domingo, 28 de julho de 2013

Remake?

Em dias assim as certezas se ocultam e abrem espaço às milhares de dúvidas que residem aqui, mesmo nos dias mais normais. Em dias normais fico perdido entre o certo e o duvidoso porque tenho como estandarte natural a dúvida. Sou, como disse em outras situações, escravo da certeza e isso é algo que em mim não vai mudar.
Na inquietação das ondas do mar da minha vida fica difícil dizer como estou. Tô na mesma de sempre, velejando conforme o vento e as ondas. Se ambos param eu fico parado, poderia dizer então que estou à deriva. Como uma jangada de improviso, frágil testemunha de um naufrágio inevitável, há uma linha tênue entre o passado e futuro.
Encurralado na extremidade entre um lado e outro, estou parado, mas os pensamentos estão em movimento. Eles não param e findam, numa curva e outra, me fazendo ficar em situações desconfortáveis. É ruim ter um espelho que não te mostra em real aquilo que acontece naquele momento, e sim só o que já passou ou deveria ter passado.
O frio veio e se foi, mas você ficou. E entre um ventilado gélido e outro a imagem do teu sorriso ilumina a mente, tal qual reflete um flash nos teus cabelos loiros.

Besteira da minha cabeça lembrar disso agora, né? Não posso, não mais...
O post, com este teor, era para ser criado e postado em 25 de julho...

Abraço.

terça-feira, 23 de julho de 2013

So cold


As coisas parecem querer vir tudo num momento só. Acho incrível como uma situação pode se tornar favorável e conseguir unir tantas outras. Quem diria que o frio viria mesmo no dia do meu aniversário? Que adivinha o que ele me representa e me traz? Ele = o frio, aniversário representa o fim. Agora mais do que nunca representa o fim, pois me lembra do começo do fim daquilo que embrionariamente quase chegou a existir.
É irônico isso, completamente irônico como tantas outras coisas na vida da gente. Hoje era pra ser um dia anh... como eu posso descrever... feliz? Talvez, mas a verdade é que existem várias coisas reunidas num só foco, formando um turbilhão de pensamentos, trazendo flashs de memórias e me fazendo aproximar de coisas que procuro me manter o mais longe possível. Umas recentes, outras não tão recentes assim, mas que necessitam ficar cada qual em seu tempo. Tempo este que me trouxe tudo de volta.
Dizem, os que me parabenizam, que hoje é o meu dia só que na verdade eu tenho um significado mais adequado para ele. Hoje é o dia do adeus traduzido nas entrelinhas de uma homenagem, como se fosse uma dedicatória doce, uma forma fofa de dizer: foi bom enquanto durou, adeus.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Amanhã...

À medida que o tempo vai passando é preciso parar um pouco para que possamos assimilar o significado disso tudo. Pode parecer normal, uma coisa natural sem grandes questões para se entender, afinal de contas é o curso da natureza: os seres nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e morrem.
Há quem diga que, quando eu acordar, pela manhã, serei um novo homem e estarei iniciando um novo tempo, novos desafios mais maduro, mais consciente. Há quem diga que é um passo a mais para o futuro, mais um ano de vida e que se deve colher todos os frutos bons que a arvore da vida me puder proporcionar.
Sim, há quem esteja com mais expectativas do que mesmo eu, pelo dia de amanhã e isso me deixa, de certa forma, sem jeito. Acho que para mim morreu aquela mágica do dia do aniversário, aquela ansiedade sem explicação. Hoje eu olho e vejo algo tão comum um dia como outro qualquer onde não se faz nada de diferente dos outros dias.
Tenho 26 anos e tudo o que construí até aqui faz parte de um projeto que tende a virar realidade no futuro, tudo que sou e que desempenho imaginariamente está num papel, numa maquete, nada absolutamente concreto e sólido. Hoje eu encaro esta data como a queda da parábola, onde, após atingir o pico, ela começa a decair. Amanhã eu morro mais um ano de vida.

Não se enganem eu não ganhei mais um ano de vida, eu perdi e é isso que aniversário significa para mim...

sábado, 20 de julho de 2013

20 de Julho...


O tempo passa depressa demais parece que foi ontem (de fato foi num dia como o de ontem, sexta feira) estávamos lá no campo, próximo à granja, fazendo as coletas de amostras de solos. Aqui estamos novamente, 20 de julho de 2013, exatos dois anos que você se foi meu amigo. Eu costumo dizer que a vida da gente é uma ironia e a sua partida, pela forma que se deu, no dia de hoje, é mais um indício que me faz constatar esta ironia. Hoje é o dia do amigo, algo bastante raro... Ironia perder um amigo no dia do amigo...

Mais um ano sem os seus ensinamentos e sem as poucas, mas sábias palavras, sem as brincadeiras e os exemplos muitas vezes mais cômicos possíveis. Tenho me acostumado a escrever neste blog e pensei que a dificuldade que sinto em me expressar já tivesse ido embora – e foi –, mas neste exato momento as vistas ficam atrapalhadas, como há dois anos, como a um ano, da mesma forma.

Sim, fazem dois anos que partiu uma das pessoas mais fantásticas que tive a oportunidade de conhecer. Uma das poucas pessoas de exemplos éticos e profissionais que tive o privilégio de conhecer e conviver, infelizmente por pouco tempo, infelizmente ele teve que partir deste plano, mas eu acredito que assim como em minha mente, está vivo na mente de muitas pessoas, pois você era muito querido.

Eu espero que a paz que eu procuro na terra seja a que você possui nesse momento, onde quer que esteja e que olhe por todos nós. Acredito, continuo acreditando, meu amigo, que um dia nos veremos outra vez. Você deixou saudades


Certa vez, numa das provas sobre fertilidade do solo, estava eu em atitude suspeita e o professor Manuel percebeu... Ele olhou pra mim e eis que perguntou: "quer um tubo?!?....eu perguntei... tubo?!?!? Tubo de quê?!?! e ele sabiamente responde...um tubo de cola"...rsrs. Claro que não é somente essa a lembrança que tenho desse grande mestre, lembro-me da sua capacidade administrativa pra conduzir a coordenação de agronomia com tanto zelo, respeito e serenidade. Um grande mestre, um grande exemplo, um grande ser... 


—— Aliedson Sampaio, Engenheiro Agrônomo formado na Universidade Federal do Acre, Turma 2007, cursando doutorado ESALQ/USP



Aonde quer que esteja, Feliz dia do Amigo, Prof. M.e. Manuel Alves Ribeiro Neto.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

The game.

Chega um ponto onde você percebe que fazer aquele mesmo trajeto já não satisfaz e quando a trilha espira cansaço o sinal é de que está no momento de parar. Parar, curtir novos ares, sentir novos cheiros, soar novos tons, novas cores mudar de rumo! Quando a maré não ajuda você se sente meio sem destino e parece que as avenidas se tornam vielas mais que estreitas ao fim da curva poda haver uma rua sem saída e a última cartada talvez não seja última, mas, sim, apenas mais uma delas.
Para alguns a primeira cartada já pode considerar-se a última e falha, pois tudo depende da capacidade de atuação e aí que entra a relatividade – Já demonstrei aqui mesmo como as coisas podem tonar-se relativas, tudo depende de quem propõe as situações e do contexto que as vai envolver – pessoas diferentes, características e atitudes diferentes e, consequentemente, desempenho diferente.
Uma dica: se você não é um bom jogador jamais se empolgue com a sorte, jamais cometa o erro de apostar tudo, pois os bons jogadores dispõem de jogadas, cartas na manga; você, bem, você só conta com a sorte parcialmente ao seu lado e quando ela não mais estiver nossa, você é um antílope em meio a leões, presa fácil.
Murros em pontas de faca? Sim, aconselho! Seria meio hipócrita de a minha parte dizer o contrário uma vez que faço, mas, hein, acabei de dar o último soco em umas das muitas que trago comigo. Murro em pontas de facas que valham apena.

Dica 1: Se não sabes jogar, não arriscas o que tu não tens;
Dica 2: Murro em ponta de faca que valha apena;

Abraço.

sábado, 13 de julho de 2013

Você está...

Dia mundial do rock, enfermidade imposta e os pensamentos voam, viajam para perto daquilo ou daquela que jamais poderei chegar. O tempo está tão indeciso, tanto quanto eu nesse momento em que vos escrevo. O céu não sabe se vai chover e o vento não diz que vai esfriar, a chuva ameaça, mas não vem. Quando esse momento chega tudo é responsável, tudo me faz lembrar, o dia, o lugar, a conta no extinto Orkut, a caixa da verdade... Verdade?
13 de julho, exatos 10 (dez) dias que antecedem marcaram, há exatamente dois anos atrás, o início do inexistente existente. Confesso que se tivesse o controle jamais deixaria chegar a esse ponto. E não, não estou arrependido da fábula escrita um ano atrás, não há do que arrepender-me. Pelo contrário, com toda dor que possa existir eu me sinto honrado de ter podido sentir tanta paz em tão pouco tempo, só fico triste em ter me acomodado em esquecer que o sempre, sempre acaba como diz a canção.
O tempo parece ter se decidido não choveu e o frio não veio, o vento, no entanto, permanece mais próximo ao polar, gélido, mas longe do frio. Ainda sim me lembrei de ti e sei que cometo um pecado ao fazer isso, pois você é o braço de mar que eu não posso e tampouco devo tentar abraçar. Você hoje é doce lembrança, isso mesmo, doce lembrança, mesmo depois de tudo que foi falado e lido. Você estar, assim como eu vou estar nas canções, nas expressões, nas brincadeiras de alguém, da mesma forma você está para mim...

...

Quando a corda é bamba todo passo passa a representar perigo ao condutor, que são os próprios pés responsáveis pelos passos. Na real o ponto de equilíbrio entre o real e o imaginário é aquilo em que se crê e aquilo em que se vê realizar. Tudo a um palmo do nariz, na palma das mãos ou realidade distante, ponto médio entre a localização e o curso a percorrer.
A curva tem a mesma inclinação para todos que precisam passar por ela, a mesma distância para todos, mas o seu diferencial, aquilo que define a distância traduzia em movimentos é tamanho dos passos daqueles que se lançam na estrada e, em se tratando de mim, preciso compensar os passos curtos pela rapidez.
Dizem que percalços aparecem para que, quando deparados, fortaleçam suas vítimas. Dizem que correr pelo certo é o caminho do sucesso, mas que nem sempre esse certo é traçado em linha reta. Qual a diferença entre uma linha reta e uma linha curva? Bem, a resposta é mais simples e não necessita de cálculos, até porque eu os odeio. O que difere uma da outra é simplesmente a distância entre elas. Às vezes caminhar em ziguezague pode demorar mais, no entanto oferece mais segurança e talvez credibilidade.

Até hoje não sei o que define o correto e aquilo que o difere do errado, pois erramos na mesma proporção que acertamos e isso ocorrem todos os dias. Desde que o mundo nasce ao abrirmos os olhos, até o seu fim quando dormimos.