Pegar a reta, seguir em frente e não olhar para trás é conselho
expresso e direto. Deliberado de forma gratuita, ele é impossível de se seguir
ao pé da letra. Quando se trata das coisas do coração sempre rola aquele pé no
passado que é proporcionado por um passo largo para trás. É, aquele jogo de
tabuleiro da sorte ou revés: revés, “volte duas casas”.
Jogo este que anda de mãos dadas com a minha vida dos primórdios
aos dias atuais. Hoje mexi em várias caixas boxes. Tenho revisado algumas
coisas porque quando você chega a certo ponto, quando algo muito importante e
muito esperado está prestes a acontecer, começa a circular um filme de tudo o
que se passou durante este corrente. É um movimento natural de reflexão.
Dentre estas caixas uma tremulou balançando e caindo aberta no
chão. Marcada com um pedaço de papel A4 e presa com uma fita adesiva, a caixa é
identificada com a letra S abriu ao cair e logo uma fumaça de tons doces e
colorida emergia viva, como uma espécie de afronta às memórias. S de saudade,
talvez um dos elementos que mais me façam e forçam a dar este passo atrás.
E eu acabo voltando duas, três, cinco, 10 casas porque algumas
coisas foram e são, realmente, especiais e perduram na memória quer queira o
tempo e os anos que se passam quer não. Talvez esta caixa tenha caído aberta para
lembrar que eu preciso agradecer pelos bons momentos, pela torcida e, talvez,
por um dia ter acreditado. Talvez uma forma me lembrando de ser generoso mesmo
equidistante.
E eu devo isso, então... Muito obrigado, de uma forma ou de outra...
(você) faz parte, tem participação direta.
Muito obrigado... Por tudo.