terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Um amanhecer nublado...

Vejo-me ilhado na maioria esmagadora das situações, porque o que só depende de mim também depende de muitas outras coisas. Não é como o fruto maduro que cai e germina algum tempo depois, sem a necessidade de ter sido semeado por intervenção antrópica.
Muita hora nessa calma porque a carroça jamais vai andar se estiver na frente dos bois, mesmo o criador precisou de 7 (sete dias), segundo as escrituras, então não serei eu o privilegiado da pressa.
Às vezes é difícil controlar a ansiedade, como se você quisesse dar a partida no carro com o tanque jorrando gasolina e a bateria simplesmente não o permitisse sair do lugar.
É complicado, é muito confuso o termo (tudo ao seu tempo) porque o tempo é senhor dele mesmo. Ele é segue sem pausas, então a qual tempo refere o termo? Quanto tempo perderemos até que o “ao seu tempo” chegue?
Tem, também, o fator surpresa de o nosso tempo chegar antes do evento “ao seu tempo”. Creio, sim, que temos algo reservado, mas às vezes demora tanto, está tão distante, tão inexistente que a cresça cai. Às vezes é mais fácil render-se à incredulidade, pois já está diante dos olhos...


Enfim... Dezembro é natal, virada de ano novo... aniversários e, por falar em aniversário, o blog logo mais completará o seu 6º ano. Estamos em baixa, velho amigo, mas estamos juntos. ;)

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Pai Herói.

Sábado eu tive uma experiência que ficará marcada para o resto da minha vida. Sábado a vontade de não perder alguém que tenho a minha volta foi muito maior do que qualquer vontade que eu tenha tido, em algum momento da minha vida, de desfrutar da companhia de outros alguéns. Sábado eu temi pela morte do meu pai, sábado eu pedi e clamei pela vida dele. Sábado eu corri o risco de perder o meu herói.
E eu que falava sobre a vida e sua fragilidade no post passado, fiz analogias em cima de exemplos análogos, 40 linhas para focar na importância de apenas 1 parágrafo de 6. O que eu queria com isso afinal? Será que fui usado para que se falasse através de mim sobre o quanto é difícil mantermo-nos vivos? Terá sido uma premonição um pouco fora de contexto? Será que eu senti? Eu não sei responder, na totalidade, a nenhuma dessas perguntas.
Uma imprudente conversão de rota quase levou uma das coisas que tenho de mais valiosa e preciosa, meu pai. Atalhado por dois indivíduos, fechados por eles e arremessado, com violência, contra uma grade de ferro, meu pai teve fratura exposta na perna e quebrou o pé, esmagou os ossos da mão, pôs ferro, pôs pinos, cirurgiou e ainda irá cirurgiar graças a Deus, e dou graças a ele porque poderia ter sido pior.
É a primeira justificativa triste de ausência que faço. Triste pelo fato, feliz por ainda poder partilhar da presença do meu porto seguro. Tenho passado à noite no hospital com ele, cerca de 18/19 horas sem dormir e então quando trocamos o acompanhante eu venho em casa descansar, logo não sobra tempo e/ou disposição para vir ao blog. Aos que simpatizam com minhas postagens, peço somente orações e energias positivas.


É isso... Abraço!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Efeito dominó.

É eu passei vários e longos dias sem pôr o cursor do mouse por aqui, já vão mais de 10 dias desde a última postagem e eu tenho a consciência clara de que estou em falta com o espaço. Talvez não só com o espaço, mas com o público que eu talvez tenha por aqui. Ou talvez não, talvez eu não esteja só em falta com o público, mas, de repente, comigo mesmo.
É complicado lidar com a tensão, e às vezes nem mesmo o espaço aqui, que muitas vezes foi, pode ser a minha salvação. Curiosa a vida, né? Quando somos criança queremos crescer, tornarmo-nos adultos. Nas brincadeiras dirigimos a empresa do papai, fazemos altos planos e traçamos a trajetória da chegada à tão esperada e desejada fase adulta.
Como já dizia o mestre Gessinger: “vamos duvidar de tudo que é certo”. Quando criança nós traçamos como meta de vida tudo aquilo que faz parte do desejo no nosso fantástico mundo de Bob. Porque, pô é mó fácil crescer, estudar, arranjar emprego e já ter casa de dois andares com piscina, tobogã, carro, jet-ski, enfim... Na mente inocente de uma criança é fácil.
Mas aí quando você finalmente atinge a tão sonhada e desejada fase adulta (ainda que alguns mentalmente não atinjam), sofre aquele verdadeiro choque de realidade, né? Porque tudo passa a depender de você, porque você deixou de depender de tudo e de todos e vai ter que buscar no bolo do baralho as cartas certas para resolver os próprios pepinos.
Viver é complicado, mas se formos analisar, bem friamente, nós sobrevivemos. A vida é como a chama de uma vela no fim, com o pavio praticamente afogado no próprio pranto; é como um jarro de porcelana em cima da mesinha de vidro, no centro da sala, com uma criança que recém-aprendeu a rastejar o rodeando. A vida é frágil como o próprio fogo da vela citada contra um sopro rápido e intenso.
Bem, dentre as mais variadas auto pressões, venho me pressionando para desenrolar um livro, não sei, fazer uma história aí que “cative” e “prenda” o público, que atraia as atenções. Recentemente fiz um bloco meio que rpgzão das antigas para o meu irmão, como composição de nota bimestral, e apesar de super-robótico, gostei. Mais um ponto interessante: dificilmente gosto do que escrevo.


É muito provável que jamais venha a ser postado no blog, eu mencionei porque precisava finalizar o texto. É isso... Parou no intenso, I don't want anymore. ;)

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Títulos, por que usá-los?

Enquanto pensava no que escrever (porque às vezes sinto e corro para o PC, para transformar tudo em texto, noutras eu penso em que tema abordar), lembrava-se de como Deus é maravilhoso e tem sido generoso comigo, apesar de eu não ser merecedor, e o que me leva a compartilhar isso são as bênçãos alcançadas. Apesar de todos os contratempos, de todas as dificuldades e do tempo que levei consegui concluir meu curso superior. Sei que recebi uma sobrevida extra e que sem a vontade dele nada disso teria sido possível.
Mas onde estávamos mesmo? Anh, sim, a capacidade que tem o ser humano de não agradecer ao amanhecer pelo privilégio de respirar mais uma manhã e ao fim de noite, agradecer por mais um dia. Parece brincadeira, mas algumas vezes já despertamos reclamando por ter que levantar e outros dias em que reclamamos e até proferimos frases como: hoje eu deveria não ter acordado... e acabamos por não nos darmos conta do tamanho da besteira que dizemos. É como se os problemas ofuscassem a importância de viver.
É como se precisasse passar por uma grande dificuldade ou provação, daquelas que abalam as estruturas e seus alicerces, para que, assim, pudéssemos lembrar-nos da importância do agradecer e, a partir daí, valorizar a vida. Já não sou tão jovem, mas também não sou tão velho ainda tenho planos e metas a traçar, alcançar, cumprir. Tenho sonhos como qualquer pessoa que traça objetivos na vida, no entanto minhas ambições são bem limitadas. Acho que minha maior ambição é construir uma família e viver em paz.

Enfim, precisamos agradecer... Não sou, nem de longe, a melhor pessoa para este tipo de conselho, mas agradeça. Mesmo que à sua maneira no banheiro, ali na hora do banho. No café, no caminho à faculdade/trabalho/escola, agradeça e festeje a vida... Eu acredito em várias coisas fora dos padrões do possível, mas uma coisa é certa... esta vida nós só vivemos uma vez. As próximas (sim eu creio) ninguém sabe como será e talvez, quem sabe, não tenhamos nem resquícios de lembranças desta vida.

Abraço.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Oie

Certo dia li algo que me fez refletir e até compartilhar em minha rede social (facebook): Silenciar sentimentos pode colocar sua saúde em risco. E na ocasião e falei, ao compartilhar, “eu devo ser muito forte, então”. Não é segredo o problema que tenho em me comunicar, me tornei uma pessoa introspectiva...
Acho que escrever é um dom e não me sinto tão digno quanto a isso. O que faço são pequenas confissões que podem vir codificadas ou expressas de forma clara e direta. Faço isso porque gosto, mas também porque preciso e o blog, lá em seus 2010, fora aberto exatamente com esse propósito conversar comigo.
O problema é que silencio muitas coisas tanto para o bem quanto para o mal e muitas vezes já sinto querer explodir-me a cabeça. Foi então que escrever neste blog nunca fez tanto sentido, pois é através dele, usando-o como uma válvula de escape, é que eu vou esvaziando a minha caixa d’água. Bem menos ortodoxo do que quebrar a mão socando algo.
É ideal que se tenha sempre alguém para conversar, mas a solidão não é tão amarga e dispensável assim. Devo confessar que não me sinto nada incompleto quando deposito aqui o que deveria ser compartilhado com pessoas o que muda é que o blog, e aí me refiro à página hospedeira de textos, não irá me responder com conselhos.
No fim, eu acabo conciliando as coisas e tanto converso com aquelas pessoas as quais posso depositar confiança quanto confio ao blog a missão de receber de modo a tornar-se público, mas sempre resguardando a intimidade que envolve tal conteúdo. Nada que posto aqui é copiado, sai na hora e é do coração.

Abraço e feliz semana da criança. ;*

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

War

Para entrar em uma guerra, é preciso preparo e conhecimento sobre o terreno, conhecer melhor o inimigo. Perder e ganhar faz parte do propósito do jogo, mas não de quem joga. É claro e evidente que não se vai ganhar todas, não se vai ganhar sempre, mas desconheço alguém que entre para perder. Por outro lado, o inverso sempre contraria a regra e torna-se verdadeiro e ninguém vai perder todas, perder sempre.
Após a reflexão entre objetivo e realidade, lados opostos da mesma moeda, posso dizer que existe, também, uma terceira categoria, os que desistem e declaram-se perdedores antes mesmo de supor achar que podem vir a vencer. Covardes? SIIIM! Realistas? Sim. Conformados? É, né? Covardes? Talvez, nem toda abdicação sugere covardia. Abrimos mão de um amor por amor. Ato covarde? Não! Ato lindo, de amor, de quem quer bem independente se este bem signifique estar distante...
Transito entre o conservador, que se importa e que quer o bem independente do ‘’com quem’’ e o covarde, que simplesmente abdica de lutar por padecer diante de seus próprios entraves...
Amor... Divisor de águas em algumas guerras que temos que travar. O termômetro que indica e/ou não por quem, por que e por qual amor lutar ou não.

Acho que é isso... Me fiz entender? Ok, não era o meu objetivo mesmo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Shin sendo Shin.

Acho que não existe erro calculado. Ninguém erra a primeira vez por querer errar ou por entender que errar é legal, normalmente o erro é a uma consequência de quem visa o acerto. Acredito, e aí, sim, entra a questão viciosa da coisa, que a partir de uma segunda a terceira vez com o já conhecimento do erro haja uma relação simbiótica entre a vontade e o ato praticado.
 “Errar é humano, mas persistir no erro é burrice” diz o provérbio popular, mas aí entra a questão da vantagem aliada a pratica do mesmo, muito embora se obtenha mais desvantagens em determinados casos. É importante destacar, também, que não trato de um caso em específico. Embora a etimologia da palavra seja direta, há vários casos podem ou não ser considerados errôneos, porém passiveis de interpretação...
Não, eu realmente não acredito que exista erro calculado porque quando há inocência, quando há primariedade, estar-se-á passível ao erro. Com o conhecimento do erro é possível arquitetar, premeditar e executar, calcular. Opa, mas você não falou que não existe erro calculado? Não, eu acho que não existe. Existe a relação da vontade aliada ao erro com vantagem que esse erro pode proporcionar.

Inconclusivo, não? É eu também acho, mas, sabe, no fundo, bem no fundo, eu prefiro assim.
Acho que ser conclusivo demais mais atrapalha do que ajuda, mais induz ao... erro [?] do que ao acerto.

Abraço.