Eu desconhecia um janeiro tão úmido assim parece que todas as
chuvas do ano resolveram pairar nos céus durante esse início de ano. O bom disso
é a mescla de nuvens que faz do céu cinza e lembra os dias das cidades geladas
aonde o sol pouco dá o ar da graça.
Acho que as coisas na vida da gente são como as águas do mar, sempre
variando entre calmarias e tempestades, sempre no limite –pelo menos eu tenho
vivido em meu limite – independente do que esse limite vá significar.
Coisas do presente sempre parecem estar trazendo coisas do
passado à tona, isso não causa um efeito legal e, eu ainda me pego nas inconstâncias
ocasionadas por certas circunstâncias. Não sei talvez eu coloque o pé no
passado, vivendo ali, o presente vivo, o momento corrente, será que consegui
arranjar mais um fantasma? Não creio, mas é o que se desenha.
Não tenho a intenção de ser fantasma de ninguém, adoraria não
ter fantasma algum também, mas quem é que pode determinar essas coisas não é
mesmo? Cada caso é um caso diferente, cada romance é um detalhe paralelo, cada
amor é tanto e diferente fica difícil diagnosticar assim tão repentinamente.
Ainda preciso tirar aquele dia de por tudo em ordem tenho
vivido empurrando tudo com a barriga e, no meu limite, isso não é legal.