A terra está prestes a completar o seu giro em torno do sol. Outubro
entrou sem bater na porta, ou talvez eu esteja tão distraído que não o percebi se aproximar e não pude dialogar para saber a que vinha e quais suas
intenções.
Não sei definir. Simplesmente não sei como denominar a
sensação que tenho quando percebo que nem pisquei e o tempo já correu horas
quilométricas, milhas e milhas a minha frente. De coração aberto, chega ser
frustrante ver que tanto tempo tem passado e perceber que as coisas não
aconteceram ou não vem acontecendo, chega a semear várias sementinhas de
dúvidas: será que não mereço? Será que estou fazendo tudo errado? Não é o meu momento
ainda? Mas e quando será?
Acho que minha vida deve dar mais alguns passos agora com o fim da
greve que está indicando retirada para o próximo dia 15 (quinta-feira). É hora de
respirar fundo e tentar encarar com o mesmo instinto do início do período,
mesmo sabendo que é difícil após tanto tempo parado.
Tem coisas que não podemos questionar, apenas vê e ficar
sem entender, se ninguém capacitado puder dar uma explicação plausível. Tô
convencido que mais ou menos esforços não fazem muita diferença, no fim das
contas tudo se mostra como um sorteio de loteria ou um pênalti arbitrário na
pelada onde o peladeiro fecha os olhos e solta o pontapé na pelota jogando com
a sorte.
Confesso estar um pouco decepcionado, pois apostei na ponta
da caneta a minha liberdade e, ao olhar o gabarito, vi escorrer pelas mãos...
Blé – 1: estou sempre me lembrando de algo ou alguém;
Blé – 2: minha noite não estava fria, estava fresquinha... ;)
– Está frio aí?
– Não, tá fresquinho.
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