Chega um
determinado momento que algumas coisas simplesmente começam a perder a graça.
Que o senso de humor dá espaço à intolerância e que as coisas mais
interessantes não passam de bobagens. Tem dias que a paciência está tão curta
que não há condições de curtir a mim mesmo. Onde aquela linha tênue e
imaginária, que delimita tudo, parece realmente existir. Controle é quase zero
e a explosão é certa.
Dias complicados,
coisas que quem está ao redor não compreende, coisas que eu mesmo não
compreendo quem dirá os outros, dias que não precisam existir. Não sei quem
controla o tempo, mas sei que ele (a) gosta de fazer gracinha quando o tempo
fecha. Dias quentes: tensão, explosão, impaciência parece que existe um monstro
que se liberta coisa que eu ainda não aprendi sobre mim. Coisas que, no ápice
do autoconhecimento, ainda permanecem além da minha compreensão.
A verdade é que
tem dias que não suporto a mim mesmo como uma batalha interna por espaço, como
se a própria respiração incomodasse...