Acho que o rumo passa a ser incerto
quando as coisas começam a se esclarecer demais, quando não existem mais
expectativas do que pode ou não pode ser, quando as cartas já estão na mesa e,
sei lá, mesmo que duas estejam encobertas já se sabe por dedução quais são suas
respectivas faces e acho que as coisas começam a ficar claras quando nossas
fraquezas são expostas.
Sabe como um crustáceo saindo da
carapaça, sua chance de continuar vivendo e dizer ao mundo: “estou aqui”. Acho que pode ser um erro tirar a
mão do freio e deixar descer ladeira abaixo, pode ser irônico quando em pista
plana tudo simplesmente para, pode ser frustrante quando, na mesma ladeira, a
máquina simplesmente não anda...
Impressões surgem como sinalizadores
de setas curvas que apontam para lugar nenhum. Os ventos mudam de direção ao
bel prazer, então não assumem tão bem a função de indicador. Nos clichês se vê
muito que existem dois caminhos a seguir e que a escolha cabe única e
exclusivamente a você (eu, nós, vós, eles – fica a teu critério conjugar).
Parece que a locomotiva vai perdendo
velocidade conforme as engrenagens giram. Talvez o giro esteja errado, talvez o
maquinista não seja o certo se está chegando o fim da linha...