Nossa! Quanta
preguiça de escrever. Chegamos praticamente à metade do mês e este é o segundo
post que consigo colocar na página, um retrato meio que de descaso, uma
realidade cada vez mais constante por aqui. Talvez por falta de vontade, talvez
por falta do que falar ou então por ter tanto o que falar e não saber o que
dizer. Já reparou que as pessoas dificilmente sabem o que fazer, para onde ir,
o que falar? Não?
Bom... Vamos pegar
pelo fim da curva: “não saber o que falar” nós precisamos sempre ouvir algo ou alguém, assimilar e ter, formar, uma
opinião acerca do que nos foi dito. Mas já repararam que em determinadas
situações ouvimos atônitos e não conseguimos formular uma única resposta? Dificilmente
sei o que dizer, mas sempre tenho consciência do que falar. Parece louco, não é
mesmo?
Voltando para o início da reta, antecedendo o fim, a curva, sobre não
saber o que fazer, é que as pessoas dificilmente sabem o que fazer até
começarem, de fato, a fazer algo. Isto mesmo! Ao longo de nossa vidinha maluca,
fazemos bastante planos e temos um futuro fechado sem tirar ou acrescentar,
perfeito e certo em um papel mental, mas e quando jogamos isto para a
realidade?
Vamos para o confronto de concordância ou redundância: é certo que tudo
que está muito certo, na verdade, está errado porque não se começa um edifício
pelo teto. Quando jovens ou crianças temos sonhos, desejos e fantasias, e
nestas fantasias se encaixa a realidade de isopor, que nada mais é do que o
futuro fechado e perfeito sem tirar nem acrescentar. Só quando vamos atingindo
a fase adulta é que vem a dura realidade.
A visão de mundo de uma criança ao iniciar seus planos futuros é anos luz
mais superficial do que de um adolescente ou mesmo um adulto. Vale ressaltar,
porém, que é na transição da fase infantil à fase juvenil que aparecem as
dúvidas do “quem e o que eu sou, para onde vou”, meio do percurso
na estrada, entre a reta e a curva (lembram?), e a referência para sanar estas
dúvidas normalmente são proveniente dos pais.
Vamos aceitar que os pais também tiveram o conselho de seus pais e assim
sucessivamente, de modo que nenhum deles sabia, por si só, o que fazer. Conheço
muitos adultos que até hoje não sabem, conheço-me que até hoje não sei ou sei,
mas ainda não vejo acontecer da forma que eu gostaria. Mas estou buscando, né?
Minha escada começa de baixo para cima. Em passos lentos, mas do jeito que tem
que ser.