sábado, 25 de janeiro de 2014

Fly

As estações do ano compreendem-se por ciclos que se iniciam sempre um ao término ao longo dos anos. No meu Estado temos apenas duas estações, mas é possível vermos indícios das demais durante projeção da estação vigente. Os ciclos novamente entram e roubam a cena, de repente nem precisam entrar eles apenas mostram que estão. Acho que não é sempre que me desejo fazer entender... Uma surpresa deixa de ser surpresa no momento em que é revelada e o encanto acaba se quebrando.
Perto do que se espera a vida vai caminhando em passos lentos bem distantes daquilo que jamais chegará. À margem da interpretação, o texto em si fala menos do que uma pequena frase gramaticalmente mal empregada... À margem da percepção um sorriso diz mais do que a explicação exaustiva da mesma coisa por trilhões de vezes. Abaixo ou acima de tudo isso e utilizando isso tudo como ferramenta eu vou falando o que preciso, ainda que sem nada a dizer.
Quando se enxerga as coisas de maneira turva incompreendida, como uma espécie de palavras cruzadas, faz pouca diferença o que se tem ao redor ou a um palmo do nariz. Acho que não convém quase entender ou entender pouco, no fim se resume em compreender tudo ou não entender nada. Bem, eu sempre fico no meio termo porque tenho a síndrome da desconfiança, então nem a legenda confirmando vai me fazer acreditar. rs

Bom sábado,

Abraço.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

blé

Acho que momentos equivalem-se às oportunidades e, como elas, passam e vão embora. Mas é possível que se tornem imortais em nossas memórias, como aquele pedaço de aconchego que parecia ser no instante em que acontecia aquela paz temporária que variava entre horas ou simples minutos. Não sabemos e/ou compreendemos, mas o mundo gira e ninguém sabe o que se encontra além da curva e nem quem iremos encontrar. Nosso mundo, nossos destinos, nossa vida é uma incógnita.
Neste giro do mundo onde está você senão no centro de tudo? Hoje acordei relembrando bons e velhos tapes, surgiam como cadeias de pensamentos e explodiam a cada movimento ocular, pra onde quer que olhasse lembrava um pouquinho mais. Engraçado o modo com como esse tipo de invasão ocorre e acredito não ser intencional – não da sua parte –, mas não consigo compreender motivos, razões, porquês.
Quando me sento para escrever sobre assuntos diversos e tema algum, me sinto como se estivesse em um universo paralelo... Hoje eu imagino o que sentem os dependentes químicos no auge dos efeitos de suas drogas eles devem viajar tal qual a mim, que chego a ter alucinações olhando este fundo branco aliado ao gray que uso para fonte. No fim, na tal estrada longa da vida, talvez o caminho a seguir não seja bem o mais importante o passo é uma queda evitada por outro passo (HG).
Nos desenrolares dessa estrada maluca que se segue vida a fora só consigo ver poeira e chão, nada mais. A nau que flutua a deriva permanece na quietude das águas turbulentas – leiam-se mentes barulhentas (sim, resolvi dizer o significado da comparação... Acho que cansei dos enigmas, apesar de ser peça chave dos meus textos.). Enfim, estou muito atrasado, mas precisava escrever algo e, como não sou de forçar... Tudo sai do coração... Bom ou ruim, ele é quem demanda.
Bom dia,

Abraço.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Today

Acho que existe uma distância terna entre o ponto certo da direção e aquilo que vem a ser o ponto íngreme. O grãozinho de areia permanece lá à beira mar onda após onda, se dispersa e se refaz, reagrupa e agrega várias partículas daquilo que podemos chamar de iguais até que a próxima onda venha e o desfaça novamente; é um ciclo e como todo ele dispõe de três etapas certas que, muito embora não queiramos admitir, existem e se fazem valer no seu momento certo: início, meio e fim.
Não me dou muito bem com ciclos, mas procuro entendê-los ou simplesmente deixa que se findem por nada poder fazer. É, pequeno gafanhoto às vezes a solução pode está à altura dos olhos, mas fora do alcance de precisão. A bicicleta por mais sofisticada que seja sempre precisa de um ponto de partida, ela jamais irá funcionar sozinha... E se for as convencionais, então... Só vai rodar depois que vier a primeira pedalada, tudo gira em torno e em comum acordo, nada de tarefas excessivas.
Em meio a tantas coisas que busco entender me vem um sol de verão ressurgindo de dentro de um dia completamente cinza e chuvoso, como se fosse a própria fênix e rapidamente todo aquele cenário se transforma e ganha novos tons. Às vezes me pego admirando os pássaros naquele céu cortado por nuvens disformes... O preço da liberdade e o prazer de viver intensamente, ainda que de forma irracional, mas eles vivem. Na real já não sei quem é mais irracional se os animais ou o bicho homem.
Na verdade não sei se minha colocação é racional se, falando em bicho homem, também faço parte desta espécie... Não sei, por exemplo, o que nos faz querer sempre mais, quando que as coisas simples da vida encontram-se estampadas num olhar verdadeiro, num sorriso sincero, um abraço acolhedor ou num mero, simples, mas valioso “bom dia!” As coisas simples da vida têm se perdido e, apesar de ainda ser tempo, acabamos não tendo o hábito de voltar atrás e reavivá-las...

Abraço!