Os dias têm sido bem pesados. Dias difíceis, puxados,
uma carga de estresse emocional bem maior do que quaisquer que eu já tenha
experimentado, e lidar com isso têm sido umas das tarefas mais desafiadoras até
aqui. Eu sei que na vida tudo é um desafio! Viver é desafiador, pois estamos
constantemente lutando, buscando a manutenção deste sopro que comanda a
mecânica do nosso corpo, que nos mantém aqui neste plano. E, cara, é um elo bem frágil...
Quando estamos em sintonia, e quando digo sintonia me refiro a todas as esferas, estes obstáculos até sugerem superações com um pouco mais de facilidade. E olha que a carga emocional despejada no que faço é tremenda – eu lido com vidas, meus amigos. Hoje retornava do meu segundo dia de cão em sequência, experimentando os questionamentos do meu particular inferno astral: questionando, discutindo, falando o que calei e imaginando que deveria ter calado coisas que falei...
A propósito, todos fazem exame de consciência diário? Aprendi isso com um velho inspetor do colégio fundamental... Não é sempre que faço, mas é sempre válido fazer. Só questionava e, entre cada passada ligeira, minha mente era tomada por um turbilhão de pensamentos que repercutiam o dia e o quão infernal ele foi, e então o céu desabou. Sem abrigo, sem guarda-chuva, eu parei de lutar, diminuí as passadas, aceitei que perdi porque não tinha como vencer... Na vida também é sábio ter essa consciência...
A chuva ela desce e lava né? Vai levando tudo... Nesse meio tempo aproveitei para repercutir outras questões, pois não é só o trabalho que mexe com o emocional da gente... ele só potencializa ainda mais as coisas. Infelizmente não tive capacidade de aproveitar o momento canalizando a chuva. Ela pode ter lavado os pensamentos, esvaziou a mente por alguns instantes... mas não teve acesso a alguns setores importantes, setor que talvez ela deveria ter acessado e lavado...
Esperemos do tempo e sua imensa borracha, na real eu sempre me entendi melhor com ele nessas circunstâncias. A gente vai ficando velho e desaprende uma porrada de coisas, vejam só... eu fiz esse texto exatamente na sequência em que os parágrafos estão postados. Eu nunca fiz texto assim. Eu costumava ser mais cauteloso com meus segredos, defendia e protegia minhas fraquezas, na savana eu sou aquele Leão "predável", eu virei presa fácil. Tô velho! Velho e cansado.
That’s all folks!