Legal seria se a vida viesse como cartas marcadas onde você
saberia qual manobra poderia realizar e quais as possibilidades de sorte ou
revés. Legal seria... Talvez não, né? De repente o barato seja a expectativa
que se gera a cada espera por resultado. É mas talvez o barato seja caro, pois
cada revés em cima de grandes expectativas destrói qualquer ser vivente. Que
confuso tudo isso, não?
Mas aí que vem a questão: o que não é confuso nesta vida? A
existência? Evolucionismo ou Criacionismo? Evolucionismo: explosão da
supernova, teoria dos coacervados, ureia (45% de N), suco nutritivo PAM!!!
Descendemos de um organismo heterotrófico que data cerca de 2000 a 1400 milhões
de anos. Depois disso várias evoluções PAM!!! Surgem nossos antecessores.
Criacionismo: bom... Não se tem muito que dizer né? Primeiro
dia: Faça-se a luz e a luz foi chamada de dia e as trevas de noite. Segundo
dia: Para que separe as águas das águas foi feito o céu. Terceiro dia: Foi
feito a terra, superfície enxuta abaixo do céu. Quarto dia: Sol, lua e as
estrelas. Quinto dia peixes nas águas pássaros no ar. Sexto dia animais
quadrúpedes e bípedes e o homem... [?]
Tudo muito esclarecedor, não? As coisas não se bicam –
ciência e religião –, mas seria fantástico poder contar com ambas como aliadas.
Isto porque há coisas que a ciência até tenta, mas não consegue explicar e
outras que a religião impõe e a ciência destroça. Há também ocasiões onde ambas
corroboram teses, como se fosse uma espécie de complementação umas das outras.
Do que eu falava mesmo? Ah, sim, de ter a probabilidade de
prever fracassos e frear movimentos a fim de impedir estes eventos, como alguém
que viaja no tempo e sabe que no ano de 2022, em 20 de agosto, às 18 horas, irá
morrer em um acidente de carro. Aí, ao voltar em seu ano normal, anota tudo num
caderninho e muda a sequência de eventos daquele dia e fica lá, vivão.
Ou de saber quando irá se ferrar, quando prestes estiver, e
poder voltar atrás nos passos para evitar de se machucar ou machucar alguém.
Mas talvez, não. Talvez não devêssemos mesmo ter esta noção. Como no filme “um
anjo em minha vida” a vida é uma caixa de surpresas com uma enorme interrogação
estampada, onde você compra tudo pelo preço de algumas atitudes...
Obs: Não sou crente carola, também não sou ateu
existencialista. Quando estou em negação transito entre dois lados, mas no fim
o que prevalece é a minha fé e ela, absoluta de si, independe de religião.
Não que eu me importe, mas só para rechaçar qualquer
prejulgamento.
Abraço.