E quem achou que
viveríamos para sempre ou que seríamos crianças para sempre, ou que
envelheceríamos, criaríamos raízes e ali permaneceríamos até o dia do
arrebatamento? Não! Nós crescemos, nós envelhecemos e morremos e tudo isso aqui
fica para aqueles que vierem depois e depois de depois de nós.
Quando em vida,
costumamos nos agarrar e fazemos muita confusão por objetos materiais, bens de
consumo que quando a terra rachar serão consumidos nas lavas que se encontram
há sabe lá Deus quantas pés de profundidade abaixo dos nossos calcanhares,
juntamente com as placas tectônicas (nem sei mesmo se há lava, mas creio que
sim).
Aproveitando aqui
as últimas horas de vida na terra, antes da colisão do asteroide, quero deixar
claro que sempre levei tudo isso aqui com seriedade muito embora a linguagem
textual quisesse sempre dizer o contrário. É que deve entrar sempre a característica
de quem escreve e acho por saudável fazer a minha maneira.
Claro que este não
é o último texto do blog, claro que este asteroide não vai colidir com a terra
e claro que o globo não vai cair. Mas e se? Você estaria preparado para ir,
teria feito tudo o que o teu dia permitiu fazer e tudo o que sentiu vontade,
tudo a que tinha direito? Pediu perdão, perdoou? Foi... feliz até aqui?
Só, e somente só, “e
se”?