Por tempos eu acreditei que tudo era uma maravilha. Sim, maravilha no sentido exato da palavra não no sentido pejorativo, estaria sendo irônico se falasse no pejorativo. A realidade é que somos vulneráveis, estamos ‘fadados’ a sermos surpreendidos a qualquer momento embora que sequer estejamos esperando tal situação. Existem, de fato, várias formas de sermos surpreendidos e geralmente quando acontece percebemos que, mesmo certos de que somos ‘experientes’ o suficiente para estarmos preparados para um eventual tipo de situação, ainda somos vítimas dela.
Eu sou meio que um disco furado que fica repetindo sempre a mesma parte da música, isso é chato pra caralho, mas foda-se é o meu jeito... Eu não faço questão alguma de esconder o meu lado autocrítico. Acho mais decente dizer que sou uma pessoa ruim, que sou antipático, por vezes escroto e tudo mais do que bancar algo que não sou e, em determinada situação, me transformar e ter de ouvir de pessoas de fora. É mais honesto mostrar os dois lados da moeda logo, e eu prefiro falar das coisas ruins uma vez que, entre o bom e o ruim o que vai gerar comentário é sempre o ruim, então as coisas boas eu deixo pra que as pessoas que tenham essa capacidade consigam detectar. Eu não sou de todo um troglodita, mas não curto sair falando de qualidades... Falo dos defeitos porque é mais fácil, prático e comum – Tenho vários deles.
Sabe eu, fico meio encabulado quando as pessoas me elogiam, e isso é sério, eu fico sem jeito... Já chegaram a perguntar se eu não gosto de se elogiado... Qual é a pessoa que não gosta de receber um elogio? Pára, pensa e me diz... Até aquelas pessoas que estufam o peito quando recebem uma cantada camuflada de um elogio gostam, não demonstram, é claro, mas gostam sim. Todos gostam. Eu só me preocupo com o seguinte fato: Quando se elogia alguém, criam-se expectativas em cima desse alguém, assim como eu já criei e sempre crio expectativas – nessas a gente se arrebenta – é meio que costumeiro de acontecer alguns problemas... Eu fico até com medo, eu diria, quando recebo muitos elogios, quando pessoas vêm rotulando “ah, você é legal... ’’ “ah, você é uma pessoa confiável’’ – quero deixar claro: Eu não peço exclusivamente pra confiarem em mim, se o fazem é porque têm consciência daquilo que estão fazendo e acham que eu sou merecedor – embora eu diga: "Confia em mim" cabe a cada um confiar ou não. Nunca obrigo ninguém a fazer. Mas fico sim encabulado, porque na proporção que essas coisas vão acontecendo eu também meio que vou criando uma visão, uma opinião da pessoa, mas me preocupo lá na frente porque conheço o meu gênio... Isso é realmente preocupante.
Tenho me sentido como um divisor de águas, e confesso, não gosto desta sensação! Existem situações onde você é bastante requisitado, ouve coisas, analisa coisas e já sabe até de có o que vai rolar... Eu fico super feliz quando consigo, mesmo falando muita besteira, ajudar alguém que está triste... Eu fico feliz, quando a minha companhia e as minhas besteiras conseguem, mesmo que temporariamente, afastar a tristeza de alguém... Procuro ter uma palavra a dizer não é sempre que sai, mas tento sempre ter algo de confortante a falar, quando preciso, falo o que penso embora que não seja tão confortante assim. O que seria um “divisor de águas” no contexto que quero falar? Uma comparação direta com alguém... Por favor, ninguém é melhor do que ninguém existe sim, pessoas com atitudes diferentes, pensamentos diferentes. Mas eu não sou melhor do que ninguém.
De que adianta me comparar com alguém, colocando qualidades minhas em cima de falhas dessa pessoa a quem escolheu para comparar, se amanhã ou depois como é mais certo que a matemática, vocês vão estar numa boa e você não vai nem dar um ‘’Oi’’? Por que fazer esse tipo de comparação? Fica tipo: “Eu sou um anjo, eu sou de outro mundo, eu sou uma pessoa que as qualidades sobrepõem-se aos defeitos de: fulano, sicrano, beltrano’’ mas depois que você fica nas boas com essas pessoas a quem me comparou a gente simplesmente perde contato. Hahahahaha! – Detalhe: Isso é uma situação corriqueira que estou jogando no blog, sem perguntas do tipo ‘’ Quem faz isso? ’’ Só um comentário sobre uma coisa que acontece. Também não estou reclamando, mas esse tipo de coisa incomoda não pelo fato da perda de contato, mas pela situação inusitada quando existe esse contato e, na contrapartida, existe esse pseudo-desafeto, é nessa que eu fico como divisor de águas e isso é chato.