Há algum tempo as coisas deixaram de ser simples pelo simples fato
de o ser humano exigir que elas atendessem suas necessidades, esquecendo que o
curso natural das coisas não deve, obrigatoriamente, obedecer a sua ordem cronológica
é difícil entender, mas nós fomos inseridos num ciclo não somos o seu criador todo
ciclo tem início, meio e, certamente, em algum momento, um final.
A vida vai passando e ao longo disso tudo colecionamos diversas
coisas, ora com sentido horário ora anti-horário, colecionamos ganhos e perdas.
Perdas providenciais, ganhos significantes, perdas de grandes expressões,
ganhos não tão significantes assim, perdas talvez sem importância.
O que vier depois de nós não sei dizer, pois não estive lá ainda –
embora esteja aqui e pense que ao aqui não pertenço –, mas o antes é um reflexo
menos modernizado do agora é preciso existir um antes pra que se pense num
depois. O indivíduo passa a criar a partir de sua existência e mesmo assim
exigimos como criadores acabamos esquecendo que, na verdade, perfeitos ou
imperfeitos, somos criações.