domingo, 9 de março de 2014

Onda pós onda, o barco ainda flutua...

Quando fica pronto, como saber qual é o ponto, quantos segundos até o próximo passo e quantos passos à beira do precipício, qual a distância entre a loucura e razão? Quantas vezes burlei as leis da gramática num só parágrafo? E, cara, quantas vezes fiz prevalecer as minhas leis sobrepondo-as às minhas vontades? Melhor, quantas vezes deixei valer o que eu sou sobrepondo-se às coisas que quis? Quantas vezes deixei, quantas vezes deixo e quantas ainda irei deixar o medo tomar de conta? Quantas? Talvez as que julguei necessário...
De repente as vezes que ainda julgarei... é difícil falar assim, né? A gente vai jogando os pares ordenados, mas nada indica que eles irão se cruzar quando lançados ao plano. Acho que meu eterno dilema é o mesmo de alguns treinadores de futebol: o medo de perder tira a vontade de ganhar O que pode estar errado é somente a comparação, porque não há o que se perder quando não se tem e não é algo que se possa ganhar... Tudo questão de semântica, mas fica a ideia de que o medo de arriscar atrapalha o desenvolvimento e acontecimento de lago.
Droga, não deveria ter esclarecido! E as minhas entrelinhas, onde ficam nesta história? Deixar de enigmatizar o que escrevo não é uma estrada apropriada e aconselhável para eu trilhar, não é algo que eu deva e queira fazer, mas parece que as vezes estou realmente sem saco para continuar na mesma pegada, parece que os fatos e as razões gritam mais alto que o maldito medo que me faria mantê-los nas entrelinhas e eu acabo traduzindo palavra a palavra na sequência seguida do texto. Sequência seguida foi redundante? Não tanto quanto as milhares de gotas de chuva que caem por sobre o meu telhado...

São 04:27 da manhã, já é domingo e minha cabeça dói novamente. O sono já começa a bater com autoridade e o cansaço há muito me consumiu. Continuo aqui não passando de um reles grãozinho de areia que, sabe-se lá por que carga d’água ainda não se desintegrou.

Abraço...

terça-feira, 4 de março de 2014

Rain...

Acho que uma das coisas mais certas que ouvi ao longo destes 26 anos de existência –quase 27 – é que não se pode perder o que não se tem assim como também não é muito aconselhável imaginar o que não viveu. É situações que estão interligadas e que é gerada pelo acaso, por testes que o destino nos coloca a toda a prova.
De repente algo começa a me sugerir que o caminho das pedras é entender as circunstâncias, onde o medo de perder a razão pode estar me impedindo de ver que eu já não a tenho. Fico me perguntando se vale mesmo a pena cultuar algumas coisas que considero de extrema importância mesmo que isso signifique abrir mão de certas ações muitas vezes até necessárias, diga-se de passagem.
Seria estranho dizer que espero, no mínimo do mínimo, que as pessoas pensem semelhante a mim no tocante ao tema acima. Tão certo quanto os bilhares de pingos de chuva que agora caem por sobre o solo é a certeza de que isto, nem de longe, pode sequer ser parecido! Acho que de tudo que gira ao meu redor e por tudo que flutua em mesma órbita, isto seria a última coisa a se esperar.

Vou parar por aqui... São 04:48 da manhã, minha cabeça dói muito e o sono começa a chegar com autoridade, este som de chuva que me soa como canção de ninar aos ouvidos e que, em meus sonhos, me leva para épocas surreais. Adentram minha alma e me traz viva a ideia de que não pertenço a esta época...

Abraço...

Conflito? Não! Esclarecimento, talvez.

Hoje quero contradizer algumas coisas que já postei em algum momento e texto aleatório. Quero poder olhar daqui um mês para estas linhas mal elaboradas e fazer um contraste daquilo que já disse e do que contra afirmo. Nada pessoal, só quero demonstrar que o tempo tem o poder de manipular as circunstâncias e, com isso, fatalmente acabamos mudando a forma de pensar.
Não sei se deveria, mas sabe aquela felicidade e paz que devo ter citado nos post’s mais recentes? Então, eu continuo um ser sem a devida paciência, mas tenho presenciado a tão falada felicidade e paz no rosto e no sorriso inocente de uma criança. Penso, certamente, que tal inocência é a grande responsável por esta sensação tão maravilhosa isenta de qualquer preocupação. Ah, que saudade de ser criança!
Acho que devemos conhecer palmo a palmo os caminhos a seguir, estarmos atentos a cada modificação sofrida no trajeto por motivos quaisquer e olho vivo nos mapas do acaso. O destino impõe mudanças em determinados trechos desta nossa vida de sucesso de cinema. Ele te conduz e te inclina a seguir esses novos scripts e não existe escolha apenas a ordem. Meu oceano tem variado entre calmarias e tempestades... Vestígios da mão pesada do destino.
Não sei o que me impulsiona a continuar perseguindo aquela luz quase extinta no fim do túnel, na lanterna dos afogados onde o que me mantém imerso é apenas o espaço das narinas. Não sei aonde encontro forças para continuar, pois diante de grandes dificuldades já pensei em desistir, diante de grandes facilidades também... Às vezes penso que tudo isso é loucura e fico tentando perfurar esse bloqueio, uma vez que ao menos o encontrei.

blé - Tenho bastante fé que com o passar de alguns anos muitas coisas que foram escritas neste blog terão a devida resposta. O que eu não sei é se viverei o passar destes anos que virão para poder, enfim, compreendê-las.

sábado, 1 de março de 2014

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Acredito que deva existir algo muito espiritual em determinados lugares os quais são capazes de despertar sensações indescritíveis. Acho que já comentei que dias frios e cinzas mexem com o meu estado de espírito e acabam me deixando meio que reflexivo, não sei de repente sim. Dias assim são bons para dormir – diz um amigo. Ah! Eu gosto de namorar em dias assim, sugere uma amiga. Eu penso que exista espaço para fazer de tudo um pouco, mas é um ambiente extremamente favorável para encontrar um lugar silencioso e mais próximo da natureza, refletir.
Há tempos venho querendo fazer isso e tem faltado tempo e espaço porque clima jamais faltou. Hoje mesmo, quando vos escrevo, momento em que tento colocar – talvez sem sucesso –pontos e vírgulas mal empregadas naquilo que se pode chamar de textos, onde o sentido passa longe e a certeza que se tem é de que existe, sim, alguma coisa querendo ser dita só não existe uma forma clara e direta e, claro, jamais vai existir isto eu posso garantir. Hahahaha! Todo mundo precisa de um momento para reorganizar a vida interior, tirar o que não precisa mais ficar remover arquivos temporários, esvaziar os caches.

Estou me devendo isso de 2012 e, pior, já tenho um 2013 acumulado e 2014 começou arrepiando... Aí tu imaginas como fica a cabeça azucrinada todos os dias pelos impulsos contidos, por eles incontidos... Imagina! É como um filme que tem a cena preparada e, no set de gravação, por um pequeno erro na hora de determinada cena nasce mais outra cena, coisas que dizemos estar fora do script... É mais ou menos aí que a banda vai tocando, em ritmo de carnaval...