segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

And I feel that time passes by ♫

Hoje me peguei observando minha mãe e, por um instante, regressei à uma zona doce da minha infância, aquela fase zoneada pelo estado de inocência plena, aquele estágio em que as coisas são vistas em dimensões completamente diferentes da realidade. Eu não sou uma pessoa de estatura alta, sou de médio a baixa estatura, mas hoje eu tenho uma noção exata de como as coisas são.
A gente vai crescendo e começando a perceber que as correntes do balanço não são tão grandes assim, ou que o tobogã não é tão alto, dá para pular sem sofrer aquela contra força que o solo exerce em reação. A gente percebe que um pé direito de uma casa simples é 2m (fora da norma) e que e possível tocar o travessão da porta na pontinha dos pés e que o congelador está há poucos cm da nossa cabeça, não precisa usar cadeira.
Você percebe que a casa que era gigante hoje seria equivalente a dois quartos razoáveis, ou que o apartamento enorme da infância é um ovo de pequeno e uma sauna de quente, por ser sido projetado com um pé direito de 2,5m. Percebe que algumas pessoas bem mais altas que você hoje são do mesmo tamanho ou menores que você, igual sua mãe. Haha. Aí você vai caindo na real de que o tempo passa mesmo e você cresceu, apesar de não ter se tornado uma pessoa alta.
Há alguns anos eu havia aprendido, talvez até descoberto, estar mais cascudo e resistente a cortes e machucados, mas aí descobri que perto da minha mãe houve uma regressão quanto a isso, descobri que uma topada que me levou o dedão do pé esquerdo doeu pra caralho e me descobri uma pessoa manhosa que não sabia que existia... Efeito mamãe, será? Na real, me sinto um pouco patético.
São descobertas bobas, pensamentos tolos de transformações naturais, mas são situações que trazem à tona aquele lapso de inocência, mesmo hoje 20 e tantos anos mais velho. Reações que te fazem ficar admirado com como o tempo passa e parece transformar tudo ao redor, quando que na verdade nós é que sofremos transformações ao longo do tempo, as coisas são como são e tudo mais permanece constante.
Abraço.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Time has passed and I'm starting to forget ♫

Esse ano parece ter vindo para realizar uma grande quebra de hábitos que sempre tive ao longo desses quase 9 anos de blog. Talvez seja um pouco duro com o ano, quem sabe ele não seja assim tão vilão nessa história, mas também não posso tentar emitir uma vitimização das circunstâncias, quebrei alguns hábitos por puro vacilo, tô ficando velho, tô ficando broco completamente esquecido.
Desde que baixei a frequência das postagens, e o nível, passei a fazer postagens mensais afim de manter o blog vivo em cada mês. Pelo menos uma postagem em cada mês haveria de ter, no entanto esse ano eu acabei relaxando geral e furei o sinal, quer dizer, ele ficou verde e eu esqueci de seguir, perdi novembro, passei em branco.
Outro costume por aqui igualmente religioso era a postagem no dia 08/12, post esse que sempre foi emblemático e, de certa forma, mexia comigo de uma forma especial, pois marcava o dia de Aparecida, padroeira do Brasil, aniversário do meu pai e aniversário de alguém, também, muito especial e eu esqueci de postar, mas não esqueci a data.
Bom meu pai está bem, eu estou seguindo a vida, Deus na frente a gente vai vencendo as batalhas, espero que você possa estar bem e feliz seguindo a sua jornada com alegria e firmeza e que papai do céu te ilumine e te guarde tô aqui, entre os turbilhões que cruzam minha via e em meio a uma desorganização total, na torcida por ti.
A vida é um troço estranho que é capaz de nos aproximar de pessoas distantes e nos manter distantes de quem estão tão perto. Às vezes a gente se aproxima de quem está perto e a vida arma umas pegadinhas, às vezes a gente não tá tão preparado assim para as coisas como as que aconteceram comigo e leva um certo tempo pra que a gente recoloque tudo no lugar... A vida deu uma afastada em quem estava perto. Bola pra frente.
Abraço.


sábado, 26 de outubro de 2019

Dos pensamentos altos que converto em textos...

Uma parada que me preocupa bastante é quando somos tomados por comparações às vezes até fora de contexto, como se fôssemos todos um molde perfeito uns dos outros e não somos. Não somos, cara. Cada um de nós representa um universo paralelo, um campo desconhecido dentro do todo. Somos como teclas de um teclado de computador, cada uma com sua particularidade capaz de ter e desempenhar uma função de importância dentro do todo.
Até hoje não consigo compreender o real intuito dessas comparações, se para elevar o moral ou, de repente, uma maneira de derrubar o que já não está lá muito erguido. Cá pra nós, comentários de pareando os sucessos de um com o fracasso de outro não me parece, didaticamente, como um meio para um up de inspiração. Me desculpa, mas o máximo que se consegue é fazer com que  a pessoa venha a se sentir uma droga assim...
Somos diferentes! Somos únicos! Pensamos, sentimos e até vemos as coisas de um modo diferente. Temos nosso próprio tempo e tentar atropelá-lo não me parece lá uma jogada muito inteligente. Aliás, tudo acaba se tornando uma grande confusão quando tentamos alinhar tempo, atropelos, paciência e inteligência, num momento ou n’outro acabamos quebrando a regrinha básica. Seria resumidamente simples se funcionasse como um espelho, não é? Mas aí não seríamos originais, particularmente diferentes, únicos!

Abraço.