Em dias assim as certezas se ocultam e abrem espaço às milhares
de dúvidas que residem aqui, mesmo nos dias mais normais. Em dias normais fico
perdido entre o certo e o duvidoso porque tenho como estandarte natural a
dúvida. Sou, como disse em outras situações, escravo da certeza e isso é algo
que em mim não vai mudar.
Na inquietação das ondas do mar da minha vida fica difícil dizer
como estou. Tô na mesma de sempre, velejando conforme o vento e as ondas. Se
ambos param eu fico parado, poderia dizer então que estou à deriva. Como uma
jangada de improviso, frágil testemunha de um naufrágio inevitável, há uma
linha tênue entre o passado e futuro.
Encurralado na extremidade entre um lado e outro, estou parado,
mas os pensamentos estão em movimento. Eles não param e findam, numa curva e
outra, me fazendo ficar em situações desconfortáveis. É ruim ter um espelho que
não te mostra em real aquilo que acontece naquele momento, e sim só o que já
passou ou deveria ter passado.
O frio veio e se foi, mas você ficou. E entre um ventilado
gélido e outro a imagem do teu sorriso ilumina a mente, tal qual reflete um
flash nos teus cabelos loiros.
Besteira da minha cabeça lembrar disso agora, né? Não posso, não
mais...
O post, com este teor, era para ser criado e postado em 25 de
julho...
Abraço.