quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

O que ocorre com essas gerações?


Às vezes eu observo algumas manifestações, alguns depoimentos, observo o dia-a-dia, jovens com vidas longas e boas oportunidades, suporte para, sei lá, serem e decidirem seguir o caminho que desejarem se esvaindo, se perdendo, jovens pondo fim à própria vida. Jovens mais jovens do que eu que já não sou tão jovem assim. E eu vejo profissionais das alas psicológicas, psiquiátricas, verdadeiros observadores do comportamento humano, pessoas de gabarito para ver e detectar patologias desta natureza indicando como os pais devem tratar seus filhos a fim de essas enfermidades sejam evitadas.
Aí me vem uma questão, e aí eu coloco a minha vida como exemplo disso: Por que a geração da qual eu pertenço, que foi tratada exatamente da forma que hoje é relegada, não apresenta e/ou apresentou ao longo do desenvolvimento comportamentos semelhantes? Nunca se viu tantos jovens com problemas de ansiedade, depressão, problemas de ordem psicológica ou psiquiátrica como hoje. E eu não estou aqui negando a autenticidade dos fatos, muito pelo contrário estou afirmando que em comparação ao passado recente nunca se viu tanto, quantas pessoas precisando de ajuda com sérios problemas e enfrentando grandes barras.
Daí você pega o histórico de criação de muitos desses jovens, para ver se tudo aquilo que relegam realmente pode ter peso direto: sim, pode! Ainda que com você não tenha acontecido, mas nós somos universos diferentes, somos pessoas diferentes e cada ser humaninho desse tem informações e sistemas diferentes, forma e jeitos diferentes de ver, viver, processar e enfrentar as dificuldades e adversidades da vida. Mas muitos deles, também, foram criados de forma nobre e privilegiada o que confronta algumas questões... Condições de vida, de ter o que deseja o que quer a tempo e a hora, criação sem traumas... O que faltou? Por que a revolta?
E ao tempo em que temos uma sociedade jovem complexa até certo ponto problemática, tem aquelas pessoas que se colocam em condição de fala, de diagnosticar, prognosticar patologias mediante um ponto de vista, um comportamento de único episódio. Como o caso envolvendo duas irmãs, em que a mais velha assopra a vela e faz expressões de pouco caso mediante raiva e frustração da mais nova por não ter podido soprar as velinhas de seu bolo. A mais nova foi compreendida em puxar o cabelo da outra, enquanto que a mais velha foi duramente criticada e diagnosticada dos mais diversos transtornos, como se agir como criança fosse uma doença.
Chegamos ao ponto em que, ok bater e puxar o cabelo. Soprar vela, ah não. Isso é transtorno psicológico, é bipolaridade, ela não demonstra arrependimento e nem sente em ter estragado a festinha da irmã... Cara, para, ela tem 6 anos, normal as crianças mais velhas sentirem ciúmes das mais novinhas. Quer dizer, são pessoas que passam longe da credencial de propriedade sobre o assunto, mas os diagnósticos são perfeitos. Pessoas assim são capazes de enlouquecer outras pessoas, elas têm o poder de persuadir e fazer acreditar que sim, você tem problema... Conseguem lembrar de alguém parecido mais recentemente?
Abraço.

sábado, 16 de janeiro de 2021

Projeto 2020, execução 2021...


Olá! 
Há pouco mais de um mês eu comentei sobre estar trabalhando em cima de um projeto, mencionei uma recapitulação e seleção de textos e também falei, ou deixei nas entrelinhas, sobre uma alternativa para dar uma sobrevida a este espaço que faz parte diretamente da minha vida há 10 anos!
Ocorre que eu adaptei o blog e o transformei em uma espécie de aporte para um canal que ativei nos últimos dias no YouTube. Como vai funcionar? Ora, eu estudei os posts deste blog e fiz uma seleção inicial daqueles textos que eu penso serem capazes de desenvolver um bom conteúdo em vídeo por suas características e temas abordados.
Daí que esta junção naturalmente me força a produzir mais conteúdo, de modo a alimentar o canal numa eventual e remota confirmação do canal. Na real é uma espécie de desafio, eu preciso produzir aqui para que seja possível manter o canal lá, assim sendo o blog respira e vive em função do canal.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

E a saudade, o que é?


Como vocês lidam com a saudade? O que é saudade pra vocês e como remediar os efeitos emocionais que ela causa, quando vem à tona? A saudade é um sentimento que pode nos remeter a coisas, circunstâncias, momentos, pessoas, lugares, coisas que já não fazem parte do nosso dia-a-dia ou do nosso momento presente. Saudade remete ao passado! Mas também podemos dizer que remete ao presente ausente, distante, longíquo.
Saudades de um parente que mora distante, uma conhecida, um conhecido. Saudades dos amigos, dos familiares. Saudades de um amor, do seu amor. São situações em que recebemos este sentimento de coração aberto e repleto de amor e afeto. Saudades dos tempos que não voltam mais, que não voltam atrás; saudades daquilo que viveu e, por alguma razão, deixou de viver e a saudade é o único fio fazendo esse cordão umbilical com as lembranças...
Saudade é a lembrança daquilo que ficou ou que deixou de existir no real para viver no campo das lembranças. Enfim, saudade é um sentimento necessário e devemos aprender a absorvê-la e conviver com ela. Quando chegamos a certos momentos da vida, em que algumas coisas e pessoas vão, pelas leis da vida, ficando no caminho, felizmente ou infelizmente é a este sentimento que devemos recorrer, é o que faz manter vivas algumas memórias e presenças.
Quando perdemos pessoas queridas e importantes em nossas vidas tudo o que nos resta são momentos quaisquer que nos façam lembrar-se dessas pessoas, que tornam essas pessoas vivas em nossas vidas por estarem vivas em nossas memórias. E surge um misto de tristeza e dor, pois temos a consciência de que tudo o que nos restou foram lembranças e a saudade. Saudade que nos acompanhará até o fim dos nossos dias.
Enfim... Devemos nos acostumar com a saudade, conviver com ela, torna-la nossa aliada, pois num presente inesperado ou num futuro certo ela será.
Abraço!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O quanto você consegue deixar de lembrar?


Já prestaram atenção que quando chegamos a determinados momentos de nossas vidas as nossas memórias começam a tomar uma direção um pouco diferente do que costumava ser? Chega um determinado momento na vida que passamos a esquecer da data do primeiro beijo, mas lembramos de que no final do mês, dia tal, vai vencer a conta de luz, água e telefone. Ah, lembra que tem aluguel!
Pra falar a verdade, não é que nos esqueçamos de algumas datas e recordamos outras, mas são tantas preocupações que acabam povoando a mente e se sobrepondo às lembranças mais antigas. Você não lembra o que falou para o seu coleguinha no último dia do prézinho, certo? Mas certamente tem consciência de que se esquecer de pagar o seu telefone ficará sem o serviço.
O que quero dizer é que conforme o tempo passa, vamos acumulando diversas responsabilidades e isso costuma transitar em nossa mente mais do que qualquer outra coisa. Acreditem, não há nada mais gratificante do que lembrar que aquela parcela do empréstimo vai ser abatida no mês seguinte ou que a no mês corrente encerra a última parcela da TV que você comprou em 10x, consegue perceber?
Eu não sou casado, mas imagino que quando um casal constrói uma família, uma vida juntos, eles acabam acumulando com passar dos dias e dos anos mútuas responsabilidades, então é normal esquecer uma data ou outra, inverter ocasiões, confundir fatos. Pode se dizer que é normal esquecer a data do primeiro encontro, tal qual é normal quando esquecemos a data de aniversário de alguém.
Os casais têm filhos e as preocupações começam a aumentar, têm mensalidade escolar, tem todos os cuidados com saúde, acompanhamento médico e querendo ou não isso vai sobrepondo a outros pensamentos porque são mais urgentes. E aí vai uma dica aos casais reservem um tempo para vocês, para relembrar os momentos pode ser num jantar fora ou mesmo em casa para recuperar isso.
Enfim a nossa cabeça não funciona como um HD que tem um limite determinado, mas como todo mecanismo ela tem, sim, uma capacidade limitada e quando excede o subconsciente acaba elegendo aquilo que parece ser mais importante, priorizando as urgências taxadas por prazos e acaba depositando algumas lembranças numa zona que precisa ser estimulada para subir à nuvem.
Não tenho a mínima ideia se me fiz entender, perdão que girei muito em torno das mesmas palavras, mas o que eu tinha para falar hoje era isso. (:

Abraço.

domingo, 3 de janeiro de 2021

E então, o que você faria se só te restasse esse dia?


Alguma vez você já se pegou pensando sobre o que faria se descobrisse que só tem 24 horas de vida? Assim, imagina que você está dormindo e acorda subitamente com esta intuição claramente ecoando em sua consciência: “hoje é seu último dia!” O que você faria, de que forma tentaria aproveitar esse dia, essas horas? Será que alguém se questiona: “e se hoje fosse o meu último dia?”
Papo estranho, né? Mas se formos analisar bem friamente, todos os dias são últimos, únicos e falo isso porque nunca temos a certeza do que vai acontecer no nosso dia até que as coisas, de fato, aconteçam. Podemos, a partir das rotinas, prever como será o nosso dia, mas isto reflete menos verdade do que a previsão do tempo indicando temporal num dia em que fez sol de verão. Não se escreve!
De antemão, eu não acordei com essa intuição. Mas não posso negar que sempre costumo pensar: mas e se, sei lá, acabasse agora PAM; será que eu fiz o meu máximo com as últimas 24 horas? Será que eu fui útil e deixei algo útil para quem vai permanecer nesse barco? Será que eu só soube ser fútil? E isso tem muito a ver com o que você faz dos seus dias não em relação aos outros, mas para si próprio.
Será que dissemos o último e sincero “eu te amo”? Será que fomos verdadeiros no corrente dia da finitude? Será que deixamos nossa marca digna de ser lembrada não pelo evento morte, mas por quem fomos... será que soubemos zelar por isso? E por último, mas não menos importante: será ao menos vivemos verdadeiramente o nosso último dia, para podermos partir sem apego?
Experimenta pensar sobre isso.
Abraço!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

A seguir, 2021


Passei batido aí no anivelório do blog, 10 anos de muita insistência e resistência. Sempre que a engrenagem emperra ele continua sendo o meu primeiro e único plano de fuga. Apesar de todas as dificuldades que eu mesmo me imponho, é aqui que consigo vomitar palavras mal pontuadas e aliviar as tensões e é querendo resgatar essa sintonia, essa relação simbiótica, que estou estudando um novo projeto.
Hoje não estou com o espírito em seu melhor e posso dizer que já estive em momentos piores, já estive em momentos melhores também e hoje diria que estou no limbo o que, dadas as circunstâncias que só eu sei compreender, não é nada legal também. Hoje seria uma das poucas vezes em que eu falaria abertamente, mas tomei um gole de café e lembrei que, mesmo em meus domínios, ninguém está seguro.
Assistindo o animal planet esses dias, vi relatos dos guardas florestais que monitoram a região e veem de perto, todos os dias, a luta entre leões para conquista, defesa e domínio de território. Vi um leão encurralado, vi o pânico daquele animal e lembrei que sou do signo de leão então resolvi relativizar as coisas e lembrei que odeio me sentir assim, encurralado, odeio com todas as forças do meu coração.
Comecei esse texto sem a menor ideia do que dizer, mas na certeza de gratidão plena por estar, nesse momento, sentado em frente a essa máquina sem a mínima ideia do que escrever, pois isso significa dizer que estou vivo. Ufa! Consegui chegar até aqui! O que foi esse ano de 2020, hein? Foi mais perverso do qualquer pessoa mala que já tenha me cruzado o caminho, não vai deixar saudades.
Cada ano que inicia e chega ao seu final deixa como legado uma preocupação. Pode não parecer, e eu concordo plenamente com quem pense assim, mas eu tenho mil e uma preocupações; minha cabeça é um vulcão fervilhando 24 horas por dia porque até dormindo eu sonho com essas preocupações. Cada qual com os seus, não é verdade? Haha!

Texto ficou grande pra cacete e eu disse um monte de nada com coisa alguma... Perdão, mas eu precisava fazer assim.

Que em 2021 tenhamos saúde, paz, paciência, equilíbrio, que as portas das oportunidades estejam, finalmente, abertas para todos nós, que Deus nos dê o livramento e a sabedoria para conseguirmos conquistar nossos objetivos concretizarmos nossos sonhos! Muito sucesso a todos nós. Estes são os meus humildes e sinceros votos. O que desejo a mim eu divido com todos os meus irmãos.
Abraço.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Das circunstâncias naturais


Uma das coisas mais pragmáticas e certas que já ouvi algum dia é que nascemos sozinhos e sozinhos partimos. Não importa quão conhecido sejamos, nem quantas pessoas estejam ao nosso redor, todos os dias de nossas vidas na terra, ao fim do dia será sempre você com você mesmo e essa realidade é sempre dura de compreender e aceitar.
Sempre haverá situações em que essa realidade virá à tona e precisaremos de maturidade pra ontem, para absorver da melhor forma possível e continuar seguindo em frente. Não é assim, pra frente que se anda? Ocorre que, de forma até natural, traçamos condicionamentos que evoluem para interdependências de laços, e é aí que a realidade se torna difícil de aceitar.
Mas a verdade é nascemos sozinhos, embora assistidos por médicos, enfermeiros, papai e mamãe. No mundo precisamos aprender a conviver com as presenças das pessoas em nossas vidas, mas tendo sempre como verdade que ausências existem, são absolutamente normais e que a vida continua apesar de tudo isso. E que vai estar com você tudo o que  precisa a si mesmo.
Compreender que em alguns momentos seremos como copos de festa de aniversários, copos descartáveis que após o uso serão colocados uns dentro dos outros e arremessados em uma lixeira qualquer, mas ter maturidade que esse tipo de situação não deve abalar à auto fé porque o caminho a percorrer permanece pronto para se trilhar e tal feito não pode estar condicionado às ausências...

Abraço.