Havia um pequeno vilarejo aonde se concentrava uma grande
sociedade com várias pequenas famílias. Naquela vila todos tinham sua função e
os costumes, de fato, pareciam quase medievais.
Cercado por florestas o vilarejo oferecia vários perigos ao seu
povoado e, como se sabe, sempre existe no meio dos jovens aquele mais destemido
que se vira a super-herói assim como sempre existe dentre as moças aquela que
mais se destaca por sua beleza e qualidades...
Acontece que o mundo sofre mutações em determinado período da
linha do tempo e tendeu-se a se tornar mais industrializado, foi descobertos
que a milhas e milhas distante daquele lugar existia algo especial e que
poderia proporcionar àqueles jovens (sem distinção de sexo, por favor... --‘) E
o pai de um dos rapazes resolveu ordenar que o filho ganhasse o mundão a fim
de crescer e trazer mais enriquecimento àquele povo.
Naquela época os casamentos eram arranjados e os pais, mais
especificamente as mães, eram responsáveis por procurar dentre os rapazes
aquele de família mais bem sucedida em termos de riquezas para entregar sob
responsabilidade a vida da filha em troca de um bom dote.
Ora, como nos contos de fadas a mais bela sempre vem de origem
pobre enquanto o mais forte, corajoso e habilidoso nos machados de origem rica
e, pois, mais requisitado entre as sogras. Mas o amor parece escrever certo e
por linhas tortas e nem sempre as belas moças têm paixões pelos mauricinhos dos
contos, e assim foi com Mônica que preferia – mesmo em silêncio – aquele que
partira ao então mais interessante da vila. Porém não partia dela o desejo,
visto que os pais já planejavam uma abordagem à família de Jackson a fim de
dar-lhe a mão de sua filha.
Passaram-se duas primaveras e ela se viu obrigada a casar-se com
o jovem de nobre família, mas em seu coração aquela lembrança jamais deixou de
assolá-la. Veria ela de novo o seu grande amor? E se o pudesse ver que
diferença faria se já estava casada? (...)
Mas a essência deste conto (conto?) não é bem o romantismo em
si, aliás, acho que estou aprendendo a deixar isso de lado, acho que consegui
me convencer de que isso é uma grande bobagem...
Devemos, a partir do momento em que fazemos uma escolha,
esquecer tudo para trás porque uma vez essa escolha tornando-se realidade o
passado não pode vir à tona. Tipo, só acho...