terça-feira, 29 de agosto de 2023

Um parecer de psiquiatria, por favor...

Os dias têm sido bem pesados. Dias difíceis, puxados, uma carga de estresse emocional bem maior do que quaisquer que eu já tenha experimentado, e lidar com isso têm sido umas das tarefas mais desafiadoras até aqui. Eu sei que na vida tudo é um desafio! Viver é desafiador, pois estamos constantemente lutando, buscando a manutenção deste sopro que comanda a mecânica do nosso corpo, que nos mantém aqui neste plano. E, cara, é um elo bem frágil...
Quando estamos em sintonia, e quando digo sintonia me refiro a todas as esferas, estes obstáculos até sugerem superações com um pouco mais de facilidade. E olha que a carga emocional despejada no que faço é tremenda – eu lido com vidas, meus amigos. Hoje retornava do meu segundo dia de cão em sequência, experimentando os questionamentos do meu particular inferno astral: questionando, discutindo, falando o que calei e imaginando que deveria ter calado coisas que falei...
A propósito, todos fazem exame de consciência diário? Aprendi isso com um velho inspetor do colégio fundamental... Não é sempre que faço, mas é sempre válido fazer. Só questionava e, entre cada passada ligeira, minha mente era tomada por um turbilhão de pensamentos que repercutiam o dia e o quão infernal ele foi, e então o céu desabou. Sem abrigo, sem guarda-chuva, eu parei de lutar, diminuí as passadas, aceitei que perdi porque não tinha como vencer... Na vida também é sábio ter essa consciência...
A chuva ela desce e lava né? Vai levando tudo... Nesse meio tempo aproveitei para repercutir outras questões, pois não é só o trabalho que mexe com o emocional da gente... ele só potencializa ainda mais as coisas. Infelizmente não tive capacidade de aproveitar o momento canalizando a chuva. Ela pode ter lavado os pensamentos, esvaziou a mente por alguns instantes... mas não teve acesso a alguns setores importantes, setor que talvez ela deveria ter acessado e lavado...
Esperemos do tempo e sua imensa borracha, na real eu sempre me entendi melhor com ele nessas circunstâncias. A gente vai ficando velho e desaprende uma porrada de coisas, vejam só... eu fiz esse texto exatamente na sequência em que os parágrafos estão postados. Eu nunca fiz texto assim. Eu costumava ser mais cauteloso com meus segredos, defendia e protegia minhas fraquezas, na savana eu sou aquele Leão "predável", eu virei presa fácil. Tô velho! Velho e cansado.


That’s all folks!

domingo, 23 de julho de 2023

Diz-se que se conta de hoje pra frente, então talvez feliz 3.6. (?)

Ainda é inverno, mas hoje o dia nasce como mais uma primavera e teria tudo para ser mais um dia, como tenho colocado que é durante muito tempo nos últimos anos, mas não é. Assim como os que antecederam ou hoje não foram também.
Para nós que escrevemos, narramos uma história (algumas de minhas histórias, no caso), a transmissão acaba se dando em harmonia com como estão os sentimentos no momento em que se está produzindo o texto (pelo menos os meus são assim). Por isso, há algumas luas este dia tem sido igual (embora cada um, dentro de sua própria particularidade, seja completamente diferente do outro a começar pela simbologia marcativa).
Êta nós aqui de novo, rapaz! A impressão que tenho é de que não venho aqui há 1 ano. Será mais uma impressão do que uma realidade? Não sei, eu teria que consultar as configurações do blog e não estou muito a fim de fazer isso, então vamos conceder o benefício real da dúvida.
Mas já perceberam que o mundo está sempre mudando e, com ele, tudo ao nosso redor? O nosso humor muda de um dia para o outro, de um minuto para o outro. Há algumas luas eu não tinha cabelos brancos na cabeça e nem na barba, mas hoje eles figuram imponentes, há marcas do tempo, há vários sinais de mudança.
Antigamente a expressão “você não mudou” era recebida com uma espécie de orgulho, por exprimir certa originalidade, manutenção do “eu”; passando da metade da laranja, começamos a encarar isso com certo receio: “mas, peraí, isso é bom ou ruim?”... 3.6 e eu digo que, sim... hoje eu amanheci de um jeito diferente. As mudanças estão aí, elas são reais e acaba se tornando exaustivo remar contra essa correnteza.
3.6 meus caros e minhas caras! É hora de entender que, sim, mudanças existem, fazem parte do processo evolutivo no qual estamos inseridos, seja por vontade própria ou por imposição da existência, e enxergar que se manter estritamente igual significa parar. Óbvio que há o que se preservar, mas não necessariamente sem a tentativa de aperfeiçoar o que sugere... mudanças?!

É isso, é o que tem pra hoje.

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Sim, eu percebi... mas não vou comentar.

Cara! Já faz algum tempo que não venho aqui. Tudo muito bem empoeirado, mas absolutamente como eu deixei. Exatamente igual como eu deixei! Bem, nós somos assim não é mesmo? Temos por hábito deixar as coisas seja de lado, seja em modo espera, seja no esquecimento, nós simplesmente vamos deixando e o que se espera num retorno, numa volta, num lapso de lembrança, é voltar a olhar de lado e encontrar tudo no seu devido lugar e absolutamente como deixamos, exatamente naquele “ponto morto” que deixamos, vamos dizer assim... Olha, honestamente, eu posso confesso que funciona, hein?
Retornei aqui e está tudo igual como estava da última vez que visualizei a página, mas vocês conseguem perceber a mensagem por trás destas duas linhas? Aqui está igual! Funciona com o blog, funciona com um quarto, uma sala de trabalho onde não andou mais ninguém, coisas inanimadas que necessitam de uma intervenção direta de algo ou alguém, de pessoas, para que mudem de lugar, troquem de posição. Mas nós temos por hábito fazermos isso com tudo sem distinção aparente, mas com pessoas não funciona, nem sempre funciona assim, você não vai lembrar, “voltar” e encontrar exatamente como deixou.
Mas lembra que eu comentei numa das últimas conversas que nós agimos sempre motivados por uma reação esperada? Não é exclusivamente assim que acontece, nós também podemos agir motivados por algo ou alguém, mas na maioria das vezes agimos na expectativa de uma reação causada pela ação, uma reação que esperamos como resultado a quem fora endereçada nossa ação. Mas eu falei também que isso nem sempre funciona, e que também podemos nos frustrar, pois a nossa concepção é quase nula de tão pouco significante em torno do que pensa o outro. Falei que quando jogamos com a reação do outro atiramos no escuro.
O fato de não comentar ou perguntar coisas, de não buscar compreender, o que é uma reação esperada, não significa dizer que passou despercebido, batido. Eu vi, percebi e notei, mas nesse grande jogo de ação e reação eu venho tentando quebrar a roda e acabo frustrando algumas expectativas que jogavam como certas algumas reações. Não vai rolar, me desculpa. E eu perdoo por classificar como falta de consideração, como uma criança birrenta que ameaça se jogar no chão se não ganhar o doce, pode se jogar. Não vou reverter sua ação! Deixarei como você deixou, absolutamente igual, mas é possível que eu não esteja igual na volta.

 

Abrindo 2023 e, diferentemente de 2022, desta vez sem promessas.
See you.

sábado, 23 de julho de 2022

3 em 5 razões = 0

É, talvez eu realmente tenha me tornado uma pessoa mais fria. E o porquê disso, porque sim. Pra quase tudo nessa vida há uma razão, mas nem tudo nesta mesma vida requer a revelação das razões, porque isso não mudaria nada. O fogo apaga porque jogaram água; porque o carvão está apertado demais e não tem circulação de oxigênio; porque a chama era menor do que o ar, soprado incessantemente, sobre ele. O copo quebrou porque caiu; caiu porque algo ou alguém o derrubou. Pequenos exemplos, claras razões de porquês. Ah, porque sim e ponto! Acabou!
São 3.5, cara. Muita coisa! Ouvida, vista, muitas vezes nem ouvida e nem vista, mas apontado diretamente como fator cabal. Dizer que depois dos 25 eu começaria a ver anivelório com outros olhos, que à medida que o tempo passasse o conta-gotas seria negativo (-1), faz de mim uma pessoa pessimista (falando besteiras – como diz minha mãe). Mas dizer que cheguei ao vértice da parábola, de longe, me parece uma previsão otimista de que temos aí mais 35 anos para voltar pra casa... a meu ver uma previsão presunçosa, não sei se tenho tal merecimento.
Mas vamos aproveitando enquanto o dono de tudo isso aqui, inclusive de nossas vidas, permitir usufruir de todas as belezas que ele fez para que apreciemos e zelemos com amor. Amor... como nos tratamos de seres imperfeitos, infelizmente não sabemos cuidar muito bem de tudo o que temos ao nosso dispor, nem de suas sublimes criações, nem entre nós mesmo como criaturas moldadas a sua imagem e semelhança. 3.5 pra conta e é isso aí, é o que tem pra hoje.

terça-feira, 29 de março de 2022

Inocência, pura, só a das crianças... e olhe lá.

Eu estava pensando dias desses em como a inocência e pureza de uma criança é impressionante, vejam só: você apresenta uma mão com 10 moedas de 10 centavos e outra mão com 3 moedas de 1 real. Embora o tamanho das moedas seja desigual, o que poderia intuir uma diferença de valores, a inocência sempre despertará a atenção para a quantidade e a mão com mais moedas é a que certamente será escolhida. Claro, dependendo da criança, ela não tem dimensão e não faz juízo de valor. Afinal de contas, eu estou falando de inocência e pureza!
Paralelo a isso eu observei algumas coisas, alguns movimentos e refleti bastante nessa situação das moedas e da escolha. Os adultos já ultrapassados em suas purezas e, claro, uma vez já maculada sua inocência, sempre que agem é com objetivos claros. Tem sempre bem definido o impacto que deseja causar com determinadas ações, determinados comportamentos ou mudanças do mesmo. Mas aí existe um probleminha bem primário que costuma nos perturbar a paz: as coisas acontecendo da forma que não queríamos que acontecessem. Sim, porque é um baque quando as coisas reagem de forma diferente do que esperávamos.
Você vai ao barbeiro e dá aquele talento na peruca, barba na régua, sai e aquela moça a qual você esperava chamar a atenção sequer toma ciência da sua presença, se pá sequer pensou na sua existência naquele ambiente. PAM! Um exemplo simples, claro e corriqueiro de objetivo frustrado, mediante ao não acontecimento das coisas conforme o esperado. E dependendo aí do grau de interesse isso acaba funcionando como um cruzado na autoestima. Isso serve para todos os tipos de relação, não somente para uma paquera e/ou conquista. Trabalho, amizade, no joguinho de tabuleiro...
Outro exemplo: nós costumamos ficar estranhos, frios e nos afastamos das pessoas e tudo isso, tem, sim, um objetivo velado; e todo esse movimento foi pensado e é esperado uma reação em torno desse acontecimento planejado. Uma ação que para desencadear uma reação esperada! O problema é quando isso foge do roteiro que pré-criamos, e foge por estarmos contando com o outro e as atitudes e reações do outro estão fora do nosso alcance, estão fora do nosso controle. Podemos até supor-achar conhecer como que o outro reage, mas jamais contar com isso como certeza porque, cara, a decepção vem. Haha
Às vezes apostamos alto, nos vislumbramos, dobramos o valor da aposta e vemos o cavalo dobrando as pernas e nos fazendo beijar o chão, e é por isso que também chamamos de jogos de azar. A nossa concepção é uma parcela quase nula de tão pouco significante em torno do que sente o outro. Há muito tempo eu sentia um incômodo, uma perturbação de paz (lembra? Falei lá no início), me sentia mal, afetava literalmente o meu humor lidar com ausências, friezas, afastamentos, e, claro, eu buscava resolver tudo aquilo, procurar porquês era uma verdadeira loucura dentro da minha cabeça. Mas isso passou!
Hoje eu respeito mais as pessoas dentro de seus direitos, pois parei um momento, olhei para tudo aquilo e saquei que rolava, da minha parte, um desrespeito a mim mesmo, eu caía exatamente no tracejo bolado por aquelas circunstâncias e acredito que ninguém precisa. Hoje eu vou olhar, vou, obviamente, avaliar a minha responsabilidade perante a questão e não havendo o que reparar irei apenas respeitar o movimento. E, cara, acredite o seguinte: isto será visto como falta de consideração! Mas é apenas, na prática, o que eu teorizei no, qual, primeiro parágrafo? As coisas acontecendo fora do roteiro bolado pela ação.
Apenas para que março não passe em branco.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Oi, fevereiro. (?)

Quem é vivo sempre aparece, mas por incrível que possa parecer quem é morto de vez em quando dá as caras também. Falando em vivos e mortos, vamos dar um suspiro neste quase moribundo espaço. Ok, eu sei que tô devendo pra cacete aqui, criei maior expectativa de bons ventos das novidades e passei janeiro em branco. Mas isso acontece e tudo o que eu peço é desculpas mesmo. Se servir de consolo, não tenho dado tanta atenção ao canal também.
Mas é 28 de fevereiro e eu não estava muito a fim de violar ainda mais as minhas próprias leis enquanto pessoa a frente deste espaço. Na verdade, há uns dias tenho pretendido, no decorrer dos mesmos, colar aqui, soprar a poeira para longe e fazer como nos velhos tempos. Sentar aqui e me expressar como nos meus melhores dias de uso desse cantinho, mas a verdade é que talvez eu tenha me acovardado um pouco, talvez eu tenha achado bem maneira a zona de conforto que a observância nos traz.
É algo que até me faz parecer mais esquisito do que eu sou pessoalmente, e agora que eu descobri – tarde até –, que podemos fazer isso virtualmente, acredito ter me acomodado uma vez que não precisamos perguntar ou dizer nada, apenas observar. Eu não trabalho com fatos fabricados e odeio esse clima de jogo psicológico, mas também me reservo o direito de ficar na minha. Em determinadas situações o que podemos fazer é observar as movimentações, ligar os pontos e aguardar.
Desde que passei a compreender as coisas com certa maturidade, nunca mais tentei interferir nas atitudes e decisões das outras pessoas. Um dia alguém que eu gostei muito foi embora e eu só pude desejar felicidade. N’outro dia eu fui embora para que pudesse trazer alguém que amo comigo e não rolou, então respeitei. Observo os sinais que caracterizam decisões e fico bem tranquilo em aceita-los como se desenham, mas não admito imputações! 
Esticou a corda, sustenta! Eu não largo, nem afrouxo a corda.

Abrindo 2022 e fechando fevereiro. Ah, tá tocando Seize the day, sugestivo?

Abraço.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

11 anos de diversos momentos e sentimentos relatados. (pra variar, título nada a ver com o texto).

Rapaz chegou o dia e já está quase acabando, deixei para os minutos finais isso; 11 anos dessa engrenagem que roda a duras penas ano após ano. Mas, ó, eu tenho bons presságios para 2022 em relação à nós, velho amigo. Ando tendo a impressão de que teremos muitas histórias, até porque é a partir de ti que alimento o canal. Espero que haja uma conversão de bons presságios em textos utilitariamente aproveitáveis para o canal, espero também não ficar só no campo dos bons presságios.
Mas o papo aqui é sobre os teus 11 anos de sobrevivência e, aqui pra nós, tá sendo dureza permanecer existindo nos últimos, o que, 8 anos? Ok! Ok! Eu sei que sou o único e grande responsável, mas dá um desconto também... eu estou velho, bronco e bruto. Não tenho mais aquele gás, tampouco aquela sujeirinha de inteligência que terceiros inferiam a mim. Não posso dizer que perdi o tesão em escrever, mas é provável que o desânimo tenha elevado a níveis inimagináveis.
Enfim... é um cabo de guerra mental. Infelizmente coisas externas afetam diretamente setores importantes de nossas vidas e ela, nossa vida, segue sendo o personagem de videogame ainda, como sempre foi, sendo jogada de forma irresponsável e inconsequente. Anyway esse ano não falei sobre natal, talvez não faça da virada também... e tá tudo certo. 11 anos, muitos estados de espírito, muitos sentimentos, vários momentos, incontáveis equívocos. Tá valendo tudo.