quinta-feira, 14 de março de 2019

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Há muito tempo atrás, no alto da minha pré-adolescência, eu comecei a experimentar as oportunidades de caminhar, andar ao anoitecer. Eu estudava à tarde, então era bem comum sair da aula com escurinho e a noite rendendo o dia para mais uma vez cumprir seu turno. Nossa! Para mim aquilo era tudo. Deus do céu! Como eu me sentia o máximo por estar ali, caminhando naquele horário, andando entre o barulho infernal dos carros e os focos incandescentes de seus respectivos faróis.
Eu me sentia, de certa forma, um privilegiado por poder aproveitar aquela oportunidade de estar ali é viver aqueles pequenos momentos, que para mim eram mágicos, e me sentia adulto é era fascinado por aquela sensação. Como qualquer criança tola, eu também achava o máximo e queria ser adulto, usar calça jeans (comprida) e poder respirar o anoitecer badalado que o corre-corre de um final de dia.
Hoje o que me encanta, fascina e me faz achar o máximo é este som, enquanto disserto pra vocês sobre uma tola e doce lembrança... Bom, agora eu vou mergulhar porque o mar precisa lavar meu rosto.



That's All Folks, hug!

quinta-feira, 7 de março de 2019

Tô rindo, mas tô falando sério :')

Falar sério! Falar sério... Quem inventou essa modalidade de falar? Pior, quem disse que é a forma correta de falar “sério”? Será que a não expressão de emoções define se estamos falando sério ou não? Se sim, quem disse? Quem ensinou assim? Bom eu devo admitir que fico pirado da suvaca quando estou falando “sério” e não sou levado a sério, mas aí eu dou uma refletida depois, com os meus próprios botões, e surge o questionamento: o que significa ser levado a sério? A pessoa tem que ouvindo atentamente e apenas concordar?
As palavras têm mais valor e peso quando são proferidas de forma séria, carregadas de emoções que são contidas por um semblante fechado? Quando falamos sério estamos no auge de um surto, que chegou ao seu limite devido ao acumulo de eventos que se sucedem até então e mexem com nosso emocional de formas variadas. Isto seria a forma mais usual de falar sério, seria uma espécie de forma convencional, a forma que todo mundo usa e gosta de ser ouvido, compreendido e levado a sério. Mas será a única?
Quando surge esse tipo de enquadramento o que se pensa a respeito? Fechar cenho, falar diferente ou grosso, falar alto e colocar dedo em riste? Isso é falar sério? Chamar a pessoa pelo primeiro nome ou nome completo, substituindo a forma carinhosa que adotou ao se referir àquela pessoa em outros momentos? Vamos dizer que todo mundo, quando está brigando, fica completamente fula da vida se a outra pessoa está sorrindo e/ou fazendo piadas (eu também sou assim), cobra respeito e diz: eu tô falando sério!
Acho que é possível ser sincero, verdadeiro e falar sério sorrindo, brincando, dizer verdades e ouvi-las também. Sem a necessidade de falar alto, grosso, de cara fechada, com dedo em riste ou ignorância apenas avisando que se está falando sério. Sei lá, falar sério sem aquele ar de tensão que carrega o ambiente, que provoca climão e deixa todos que desfrutam do ambiente com uma puta energia negativa fazendo com que ela seja emanada por extensões diversas. Falar sério de uma forma diferente... Falar de uma forma que  não convencional... (:

Abraço!

terça-feira, 5 de março de 2019

Falar sério de forma não convencional *

Às vezes uso palavras diferentes ou estranhas ao meu nada vasto vocabulário e preciso recorrer ao pai dos burros para averiguar a procedência do que é digitado. De repente posso estar fazendo a fabulosa descoberta de uma palavra, né? Imaginou, na altura do campeonato, descobrir uma palavra e tatuar minha marca na calçada da fama da academia de letras? Zoeiras a parte (isso nunca aconteceria), eu precisava iniciar o texto.
É, aparentemente eu sobrevivi a mais um carnaval e, dessa vez, na cidade maravilhosa, sem grandes efeitos colaterais. É que ao longo desses quase 9 anos eu sempre, ou quase sempre, mencionei não ter grandes paixões pela sequência de dias festivos que é o carnaval, a famosa festa da carne. Pra falar a verdade, bem verdadeira, de carnaval já basta a minha vida. Meu sono tem sofrido transformações e digo que quase consegui colocá-lo em dia.
Tô abrindo o mês de março falando um monte de nada que vem a dizer coisa alguma, só para não fugir ao costume de como tudo funciona por aqui. Só para dar sinal de vida, a minha e do blog. Haha! Só porque, mesmo sem conseguir ser capaz de fazer um texto com ideias decentes, apesar de ter várias coisas pra contar, preciso escrever e necessito perder esse bloqueio que se formou ao longo do tempo. Preciso voltar a escrever, por mim, por meu blog...
Preciso voltar, mesmo que seja para escrever as bobagens sem pé nem cabeça de sempre, os textos sem paredes, cabeças ou fundos, sem nexo e sem conclusão, palavras desordenadamente vomitadas em forma de parágrafos, como um bate papo de botequim sem a menor obrigação de regras ou responsabilidades. Um espaço aberto dentro de uma total privacidade estritamente reservadas aos leitores e a este que vos escreve.

Abraço.

Tema para outro texto - mais sério e com conteúdo, eu espero. (:


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Pensamentos inconclusos


Nunca gostei muito de externar meus problemas, nem mesmo aqui no blog, e se já o fiz é porque devo ter beirado o desespero em determinado momento e isso pode ter me impulsionado a fazê-lo. Criei este blog com esse intuito, mas a necessidade de confiar me fez desenvolver uma forma de escrever em que falo de tudo e não digo nada, particularmente achei isso genial.
Quando chega aquele momento em que estamos com a caixa “d’água” cheia, tudo o que precisamos é de um forte seguro o bastante para podermos esvaziar os pensamentos e reorganizar as ideias antes que sua margem venha a transbordar. É muita pressão interna andando de mãos dadas com a pressão externa para um ser diminuto como eu suportar sozinho, em silêncio.
Mas aí eu chego aqui no Rio (capital) e começo a por em prática uma das facetas do meu mais novo modo de vida “de hoje em diante eu vou modificar o meu modo de vida, daquele instante em que você partiu e feriu nosso amor” (Salve o Rei (?)). Ando o aterro do Flamengo inteiro (como diz minha tia) e esses dias pensei: por que não caminhar, e até correr, na areia?
Há pesquisas que relatam o mar como cura para, sei lá, 16 tipos de males, doenças (se estou sendo redundante, perdão), acho que apesar de todos os perigos que possa apresentar ele encanta, hipnotiza, paralisa e acalma... Afasta as angústias e bloqueia os pensamentos, de forma geral. O mar é tão astro quanto o sol, ele exige que direcionemos as atenções só para ele.
Abraço!

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Tentando voltar...

Já perdi a conta de quantas vezes sentei, aqui mesmo, no Rio de Janeiro, de frente para o pc e fiquei, abri o word e o fechei por falta de um pontapé inicial. Algo que me servisse de alicerce para iniciar um texto e postar, aproveitando quando estou na capital e disponho de um pc para fazer postagens e ir atualizando o blog. É triste, mas desde então tenho feito textos assim, baseados em nada e recheados de coisa alguma até completar o número de linhas em cada parágrafo que eu achar necessário...
Nunca senti tanta dificuldade em escrever, nem nos momentos em que isto parecia contrário a todas as vontades e a todas as possibilidades que proporcionavam ideias para fazer algum texto. Confesso que hoje tenho até elementos para criar e desenvolver algo dentro dos padrões propostos por esse blog, mas me falta a cereja do bolo. Falta-me a vontade e a capacidade de forçar um pouco a cachola e começar a brincar com as palavras como antigamente.
Há 2 dias de completar 5 meses no RJ, posso dizer que temos um saldo de adaptação até positivo. Não aconteceu nada ainda (como eu bem imaginava, está brabo em todo lugar, não imaginava chegar aqui e um emprego cair no meu colo.), mas posso dizer que tenho alguns conhecidos com quem troco boas ideias, tenho uma tia que tem um coração que não cabe no peito e quando a angústia quer tomar de conta eu me refugio frente ao mar e fico ali, paralisado e tenho meus pensamentos completamente bloqueados.
Não sou bom com expectativas, é um bicho que nunca me dei bem em criar, sempre morrem. Mas acho que essa faculdade vai me fazer bem, vai me ajudar na adaptação e aumentar essa rede de conhecidos e, quem sabe, subir alguns degraus tornando-se amizades. Não sei prefiro não ficar ansioso na espera por isso porque é aí onde mora o perigo já conhecido, então vamos esperar para ver as coisas acontecendo em seu curso natural, sem criar grandes expectativas prevenimos grandes tombos.
Abrindo fevereiro, abraços.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Boletim não diário.


Olha só 12:31 de um dia que poderia ser qualquer, mas é domingo, 13, que também poderia ser de mês qualquer, mas é de janeiro e é janeiro de 2019. Aproximadamente 92 dias longe da minha bolha essencial, três meses “desbravando” terras desconhecidas e o sentimento divide-se em duas formas bem distintas: interno e externo.
Decidi começar pelo segundo, porque não gosto de seguir sequência quando estou escrevendo de forma livre... Externamente existe um misto entre o desconhecido novo e a beleza que ele traz, e o medo dos perigos que ele apresenta e representa em todas as esferas. O bonito acaba perdendo um pouco da beleza e do brilho quando não o apreciamos com tranquilidade...
Internamente, bem, internamente nada mudou e tudo segue vivo dia-após-dia desses três meses de distância, dessas 2208 horas de vida fora da minha, antes, única razão existencial. Todo apego é difícil de delegar libertação. Você se apega a uma peça de roupa, um presente, pessoas, lugares é muito complicado... Por essa razão, metade do meu coração ficou no Acre...
MAs segue o bonde, né isso? Conhecendo aos poucos os lugares, as rotas, aprendendo a não me perder e a chegar aos destinos finais... Tornando aos poucos as coisas mais normais, pois é assim que elas devem ser daqui para frente, ao menos externamente... Não acostumei ainda com praticamente nada, mas é preciso dançar conforme a música é adaptação.

Não sei se estou gostando do Rio, de repente eu sou estranho demais para acelerar a inserção social de vivência entre os cariocas ‘rs’, realmente não sei dizer... Mas de uma coisa eu sei: tô adorando o mar.




Abraço.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Janeiro, filhão.


Ser diferente...
O que significa ser diferente? Quando se infere que alguém quer ser o diferente, em que sentido isso é baseado? Será que estamos fadados a fazermos os mesmos caminhos, subirmos os mesmos penhascos e, quem sabe, comprarmos as mesmas ilusões e os mesmos pacotes depressão e  ansiedade que todo mundo? Tipo será que o real é sermos iguais a todo mundo e então as pessoas imputam rótulos a quem decide seguir linha reta ao invés de entrar direita ou esquerda?
Ora, como queremos exigir mudanças se questionamos, bitolamos e rotulamos quem faz diferente, quem faz diferença? Por medo de dar certo? Por não querer ver o sucesso, sabendo que sendo e fazendo igual aquela pessoa vai fracassar? Por que não queremos afundar sozinhos, então suprimimos ou buscamos suprimir o sucesso de outrem? Deus, quantas interrogações... Isso sempre me salvou quando não tinha lá muito sobre o que escrever, sempre dá certo e sempre escrevo algo.
Hoje fiz diferente! Hoje quis bancar o diferentão ao redigi o texto direto na caixa de texto do blog e não vou buscar correções de word como sempre faço... Vai ficar assim porque não estou muito afim de ser igual, de ser o mesmo de 8 anos atrás, não, não estou afim. Pelo menos não hoje. Quem sabe, talvez, só por hoje eu não esteja afim de ser o mesmo... Sempre gostei de ser diferente.

Abraço!