quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Outworn

Tenho estado muito cansado... Cansado de nadar e nadar e nadar como se estivesse no meio do oceano e não ver nada além de horizonte e ondas, nem um bote salva-vidas sequer um verdadeiro sobrevivente náufrago. E assim eu vou seguindo sem (com) noção e espaço, sabendo que preciso chegar, mas desconhecendo endereço de lugar algum sem saber a direção de lugar nenhum, à deriva.
É difícil controlar a ansiedade quando a realidade não te deixa brecha para criar perspectivas. Tenho a impressão que os anos têm passado rápido demais ao meu lado e eu tenho ficado num mesmo ano. O corpo sofre os efeitos causados por esta passagem, mas a sensação é de que o tempo individual parou mesmo sabendo que não, que o relógio está contando de forma desgovernada.
A curva tem ficado cada vez mais fechada cara e, pior, não tenho visão a minha frente... A montanha cada vez mais íngreme e o fator ambiente começam a influenciar juntamente ao cansaço, mas não pode parar né? É preciso seguir viagem sempre mesmo que os pés já não aguentem mais, mesmo que o sol castigue e que o corpo esteja clamando por fim à jornada, ela não termina antes de acabar.

Quando o cansaço invade e aprisiona, com sua chegada, o pouco que me resta de bom, creio... Sou autocrítico, então estou cansado de deixar de fazer o que preciso fazer, de fazer as coisas de forma certa do jeito errado de... evitar a renúncia ao hesitar... No fim os atributos de culpas cabem somente a mim...

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ponto que quase sempre é continuando.

Sair de cena não significa ficar fora do ar. O personagem está fora de foco, mas isto não quer dizer que ele é desfalque no elenco. À medida que o tempo passa algumas coisas vão ficando bem normais o que pega é a aceitação disso. Já falei que os meus textos, apesar de parecerem, não são repetitivos. Tenho trezentos e tantos textos que trazem variações de um mesmo tema. Todos iguais, porém distintos e com particularidades.
Seguir em frente é um lema muito usual, entretanto se seguido à risca ele é um fator muito limitante na tua caminhada. Chega um ponto onde você precisa de um desvio, um atalho que te muda de direção e aí você se encontra em choque de bandeiras... O que fazer? O futuro se vê para frente o desejo logo ali, além do imenso horizonte apenas esperando ser conquistado, porém o acerto vem dos erros e os erros encontram-se aonde?
Passa a fazer sentido à ideia de que o “seguir em frente” é limitante, pois ele não te dá alternativa de caminho senão andar para frente. Um pé no passado corrige velhos erros e nos conduz a novos acertos. Não ando no melhor auge da paz de espírito. Vejo coisas saindo do trilho e, pior, não vejo mais efeito naquilo que poderia ser uma medida de correção de redirecionamento. É quando o cavalo dispara e empina, conforme pedes o freio nas rédeas, que tu passa a ver a consequência de não saber montar...

Não importa o quanto o vento sopre a montanha jamais se curvará diante dele...

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Seguir em frente... anh, apenas seguir.

Pode ser que haja um erro de interpretação quando se diz siga em frente nem sempre vamos partir nesta direção. Às vezes é preciso desviar o caminho seja pra direita ou pra esquerda nem sempre haverá linha reta, nem sempre a reta vai fazer com que os pontos se encontrem nada é sempre.
Acho que o princípio da paz parte do grau de paciência do indivíduo. Acho que já expliquei que me agrada expor o achismo no texto o que é natural, afinal sou eu quem faz seria estranho expor o achar de outra pessoa senão eu mesmo. Se eu depender de paciência para ter paz, viverei o resto dos meus dias de inferno astral.
Mas eu dizia que o siga em frente, em linha reta nem sempre obedece este segmento. Você faz curvas, zig-zag a ideia é jamais ter que voltar. Porém existem fatores que acabam nos levando ao sacrifício, induzindo ao erro e nos trazendo ao ponto do início (talvez do fim).
É incrível a maneira que se dão as coisas, cara... Questão de simples segundos e você pode estar completamente perdido. É impressionante a capacidade que tem de te fazer mudar de ideia quando já decidido de algo e, sei lá, simplesmente volta a agir igual.

Vale incluir dentro deste agir igual que não há ação nenhuma...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Solta a vela de deixa seguir.

Quando as coisas não vão bem você precisa buscar energia aonde sabe que é possível encontrar, precisa libertar o espírito das energias carregadas e renovar as baterias para que possa então seguir combatendo de frente o que tem por vir. Às vezes você acaba nadando longe demais ficando muito distante da margem seja o lado que for e quando se deu conta acaba ficando tarde demais para voltar então o melhor a fazer é seguir o leito.
Costumo dizer sempre que a vida é uma estrada com duas vias uma vai e a outra vem e elas ficam ali, pareadas nesse contra fluxo maluco e por vezes acontece de você tentar atravessá-las e acabar sendo atropelado. Atenção é preciso ter atenção, mas o que seria pedir atenção a um DDA declarado? Algumas muitas coisas aqui não poderiam ser levadas a sério, é o mesmo que perguntar a um louco se ele é louco. Hahahaha!
Em algum ponto de lugar algum existem pessoas com pensamentos parecidos ou não. Talvez mais loucos ou mais sensatos, de repente mais diretos talvez verdadeiros...

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Cotidiano.

Se não é fácil termos dois dias iguais, imaginem duas noites. Você pode, sim, ter dois dias ruins. Uma sequência deles na verdade, mas cada qual terá a sua particularidade e no fim nenhum deles repete o mesmo ponto chave. Muitas vezes um sorriso sincero pode significar a conquista do dia, com toda dificuldade que se pode ter tido nele. De repente um pequeno detalhe numa análise pode salvar aquilo que parecia ser um dia perdido.
Você nota a diferença num timbre de voz, num olhar, num abraço... Nas próprias reticências utilizadas durante a escrita ou simplesmente na resposta seca. É, dizem que não, mas é extremamente possível sentir emoção nas linhas. No filme da vida quando nos colocam para contracenar, não explicam como será o personagem e qual será o fim dele não tem roteiros, mas neste caso em especial as coisas tendem a ter o mesmo fim.
Gosto de deixar no ar o tom do que falo, gosto que as pessoas que leem sintam as palavras e deixem-nas fluir como num grande filme, como se fosse um programa de dados de computador onde as letrinhas vão subindo e você vai assimilando a mensagem. Gosto... de não precisar ser direto ao mesmo tempo em que é preciso ser e assim contrario esta precisão desafiando as leis da interpretação e do entendimento.
O mundo gira numa velocidade tão impressionante que o mês de janeiro – tido como o mais longo deles, muito embora tenha os mesmos 31 dias – já acabou e, pasmem, hoje é 16 de fevereiro mais 11 dias e já eram dois meses do ano, consegue perceber? As coisas vão se modificando e fica aquela sensação inconformada do “por quê?”. Quem responde? Talvez seja um defeito a intensidade demasiada e ela acaba causando essa sensação.