontos e aguardar.
Desde que passei a compreender as coisas com certa maturidade, nunca mais tentei interferir nas atitudes e decisões das outras pessoas. Um dia alguém que eu gostei muito foi embora e eu só pude desejar felicidade. N’outro dia eu fui embora para que pudesse trazer alguém que amo comigo e não rolou, então respeitei. Observo os sinais que caracterizam decisões e fico bem tranquilo em aceita-los como se desenham, mas não admito imputações! 
Esticou a corda, sustenta! Eu não largo, nem afrouxo a corda.

Abrindo 2022 e fechando fevereiro. Ah, tá tocando Seize the day, sugestivo?

Abraço.