domingo, 7 de julho de 2013

Week of July

Sete de julho e novamente me pego impressionado, mas não tanto quanto assustado, com a velocidade do passar dos dias. Para quem espera um, dois, três anos, pessoas que têm interesse nessa rotatividade veloz, pode parecer e soar normal, mas para quem está acostumado com uma passagem mais lenta acha estranho e, em se tratando de mim, se assusta.
Não conto com expectativas, deve ser porque todas as vezes que me empolgo as vejo naufragar tal qual o titanic, cujo mesmo nem Deus afundaria, e que foi preciso apenas alguns encontrões em montanhas de gelo pra que sua fragilidade fosse deflagrada. Hoje fui traído por uma lembrança instantânea o que, além dos meus defeitos, parece ser o meu carma mais forte.
Se me disserem que sou novo para ter carmas digo que as pessoas nunca envelhecem quando o assunto é aprender. Só sabe o tamanho da dor quem a sente e então os modos de ver, perceber e sentir são extremamente diferentes. Com uns mais tarde, com outros quase no fim, comigo pode parecer cedo. Para mim, não é. Sou linha dura quando o assunto é fazer esta defesa.
Sou linha dura em diversos assuntos, mas neste em específico a briga é maior porque é difícil fazer com que as pessoas percebam que não dá para bitolar uns pelos outros. Somos tantos e tão diferentes, muito embora em um universo pareçamos iguais, a realidade é que somos muito desiguais e com isso me refiro abrangendo os mais diversos aspectos, para que não seja preciso citá-los.
Iria escrever mais, mas decidir terminar por aqui. Que venha mais uma semana de Julho.

terça-feira, 2 de julho de 2013

The Black Storm

Às vezes passamos muito tempo, perdemos muito tempo e damos muito tempo a coisas fúteis, por achar que aquilo é essencial, e esquecemos que as coisas boas da vida estão na simplicidade. Que um sorriso sincero te faz ganhar o dia, mesmo que este tenha começado com pé esquerdo.
À medida que o tempo vai passando começamos a perceber a necessidade de amadurecer, é o tipo de mudança que exige essa locomotiva maluca da vida, onde nem sempre quem teima em contrariar remando para o lado oposto se dá bem.
Acho que as coisas são difíceis, mas podem se tornarem fáceis de acordo com esforço próprio de cada um, tenho a impressão de que meu esforço próprio é preguiçoso – assim como eu – e que as coisas tendem a ser um pouco mais difícil para mim, talvez por eu dificultar, acho. Acho que gosto quando uso frases pontuais com a palavra acho porque fica bem explícita a minha opinião e, evidentemente, não torna o autor subjetivo. Como numa conversa formal ou informal eu estou incluso no texto!
O mar não tem me deixado velejar e estou perturbado com as tempestades de pensamentos que ventilam em minha mente. Quisera eu transformar todas elas em textos meu blog ganharia um boom, mas, acreditem, mente e espírito precisa estar em verdadeira simetria para que os textos fluam. Por mais que eu monte umas paradas bem maneiras no papel imaginário quando sento para executar só fica o que realmente faz sentido e, em se tratando do meu blog, nada faz sentido e tudo é o meu sentido.
Anh, ainda sou o mesmo homem feito de ontem, é aquele que diz ter medo do escuro, do desconhecido e não se vê preparado – porque não está –; ainda sou aquele que curte tomar banho de chuva e, ao por do sol, deitar-se na grama. Que valoriza coisas relativamente simples, mas que nos dias modernos já não se vê mais.

Acho que sou aquele que não é desse tempo, estou perdido em uma dimensão na qual não pertenço e isso explica porque muitas vezes sou apontado como o cara estranho...

Abraço.

domingo, 30 de junho de 2013

Tchau, Junho.

Às vezes perco o foco em busca daqueles porquês que atuam tão fortemente como artistas principais nos meus conflitos de consciência. Pode parecer estranho, mas às vezes eu não sei por que perco alguns minutos do meu tempo – que não é utilizado da maneira devida e nem para as causas a que realmente vale a pena perdê-lo – aqui escrevendo. As coisas se embaraçam, de uma hora para outra perdem sentido e eu sinto que grandes esforços resultam em pequenos resultados.
Um meio termo deve ser termômetro dos extremos, mas em determinados jeitos de ser não existem meios-termos e aí? Passamos por grandes formulações muitas vezes, procuramos ir moldando aqui e ali, para que a conformidade seja aceitável. Conformidade vem de conforme que pode ser atribuído – embora não neste contexto – a conformismo, estado ao qual conheço bem. O medo de perder tira a vontade de vencerfrase muito conhecida no futebol e direcionada diretamente aos técnicos, em referência ao modo de como armam seus times em campo taticamente na defesa.
Trazendo para a vida real não sei mais até que ponto é importante esse equilíbrio ou perda de objetividade. Quando as coisas deixam de fazer sentido você não sabe nem porque precisa acordar amanhã, que importância terá a sua presença nos lugares que você tem que estar e o que ou no que irá somar. Às vezes acho que preciso arriscar um pouco mais, pois só perde pênalti e só faz gol de pênalti, quem cobra a penalidade. Só obtém sucesso ou fracasso quem tenta!
Às vezes queria não ser tão escravo das certezas, fazer as pazes com a sorte, contar com ela e mandar o azar se foder só que, lembra aquela parte de mim que não se mexe não se altera? Pois é, não importa quantos metros está o horizonte ou quantas léguas, esse espírito só vai me permitir dizer que cheguei quando conseguir ver a margem do outro lado e terra firme.
Muita coisa mudou e outras realmente não mudarão; os anos passam o tempo vai passar e essa é uma das grandes realidades incontestáveis, sou um homem feito e ainda tenho medo do escuro. Me pego aflito pelo desconhecido e, muitas vezes, sinto que não estou preparado.

Ainda volto, todos os dias, ao mesmo lugar, ainda procuro seguir a voz do vento e dias nublados continuam ditando o meu dia. Mergulho de corpo e alma no que julgo verdadeiro, o problema é conseguir chegar a essa conclusão. O tão esperado grand finale parece que resolve se esconder atrás daquela porta que abre pra fora. Os caminhos nem sempre virão com asfalto e sinalização, mas o retrovisor sempre vai estar a tua esquerda e direita...

Ao fim desse texto redescobri porque faz sentido ter esse blog e porque me apaixono cada vez mais em me abrir comigo mesmo...

Valar Dohaeris.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

...

O mundo está sempre a girar e nós dificilmente acompanhamos este giro que, aparentemente, é bem devagar. Às vezes fazemos o curso anti-horário, fazemos tudo errado, fazemos o que dá na telha e as consequências sempre vem em boa ou má hora, mas elas vêm.
Tenho uma tendência um tanto quanto avançada à desistência costumando fazer dela uma válvula de escape. Tenho, também, um sério problema em me expressar, em expor situações que muitas vezes são tão simples, mas que podem tomar rumos desagradáveis.
Tenho, simplesmente, a mania de manter comigo certos pontos a esperar que sejam observados, talvez espere que sejam notados e questionados e, quando são, tenho o dom de negá-los. Tenho comigo a síndrome da timidez inversa (não existe, mas já explico porque inversa), e isso sempre me tem causado problemas.
Tenho coragem suficiente para dizer o que penso e o que acho, tenho pulso para proferir palavras sem me preocupar com as consequências de quem as ouve, se perderei simpatia, confiança ou amizade. Tenho a certeza de dizer o que preciso dizer. Em determinado sentido, tenho o dom de esconder o que sinto, embora muito mal maquiado, e aí que entra o efeito da timidez inversa, do receio e medo de algumas reações e/ou palavras.
Não tenho problema em ser sincero e expor opinião, quando solicitada, em caso nenhum. Pelo contrário, me sinto muito tranquilo em dizer o que penso mesmo que isso desagrade a quem ouve porque a intenção é dizer o que penso e não agradar. Bem, a timidez inversa a que me referi dois parágrafos acima se explica e se difere neste e no anterior...
Tenho um blog onde posso colocar tudo isso em parágrafos mal concordados e textos muito mal estruturados que transmitem exatamente, talvez não para quem, mas o que quero dizer... Minha válvula de escape, meu mural de pensamentos tortos, certos, errados, equivocados, meu confessionário ou simplesmente aeroporto de viagens.

― Bem, a timidez inversa a que me referi quatro parágrafos acima se explica e se difere no segundo e terceiro parágrafo da sequência citada na primeira linha...
Bom dia.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

De volta ao "fantástico" [?] mundo de blog. [!]

Andei saindo totalmente da linha esses dias, andei postando algo que realmente não pertence a este “mundo” paralelo, mas que, querendo ou não, gostando ou não, é indispensável algo do qual não podemos fugir muito tempo. Há, na vida, problemas e assuntos que não podemos simplesmente deixar para depois e/ou para os outros, pois é parte de nós, nosso futuro e o futuro dos nossos que pode ser decidido, mas a partir de hoje o foco do blog volta ai seu normal.
Dias como esse mexe um pouco com o meu comportamento, talvez com o meu humor e, também, com a capacidade de percepção. Dias assim me deixam aéreo, disperso, longe daquilo e de onde eu realmente deveria estar, diria que me deixa em outra órbita.
Sempre retorno a lugares em que não deveria mais pisar, sempre respiro ares que não deveria e penso em quem não precisaria mais pensar, sempre, sempre, sempre porque algumas coisas, sim, levam a palavra sempre, ainda que até o momento em que você quer, mas (olha ela de novo) sempre vem.
A real é que nós somos responsáveis por tudo mesmo quando responsabilizamos a vinda de alguéns a tangenciar os rumos percorridos, a responsabilidade de ir e vir é exclusivamente nossa. Somos nós que, meio sem querer ou querendo mesmo, colocando o pezinho no passado num passo longo, quando que para andarmos para frente os passos são curtos e lentos.

Acho que não cabe por a culpa em ninguém, sempre (opa, outra vez) somos nós.

Abraço!