Pode parecer bobagem o que vou escrever aqui – e se de fato for, olhem o banner do blog e verão que não foge ao tema a que ele se propõe – mas as nossas atitudes são como manequins em vitrines, elas servem como exemplo. Seja para alimentar o ego das pessoas falando mal de você, seja para elas enxergarem, de alguma forma, como caminhar.
Eu costumo dizer que não é muito legal comparar pessoas, não gosto de ser comparado a ninguém... Mas, devo confessar que, algumas muitas coisas a gente acaba meio que copiando. Sejam gestos, sejam ditos populares, sejam algumas formas de agir. Vamos dizer que, de fato, é benéfico “copiar” coisas boas das pessoas; aprender aquilo que é produtivo e mais ainda, poder estar passando suas experiências para estas e outras pessoas. Muitas vezes não temos a capacidade de percepção, mas pessoas produtivas aprendem aquilo que temos como ponto de produção e até nos admiram por isso. E isso é legal.
Mas saindo um pouco do profissional e voltando mais para lado família – seja a sua ou a de quem te têm como padrão – suas atitudes podem colaborar tanto para o bem quanto para o mal, e quando você gera um ser, aí sim, que suas atitudes influenciam vitalmente na vida desta pessoa.
- “Sorte, sorte na vida, filhos feitos de amor” Mesmo? E aqueles filhos que não foram feitos de amor, eles não merecem ser amados? A presença dos pais na vida dos filhos é, impreterivelmente, um fator importante e determinante para o que ele será no futuro. Mas ser presente não é estar na sobre o mesmo teto todos os santos dias, ser presente não é disciplinar o filho num momento de um mal feito. Ser presente é dar atenção, é pegar na mão, é se oferecer mesmo quando o filho não quer, de forma alguma, a sua presença perto. Ser presente é, quem sabe, estar à beira da cama do filho quando ele acordar gritando por ter tido um pesadelo. É fazer prevalecer o carinho e a força da família, muito embora ela não exista, mas é importante para criança sentir-se amada! Eu não sou uma pessoa paciente e pode ser hipocrisia estar escrevendo justo sobre isso, mas não sou uma pessoa violenta também... Eu uso das palavras, acho que elas ferem mais do que uma pancada qualquer. Porque depois que a carne cura por dentro e desincha por fora, acabou. Mas as palavras ficam rodando na nossa mente, as palavras, assim como a serpente de Adão e Eva, vêm com a gente desde o momento em que as ouvimos até, quem sabe, o momento em que estamos desencarnando – eu acho, nunca morri, não posso afirmar. Mas os filhos são orientados pelos pais, segundo as leis familiares, para serem cidadãos de bem! “Ah, mas eu não tive auxilio dos meus pais e sou uma pessoa de bem” meus parabéns, justamente por não ter tido apoio da família, dê todo o seu apoio e ainda pegue mais emprestado para dar aos seus filhos. Educar é ensinar, mostrar e guiar para o que é certo. Educar é disciplinar no momento certo, cobrar com respaldo, com propriedade. Existem famílias que dão tudo aos filhos, desde a liberdade até o conforto e todos os bens materiais de que lhe são do agrado, mas, justamente na hora de disciplinar, jogam tudo isso na cara dos filhos como se fosse algo fundamental para a vida deles e aí eu pergunto: E os pobres? Eles podem julgar os filhos por aquilo que eles não puderam dar? E quando são questionados, por exemplo, “ Mãe, mas o pai do meu amigo faz de tudo por ele. Ele calça sapatos de R$500,00, estuda em escola particular, vai à Itália final do ano, mas recentemente eu descobri que ele anda faltando aula para se encontrar com aquelas pessoas. Mãe, eu queria um sapato daquele e uma calça bem bonita.” Será que dói nessa mãe? Bom se colocar na situação. Mas, sei, eu acho que dói mais na família daquele garoto. Pois ele tem tudo, mas não tem os pais. Ele tem pessoas que lhes dão tudo o que ele precisa, mas ele não tem amor. Ele não tem a presença dos pais, ou do pai ou da mãe. E ele vai crescer... E quando começar a fazer coisas adversas, os pais se perguntam – geralmente com as mãos na cabeça – onde foi que eu errei, eu nunca te deixei faltar nada, porque você é assim, meu filho? Errou em estar perto do filho, mas estar longe, porque o jornal com notícias sobre o Kadafi era mais importante, porque, quem sabe, o penúltimo capítulo da novela iria ser legal e não podia perder, deixou de estar presente porque a festa era mais importante... Deixou de estar presente porque havia resistência da outra parte e, na oportunidade, não manifestou, para servir até mesmo como argumento de defesa num futuro, vontade de estar ali. É como se, de repente acontece isso: “Quer me matar, me mata, minha doença não tem cura e eu vou morrer amanhã, pelo menos já adianta.” Simplesmente aceitar...
Os guias dos filhos são os pais, o sucesso e o fracasso dos filhos são, de fato, de inteira responsabilidade dos pais. O que eles serão quando crescer começa a ser definido pela educação, e isso, amigos, não começa na escola, começa dentro de casa... Eu não sou ótimo como pessoa, não sei se serei bom pai, não prometo isso porque sei do meu temperamento... Mas procurarei sempre lembrar que, tudo o que meu filho fizer, independente de quantos anos tenha, é minha responsabilidade. O nosso erro induz os nossos filhos em sua vivência... O princípio de tudo é dentro de casa...
Até mais!