Distância é algo
que pode, na teoria, mexer com cada peça, cada compartimento das nossas vidas,
cada canto de cada lugar. Distância é algo que por autodefinição deveria impor
limites e dificuldades, afastar, impor barreiras e até cortar conexões... mas será
que na prática é assim? Será que nos rendemos ao real sentido dessa palavra?
Distância, suas
variáveis, é uma palavra que tem poder (“Ah, é tão distante”!), capaz de nos
fazer desistir de algo somente pela forma natural de pronunciá-la. É uma
palavra forte, tão forte a ponto de, em algumas situações, nos fazer travar uma
verdadeira batalha contra ela que geralmente travamos a dois, mas nem sempre é
assim.
Eu costumo
contrariar lógicas e rasurar regras, costumo ficar na contramão do destino,
afinal de contas a gente vai aprendendo a aceitar nosso lugar ao longo de
sucessivas pancadas. Nunca estive longe (como agora estou), também jamais
estive suficientemente perto... sempre perto dos olhos e longe do coração, mas
estava ali vendo e torcendo.
Formei e passei
dois anos afastado da universidade, viajei e já estou com dois meses em outra
cidade, mas essas distâncias em nada foram capazes de mudar qualquer coisa aqui
dentro. E, como falado em algum momento deste texto, é uma batalha que eu travo
só... Quem sabe um dia eu possa chegar um pouco mais perto, né?