Às vezes eu observo algumas manifestações, alguns depoimentos,
observo o dia-a-dia, jovens com vidas longas e boas oportunidades, suporte
para, sei lá, serem e decidirem seguir o caminho que desejarem se esvaindo, se
perdendo, jovens pondo fim à própria vida. Jovens mais jovens do que eu que já
não sou tão jovem assim. E eu vejo profissionais das alas psicológicas, psiquiátricas,
verdadeiros observadores do comportamento humano, pessoas de gabarito para ver
e detectar patologias desta natureza indicando como os pais devem tratar seus
filhos a fim de essas enfermidades sejam evitadas.
Aí me vem uma questão, e aí eu coloco a minha vida como exemplo
disso: Por que a geração da qual eu pertenço, que foi tratada exatamente da
forma que hoje é relegada, não apresenta e/ou apresentou ao longo do
desenvolvimento comportamentos semelhantes? Nunca se viu tantos jovens com
problemas de ansiedade, depressão, problemas de ordem psicológica ou
psiquiátrica como hoje. E eu não estou aqui negando a autenticidade dos fatos,
muito pelo contrário estou afirmando que em comparação ao passado recente nunca
se viu tanto, quantas pessoas precisando de ajuda com sérios problemas e
enfrentando grandes barras.
Daí você pega o histórico de criação de muitos desses jovens, para
ver se tudo aquilo que relegam realmente pode ter peso direto: sim, pode! Ainda
que com você não tenha acontecido, mas nós somos universos diferentes, somos
pessoas diferentes e cada ser humaninho desse tem informações e sistemas
diferentes, forma e jeitos diferentes de ver, viver, processar e enfrentar as
dificuldades e adversidades da vida. Mas muitos deles, também, foram criados de
forma nobre e privilegiada o que confronta algumas questões... Condições de
vida, de ter o que deseja o que quer a tempo e a hora, criação sem traumas... O
que faltou? Por que a revolta?
E ao tempo em que temos uma sociedade jovem complexa até certo
ponto problemática, tem aquelas pessoas que se colocam em condição de fala, de
diagnosticar, prognosticar patologias mediante um ponto de vista, um
comportamento de único episódio. Como o caso envolvendo duas irmãs, em que a
mais velha assopra a vela e faz expressões de pouco caso mediante raiva e
frustração da mais nova por não ter podido soprar as velinhas de seu bolo. A
mais nova foi compreendida em puxar o cabelo da outra, enquanto que a mais
velha foi duramente criticada e diagnosticada dos mais diversos transtornos,
como se agir como criança fosse uma doença.
Chegamos ao ponto em que, ok bater e puxar o cabelo. Soprar vela,
ah não. Isso é transtorno psicológico, é bipolaridade, ela não demonstra
arrependimento e nem sente em ter estragado a festinha da irmã... Cara, para,
ela tem 6 anos, normal as crianças mais velhas sentirem ciúmes das mais novinhas.
Quer dizer, são pessoas que passam longe da credencial de propriedade sobre o
assunto, mas os diagnósticos são perfeitos. Pessoas assim são capazes de
enlouquecer outras pessoas, elas têm o poder de persuadir e fazer acreditar que
sim, você tem problema... Conseguem lembrar de alguém parecido mais
recentemente?
Abraço.