Olha só 12:31 de um dia que poderia ser qualquer, mas é domingo, 13,
que também poderia ser de mês qualquer, mas é de janeiro e é janeiro de 2019.
Aproximadamente 92 dias longe da minha bolha essencial, três meses “desbravando”
terras desconhecidas e o sentimento divide-se em duas formas bem distintas:
interno e externo.
Decidi começar pelo segundo, porque não gosto de seguir sequência
quando estou escrevendo de forma livre... Externamente existe um misto entre o desconhecido
novo e a beleza que ele traz, e o medo dos perigos que ele apresenta e representa
em todas as esferas. O bonito acaba perdendo um pouco da beleza e do brilho
quando não o apreciamos com tranquilidade...
Internamente, bem, internamente nada mudou e tudo segue vivo
dia-após-dia desses três meses de distância, dessas 2208 horas de vida fora da
minha, antes, única razão existencial. Todo apego é difícil de delegar
libertação. Você se apega a uma peça de roupa, um presente, pessoas, lugares é
muito complicado... Por essa razão, metade do meu coração ficou no Acre...
MAs segue o bonde, né isso? Conhecendo aos poucos os lugares, as
rotas, aprendendo a não me perder e a chegar aos destinos finais... Tornando
aos poucos as coisas mais normais, pois é assim que elas devem ser daqui para
frente, ao menos externamente... Não acostumei ainda com praticamente nada, mas
é preciso dançar conforme a música é adaptação.
Não sei se estou gostando do Rio, de repente eu sou estranho demais
para acelerar a inserção social de vivência entre os cariocas ‘rs’, realmente
não sei dizer... Mas de uma coisa eu sei: tô adorando o mar.
Abraço.