Eu sempre tive uma
coisa bem difundida em minha mente: prestar muita atenção no que as pessoas
falam. Eu também preciso, evidentemente, prestar bastante atenção e medir as
coisas que eu digo, claro, mas é que quando se presta atenção no que as pessoas
falam você pode se precaver de surpresas futuras, ou expô-las. Aaah, estão você
usa o que as pessoas dizem contra elas? Que golpe baixo!
Não, colega. Eu não
uso as palavras das pessoas contra elas, eu presto atenção atentamente e confio
piamente em tudo o que me falam, até que, mais para frente, as próprias pessoas
descontruam essa confiança que eu criei. Simples! Se você me falou uma verdade
real o tempo pode passar, as folhas podem cair e os galhos de uma árvore secar
e praticamente morrer por algum tempo, mas eu não terei surpresas.
Agora se você me
disser uma verdade artificial, colega, mais para frente você mesmo irá me
provar por a + b quão frágil são as suas palavras e que eu fui tão frágil (em acreditar) quanto elas, quão tolo fui. Às vezes a gente se veste de
esperto, mas na realidade fria dos fatos somos apenas cordeirinhos esperando a
cilada perfeita para cairmos completamente. Ninguém é suficientemente bom. Nem quem é lesado e nem quem o lesa.
Uma hora as máscaras
caem sem qualquer necessidade de pressão. Uma hora a própria consciência,
inconscientemente, traz à tona o que estava escondido e a boca simplesmente vai
obedecer as ordens e começar a tagarelar sem parar e sem qualquer preocupação
com o outrora, pois a mente já não se lembrará. O erro crasso é esse,
compadre... Quem bate, esquece. Mas quem apanha, ah, quem apanha sempre lembra.
Dica do dia: muito cuidado com o que vai me dizer.
Abraço.