terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Então...

Coração... Objeto frágil, dependente, bobo e nada inteligente... Se me pedirem para definir teimosia em apenas uma palavra – além do meu nome, claro – eu diria coração e, quando falo/escrevo isso o faço com extrema consciência e me sinto bastante confortável para tal, afinal de contas é um ponto de vista baseado em experiências o que não quer dizer, claro, que nos milhões de casos por aí a fora não possa ser diferente.
O coração tem razões que a própria razão desconhece (Blaise Pascal)... Na boa, dá mesmo para acreditar nisso? Você que já sofreu um calhamaço pode me dizer se isso faz sentido? Tudo bem! Eu sei que estou sendo extremamente radical. Eu sei que, muitas vezes, um pequeno gesto é capaz de nos derrubar, nos desarmar, nos fazer perder o chão... Mas, razão?
Ok. Então vamos dizer que se trata de razões distintas, uma vez que, quando pensamos com a razão, estamos usando a cabeça e quando “ouvimos” o coração, estamos nos deixando levar pela emoção – ela então ganharia o nome de razão totalmente distinta da qual estamos acostumados a usar para diferenciar. O meu coração trabalha como um órgão que tem capacidade de se reconstituir. É sim, ele está longe de ser um fígado, mas se recompõe mesmo que ainda desalinhado... Eu resolvi abri-lo de novo.. Vamos ver no que dá. (:





De qualquer modo, enquanto me restar forças para levantar estarei preparado para os reveses.



Abraço!!!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Você entenderia?

Não fazia muito tempo que chegaram de viagem, nova vida, novo lugar, outro clima e vem logo a diferença. É sempre assim quando saímos de um lugar para outro se precisa de um período de adaptação. Para ela não era bem estranho afinal nascera ali, mas pra ele sim era estranho. A alternativa era tentar salvar um pouco do que restara dos dois, de repente respirando novos ares as coisas pudessem se acertar, ou, claro, errar de vez tudo era tão diferente do normal e, comum...
Os dias passavam e aos poucos o bom e velho humor parecia retornar àquele lar tão cedo os primeiros raios de sol brindavam o dia, já levantava e preparava logo o café da manhã.

- Seria uma boa levá-lo na cama? O que me diz achas que ela iria gostar?

Conversava insanamente como se alguém mais o estivesse a fazer companhia tratava-se da mesa farta, mas, mesmo sem que ele soubesse, havia alguém ali. Jessica acordara e ficava a observar das escadas tudo o que Felipe fazia, sorrindo em alguns momentos abafando o riso com as mãos e balançando negativamente a cabeça, em outros, tomava expressão séria e triste... Havia algo de muito estranho apenas não havia sido revelado ainda.

- Ah, amor, você está aí. Por que levantou tão cedo? Não precisava se preocupar estava preparando o seu café para levá-lo na cama.

Ela então sorria novamente e descia as escadas lentamente apoiando-se no corrimão até chegar à cozinha.

- Está frio! Nossa! Quanto tempo. Vamos caminhar? Vem, esquece isso, vem comigo.

Ela segurava em uma das mãos e saia levando ele, meio que sem vontade, para parte de fora da casa, onde a neve caia bem serena e já começava a querer cobrir as calçadas. Os pássaros e seu belo cantar tornavam ainda mais prazerosos aquela caminhada que, ao contrário do que mostra o início dessa história, não tinha o intuito de amenizar as coisas... Um tropeço no nada e um leve tombo, Jessica se viu obrigada a pedir para descansar.

                                          Imagem meramente ilustrativa. Créditos no fim do texto.

- Não foi nada. Não se preocupa comigo, está tudo bem.

Passado um tempo já em casa a moça dormia e ele estava ali, sentado em uma cadeira ao lado dela, paralisado com as mãos segurando o maxilar e em sua mente repetia-se varias vezes a cena do tropeço tão bobo... Na bolsa pessoal dela havia um envelope que aparentava ser de exames ele os pegou, mas não abriu, não achou ético tal ato e então ele olhou rapidamente em sua bagagem e tinha outro envelope aparentemente para ele; levantou-se da cadeira e apanhou-o saindo do quarto rasgou e começou a ler.  Ele dizia mais ou menos assim:

- Somos diferentes, somos de mundos diferentes essa é a razão para a falta de entendimento. Você está bem, completamente bem. Sinto que minha missão nessa vida foi cumprida. Não fique triste e sorria, pois você venceu  sua própria batalha cuidei para que não ficasse sozinho. Durante 28 anos estive com você, mas agora é hora de partir.


Adeus!











Imagem: http://rodolfolucena.folha.blog.uol.com.br/images/brno2.jpg.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tem razão, não sou mais que isso... Jamais disse ser, também...

Impulsivo, ignorante, grosso, bronco e bruto... Tudo o que sempre disse que sou. Sabe, acho que não preciso ser mais e nem menos que isso na verdade eu acredito que, assim como tenho que aceitar as pessoas como elas são o mesmo deveria ocorrer, não é uma exigência é o curso natural – mesmo sabendo que não é assim que acontece – então, diante das pequenas afirmações, eu não me importo muito se sou isso, se não sou mais que isso, se sou menos que o mais que um dia pensaram eu ser. Um mar pode se transformar em oceano, mas ainda não ouvi falar no oceano que se transformou em mar. Ser autentico é algo complicado, lidar com pessoas é complicado, pois são centenas de personalidades diferentes, centenas de gênios diferentes e você precisa saber trabalhar cada um deles...
Faz algum tempo que deixei de agir para agradar. Ah, então você hoje vai agir para fazer os outros sentirem-se mal? Não, mas não acho justo, ou seria melhor dizer honesto (?) ação para agradar as pessoas porque nem sempre serão 100% verdades, convenhamos. Também não acho que mentir para fazer alguém sentir-se bem é o ideal, afinal de contas, na sua cabeça estará a verdade... Então vamos dizer o que tem que ser dito, certo? Vamos correr todos os riscos que esse tipo de ação dispõe, até porque, se formos ver tudo é passivo de reflexão e muitas vezes aquela pessoa que te deu uma tapa na cara em forma de palavras foi mais honesta com você do que aquela que te encheu de carinhos e afagos, também com palavras, mas apenas para encher o teu ego. Mas e quando ele secar? ... Prós e contras, ou eu estou equivocado?

Uma coisa eu tenho certeza... Minha consciência descansa tranquila quanto a isso.


Abraço.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

02:01... Nada para fazer...

Como nos tempos de criança... Um dia um garoto olhou a fumaça que saía do “fumeiro” da cozinha de sua casa, natural como qualquer ar quente, ela tomava a direção dos céus e, com ela, levava também a imaginação daquela criança. Como se o tempo diante dele parasse e passasse a existir apenas a sua imaginação que fluía junto com aquela fumaça deixando que escapasse tudo aquilo que desejava.
E ele pensava em um mundo com muita cor, muito brilho, muito amor e muita solidariedade. Pensava, também, em um mundo de progresso constante onde as pessoas pudessem viver felizes, onde seus filhos pudessem ter uma vida digna e uma educação de qualidade... Um mundo onde as oportunidades de emprego fossem 1000 e o contraste da miséria fosse 0, onde nenhum pai ou mãe tivesse que por as mãos na cabeça procurando encontrar dali aquilo que ira servir aos filhos no dia de amanhã. Ele viu um povo forte, batalhador, controlador de sua própria política ao contrário daquela velha e pútrida política controladora de seu povo. E se viu correndo pelas ruas, como uma criança boba e bestificada com todas aquelas mudanças.
Foi então que sua mãe o chamou e ele estava inerte, olhando para os céus com um semblante sorridente, os olhos brilhantes e felizes... Ela o chamava para buscar mais lenha, pois os caroços de feijão precisavam de fogo para ficar prontos era apenas aquilo que eles tinham para comer afinal... E ele saltou numa rapidez, pegou os galhos e lançou ao fogão a lenha e dizendo mais ou menos assim referiu-se à sua mãe:

- Vamos, Mamãe, eu preciso descobrir o que acontecerá no futuro! Vamos, faça mais fumaça, vamos!



Abraço.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O problema é aqui, não importa o que faça...

Acho que fica meio repetitivo às vezes, que cito algumas coisas da quais já explanei lá atrás, mas e aí? Nem todo mundo chegou a ler tudo o que escrevo – o que significa não ser tão repetitivo assim – E quem leu não lembra, acredito. É bem simples até explico, eu uso com bastante frequência algumas situações reais ou mesmo criadas no meu blog, mas na realidade eu estou falando, na grande maioria das vezes, sobre mim mesmo e essa é a razão pela qual falei em expor por algum outro post aleatório.
Impressionante! Eu sequer entrei na proposta do texto e, além de fugir léguas, me perdi totalmente... Deve ser o horário, mente afetada já. Hahaha! Não, eu não fui brincar o carnaval, estou sóbrio. (:
Mas quando eu abri a página do Word para redigir esse texto, eu me propus a relatar a grande falta que os nossos pensamentos nos fazem sentir e isso eu não restrinjo só a pessoas, podem ser por animais de estimação, podem ser por objetos, mas normalmente, muito comumente, é por pessoas e, em último caso, por objetos exceto quando eles estão ligados a alguém, fica aí então um meio termo.
Eu li uma coisa no facebook hoje e isso me rendeu pensamentos dos quais eu não gostaria de partilhar e, tampouco compartilhar, porque eles revivem algo que não morreu, mas que consegui ocultar... É estranho porque você lembra e fica pensando naquilo, daí, sei lá, de repente alguma coisa te direciona a ler outra coisa, nesse ato o blog Let It Be – eu recomendo muito bom – E aí eu acabo conflitando lembranças, traçando uma linha de três fases: antes, durante e o porquê de ter tido alguma atitude hoje adotada. Tipo abriu a mente, sabe?
De repente eu vi que desistir nem sempre é sinal de desgostar ou de não gostar, de repente eu vi que não desistir nem sempre vai ser sinal de gostar de verdade, de repente eu vi que pode ser teimosia. E posso ter visto que desistir pode ser a descoberta de outro gostar, o de si próprio... Já imaginou? Respirar em função do outro ser? Às vezes pensavam que era isso que eu fazia, mas não era... Sabe quando você fala uma verdade e as pessoas duvidam de você? Pior, sabe quando elas querem dizer para você que aquilo vindo de ti não é, sendo que as próprias não estão dentro para saber e, ainda assim, afirmam acintosamente? Se sim, ótimo, pode saber como me sinto em várias situações. Se não, fazer o que, né? É complicado duvidar daquilo que a gente não conhece... Pena! Como eu disse uma vez aqui mesmo, eu falo por mim, das pessoas eu sei o que elas demonstram...








Tem delas que demonstram o que nem existe.






Vai saber.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O sonho que eu tive.

Eu dormi, dormi e tive um sonho engraçado. Muito engraçado, até. Sonhei que um garoto muito doente, com várias feridas em seu corpo encontrava em uma plantinha o segredo para sua cura. Ele sofria de doenças profundas, externas, internas, psicológicas. Vivia um drama, e isso tomava proporções maiores por sua própria habilidade de se autocastigar. Mas ela lhe oferecia suas folhas para que fossem colocadas sobre as feridas, lhe oferecia, também da folha o chá para que os sintomas crônicos fossem eliminados e, assim, o garoto pudesse sentir-se, novamente, saudável.
Durante aquele período ele preparou o solo, manteve o vegetal livre das ervas daninhas e, diariamente, aguava a mesma numa ação até mesmo de gratidão.
Mas aconteceu que com o passar do tempo o garoto já não era aquele ser frágil e suscetível àquele tipo de problema em sua vida, ele já se sentia imunologicamente independente, já não fazia mais os chá’s e já não utilizava das folhinhas por sobre as feridas que, nessas alturas, viraram apenas cicatrizes de feridas perfeitamente curadas. Ele, então, passou a esquecer a plantinha que ficou rodeada de ervas daninhas, sem a água de que precisava todos os dias para as atividades metabólicas murchou e secou...







A moral da história? ...




Reflita!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Avançar cedo ou regredir tarde? Acho que nem uma coisa nem outra.

Todo mundo tem seu momento “maduro” assim como, para qualquer idade, todos têm seus momentos “infantis” – o que, em muitos casos, dependendo da idade, é criticável – maturidade precoce é algo surpreendente; as pessoas veem assim e diz nossa como ele é “sabido”, como ele é “inteligente”, como ele é “cabeça”, como ele é “jovem”, por quê? Será mesmo que todos acreditam que só “adultos” podem ter uma visão mais racional das coisas? Mas e quando esses adultos, em momentos de extrema seriedade, agem tal quais as crianças de outrora? O mundo é um circulo que não pára de girar... Ninguém é maduro o suficiente, assim como uma “criança” ou um “jovem” por assim serem, não possa ter seus momentos de lucidez, desbancando os mais vividos...
A corrupção dos que nos gerenciam, vocês acham essa conduta correta? São pessoas maduras, experientes vividas, mas muitos da minha idade e mais novos até, têm total capacidade e propriedade para deixá-los estáticos com poucas palavras; se eles irão reconhecer, aceitar e se desculpar é outros quinhentos, mas podem, sim, serem surpreendidos. Maturidade não tem muito a ver com a cor dos seus cabelos, tampouco com a quantidade de colágeno que tem sua pele. Maturidade no meu entendimento é uma combinação entre expressões/opiniões + ações/atitudes.
Simples: você pode ser super maduro na teoria e falar sobre valores, expor idéias inovadoras, dar conselhos poderosos, mas nada disso adiantará se, você, no ato de exercer as opiniões fizer o contrário ou não alcançar tudo àquilo do qual expôs ser. Eu não me considero maduro e tenho plena consciência de que, muitas das vezes, eu poderia ter agido de forma diferente, ter tido outro tipo de postura, mas estou sempre procurando encaixar nas minhas ações o meu jeito de ver as coisas certo ou errado, mas é a minha maneira de ser e ninguém pode chegar e apontar o dedão na minha cara e dizer que eu tenho que ser de outra maneira de modo acintoso, porque cada pessoa, cada ser humano, tem o seu jeito de viver, de ser e de estar... Lógico que os “toques”, conselhos são bem-vindos e sim, quando são de pessoas que realmente gostam da gente, são passiveis de avaliação.
Acontece que muitas vezes as pessoas enxergam você como se fosse a zoom 100%, nem sempre na intenção de ajudá-lo/melhorá-lo, se utilizar várias oculares, vai perceber que: uma das intenções é inferiorizá-lo, mostrar superioridade – muito embora ela seja inexistente – mais pontinho, pontinho, e o último caso será para que você se torne alguém melhor. O ser humano tem a mania de olhar para os outros e esquecer-se de si... O ser humano é capaz de elogiar alguém com uma ponta nojenta de inveja pelo sucesso desse alguém, é capaz de odiar alguém por conta disso, mas esquece que também é um alguém com capacidade de ser, estar e fazer acontecer...



O ser humano é o ser humano!!!



Abraço.